Postado por Nivaldo Manzano
Um programa de reconstrução econômica e social do Egito somente terá êxito se assentar no pressuposto da necessidade de se remover o programa neoliberal, vigente há mais de vinte anos e responsável pelo estado de calamidade social em que se encontra o país. É dizer que as decisões fundamentais devem ser tomadas nos gabinetes de Washington, do Departamento de Estado, do Pentágono, da CIA, do Banco Mundial, do FMI e referendadas pela Comissão Européia, instâncias que, embora estrangeiras, constituem a sede da autoridade política responsável pela imposição desses programas. É nessas instâncias que foi gerado o monstro e delas depende, em boa medida, o êxito do povo egípcio em vê-los removido para a lata do lixo.
É em razão desses fatos que Michel Chossudovsky sugere que a questão egípcia seja assumida na perspectiva das relações entre Mubarak e os interesses estrangeiros, pois remover um títere não implica a remoção dos “reiais ditadores”, observa ele.
Da mesma forma, acrescenta, o movimento de protesto deveria visar à sede da autoridade política real – a embaixada norte-americana, a delegação da União Europeia e as missões nacionais do FMI e do Banco Mundial.
Artigos, ensaios, pesquisas de interesse geral - política, cultura, sociedade, economia, filosofia, epistemologia - que merecem registro
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Egito e Tunísia colhem a sua safra neoliberal
Postado por Nivaldo Manzano
Michel Chossudovsky lembra que os levantes populares na Tunísia e no Egito constituem o rescaldo social e econômico das políticas neoliberais prescritas pelo Consenso de Washington nos anos 80/90.
Ao Egito foi imposto em 1991 um programa do FMI, negociado durante a Guerra do Golfo, em troca da dívida multibilionária do Cairo para com os EUA, por sua participação na guerra. O resultado da desregulamentação dos preços dos alimentos, da privataria radical dos serviços públicos e das fortes medidas de austeridade foi o espantoso empobrecimento da população egípcia e a desestabilização de sua economia, em grau ainda mais elevado do que o registrado em países da América Latina. O governo Mubarak foi erigido a ”modelo de aluno bem comportado” pelo FMI.
Na Tunísia, ao governo de Ben-Ali coube aplicar o mesmo receituário; e, também diferentemente do que ocorreu na América Latina, por um período de mais de vinte anos. Isso dá uma idéia do estado a que foi reduzida a capacidade de intervenção do Estado para conter o empobrecimento galopante e a desestruturação da economia. Nos últimos 23 anos, escreve Chossudovsky, as políticas sociais e econômicas da Tunísia foram ditadas pelo FMI, com apoio de países ricos, em especial a França.
A explicação para a permanência de Mubarak e Ben-Ali por tanto tempo no poder explica-se por sua subserviência ao Consenso de Washington. De Pinochet e Videla a Baby Doc, Ben-Ali e Mubarak, todos os ditadores no período foram impostos e sustentados por Washington.
E Chosssudovsky conclui: “Historicamente na America Latina, as ditaduras instalavam-se por meio de golpes militares coordenados pelos EUA. Atualmente, as ditaduras estabelecem-se por meio de “eleições livres e limpas”, “sob a tutela da comunidade internacional”.
No segundo caso encontram-se os países de sociedade civil relativamente organizada, como Argentina e Brasil, nos quais a cartilha neoliberal somente não foi implantada até à sua última página por resistência dos movimentos sociais, sindicatos, etc. É o que pôde observar-se nos governos Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso, no Brasil, e Carlos Ménem, na Argentina.
Michel Chossudovsky lembra que os levantes populares na Tunísia e no Egito constituem o rescaldo social e econômico das políticas neoliberais prescritas pelo Consenso de Washington nos anos 80/90.
Ao Egito foi imposto em 1991 um programa do FMI, negociado durante a Guerra do Golfo, em troca da dívida multibilionária do Cairo para com os EUA, por sua participação na guerra. O resultado da desregulamentação dos preços dos alimentos, da privataria radical dos serviços públicos e das fortes medidas de austeridade foi o espantoso empobrecimento da população egípcia e a desestabilização de sua economia, em grau ainda mais elevado do que o registrado em países da América Latina. O governo Mubarak foi erigido a ”modelo de aluno bem comportado” pelo FMI.
