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quinta-feira, 13 de março de 2025
POE
PORQUE O BRASIL ESTÁ NA VICE-LIDERANÇA MUNDIAL NA ATRAÇÃO DE CAPITAL ESTRANGEIRO.
O saldo do IDP (Investimento Direto no País) atingiu US$ 71,1 bilhões em 2024, com crescimento de 13,8% em relação a 2023.
Nas decisões estratégicas do Estado brasileiro, mormente decisões do Poder Executivo, têm prevalecido o interesse do capital estrangeiro por sobre o interesse nacional. É o que pode verificar-se, em especial, nos setores do capital financiero (compra de ativos nacionais, ou privataria), do agronegócio (insumos e exportações), da mineração e dos serviços não sujeitos à concorrência, ou tarifados por força de regulação por parte do Estado. É o caso, entre muitos outros, da energia elétrica, água e esgoto, pedágios, aeroportos etc. que são DESNACIONALIZADOS com apoio financeiro do governo, via BNDES.
É certo que não precisaria ser necessariamente assim. Não se questiona a contribuição do investimento estrangeiro em projeto de desenvolvimento. Tome-se o caso exemplar da China, por exemplo. A diferença, como afirma Xi Jinping, é que quem manda no mercado na China é o Estado chinês e não é o mercado que manda na China. A iniciativa privada, diz ele, OBEDEDE à orientação do Estado. Já no Brasil não há nenhuma diretriz estratégica a esse respeito. Quem manda é o capital estrangeiro, sem que a sua liberdade de movimento esteja sujeita a restrição de qualquer tipo, além da que sujeita igualmente o capital nacional.
E quando há restrição ao capital estrangeiro, como ocorre na aquisição de terras, dá-se um jeito mediante a intermediação de "laranjas", sendo que um poderoso "laranja" é um dos maiores bancos brasileiros. É por essa via que o Brasil tem alienado a estrangeiros centenas de milhares, ou milhões, de hectares de terra para agricultura e/ou mineração (é praticamente impossível levantar esses dados, dado caráter irregular das operações). E agora também terras para a coqueluche da energia renovável, solar, eóloca e verde. Alguns Estados, como São paulo e Minas Gerais, têm posto à venda hidrelétricas, e, juntamente com elas, vão-se os resevatórios (piscicultura, captação de energia solar, recreação e usos ambientais).
O impacto político da alienação dos ativos nacionais dá-se na compra de parlamentares e políticos em geral. Assim sendo, o Estado se deixa levar e entrega para estrangeiros o poder de decisão que cabe ao Estado. Nivaldo Manzano
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