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segunda-feira, 17 de março de 2025
MST na venezuela
MST NA VELEZUELA - UM DESAFIO PARA A AMÉRICA DO SUL
A agência Reuters de notícias, correia de transmissão da CIA, divulgou para o mundo o decreto do presente Nicolas Maduro, que entrega ao MST 180 mil hectares de terra para a implantação de um projeto agroecológico (14.03,2025), o mais extenso do mundo. Não é a primeira vez que MST é convidado a colaborar com a Venezuela para o objetivo de autossuficiência alimentar. Anteriormente, MST colaborou para a implantação de comunas autogestionárias, que hoje se elevam a 4500, com cerca de 5 milhões associados. Graças à atividade rural das comunas, Venezuela pode minorar a carência de alimentos, provocada pelas sanções dos EUA, que impedem a entrada de insumos. /// Atente para o nome do projeto: "Pátria Grande do SUL". O empreendimento será instalado no Estado de Bolívar, na fronteira com o Brasil, no Estado de Roraima. Rússia e China estão firmemente implantadas na Venezuela, e é da China que virá, mediante adaptação, a tecnologia agroindustrial, a mais desenvolvida do mundo. Da segurança do país, cuida a Rússia.
Coincidência, as Forças Armadas do Brasil planejam exercícios na fronteira Norte (notícia de 15/03/2025 https://www.cnnbrasil.com.br/blogs/caio-junqueira/politica/forcas-armadas-planejam-grande-acao-militar-proximo-a-fronteira-com-venezuela/ ///
O empreendimento do projeto Maduro/MST leva a supor que a iniciativa de produção agroecológica vá somar forças com países da África Ocidental, recentemente libertos do jugo do colonialismo francês. Depois de declarar como públicas as terras do país, Burkina Faso assenta agricultores associados em cooperativas autogestioníarias, uma réplica do que ocorre na Venezuela. O mesmo deverão fazer Mali e Niger, países vizinhos, que vão integrar-se numa federação, já anunciada. Trata-se de países ricos em recursos naturais, e nesse quesito nada ficam a dever ao Brasil (minérios estratégicos, solo, topografia, clima, água em abundância) Assim como na Venezuela, o objetivo estratégico é a autossuficiência, mediante uma política de SEGURANÇA ALIMENTAR, já em andamento. Burkina Faso, um dos países mais famintos há quatro anos, já produz arroz para o consumo interno e se prepara para exportar. Todo eles têm interesse em vincular-se ao Brics, e para isso contarão com o apoio da África do Sul e Etiópia, já membros do Brics. Contam também com o patrocínio da Rússia e da China, que lhes provê segurança e tecnologia. /// É plausível admtir-se que a "revolução agrária e agrícola" na África Ocidental venha a disputar um naco do que China importa do Brasil. Nivaldo Manzano
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