Na Tunísia, ao governo de Ben-Ali coube aplicar o mesmo receituário; e, também diferentemente do que ocorreu na América Latina, por um período de mais de vinte anos. Isso dá uma idéia do estado a que foi reduzida a capacidade de intervenção do Estado para conter o empobrecimento galopante e a desestruturação da economia. Nos últimos 23 anos, escreve Chossudovsky, as políticas sociais e econômicas da Tunísia foram ditadas pelo FMI, com apoio de países ricos, em especial a França.
A explicação para a permanência de Mubarak e Ben-Ali por tanto tempo no poder explica-se por sua subserviência ao Consenso de Washington. De Pinochet e Videla a Baby Doc, Ben-Ali e Mubarak, todos os ditadores no período foram impostos e sustentados por Washington.
E Chosssudovsky conclui: “Historicamente na America Latina, as ditaduras instalavam-se por meio de golpes militares coordenados pelos EUA. Atualmente, as ditaduras estabelecem-se por meio de “eleições livres e limpas”, “sob a tutela da comunidade internacional”.
No segundo caso encontram-se os países de sociedade civil relativamente organizada, como Argentina e Brasil, nos quais a cartilha neoliberal somente não foi implantada até à sua última página por resistência dos movimentos sociais, sindicatos, etc. É o que pôde observar-se nos governos Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso, no Brasil, e Carlos Ménem, na Argentina.
Governo dos EUA autorizado a apagar a internet
de @prensacuba
EUA aprovam lei que autoriza o presidente a apagar a internet, assim como procede a autocracia árabe e persa
1 FEBRERO 2011
Imagen: Star5112 (vía Flickr).
Entre todas las noticias que han salido de Egipto durante la última semana, quizás una de las más destacables para los fanáticos de la tecnología fue el ‘apagón’ de Internet que vive este país por cortesía del gobierno de Hosni Mubarak.
Aunque parezca absurdo y contradictorio con los “principios democráticos” de su país, en un futuro los estadounidenses podrían conferirles los mismos poderes absolutos a sus gobernantes.
La semana pasada, un comité legislativo del Senado de Estados Unidos aprobó el proyecto de Ley S. 3480, por medio del cual se crearía el National Center for Cybersecurity and Communications (Centro Nacional para la Ciberseguridad y las Comunicaciones, NCCC por su sigla en inglés). Esta nueva entidad quedaría bajo el mando del presidente y tendría una potestad absoluta para controlar la Red, incluyendo la posibilidad de ‘apagar’ Internet por 30 días.
A pesar de sus evidentes implicaciones negativas, la iniciativa estadounidense tiene fines muy diferentes a los que inspiraron a apagar la Red en Egipto. En teoría, el NCCC usaría sus poderes únicamente cuando haya ataques a la infraestructura informática de Estados Unidos, no para suprimir las opiniones o manifestaciones de sus ciudadanos.
Una fuente del gobierno le dijo a Wired que el proyecto no ordena que se apague la Red del todo, sino que se limita a que se desconecte “infraestructura crítica”. Por ejemplo, desconectar la presa Hoover de la Red cuando un ciberataque sea inminente. La pregunta que se hacen grupos de libertades cívicas que han cuestionado la ley, como ACLU, es ¿por qué no apagar esos sistemas afectados si ya se sabe que viene un ataque en lugar de desmontar los sistemas críticos de la Red?
Otros, como el periodista Dan Costa, de la revista PC Magazine, resaltan las dificultades técnicas y prácticas de apagar Internet en Estados Unidos. A diferencia de Egipto, la sociedad estadounidense tiene millones de conexiones de todo tipo -privadas, públicas y secretas-, por lo cual un apagón total de Internet al estilo egipcio sería muy difícil de lograr, por no decir imposible.
Por otro lado, la economía estadounidense y su sistema financiero dependen de las transacciones instantáneas que permite la Red. Apagar Internet por 30 días puede evitar que un ciberataque afecte la vida de sus ciudadanos, pero también podría causar daños profundos e imprevisibles al país.
No obstante su peligrosidad, precisamente el alto grado de sofisticación que tiene esta sociedad la hace más vulnerable a los ataques cibernéticos. Un ataque tan sofisticado como Stuxnet -el virus creado por EEUU e Israel contra plantas nucleares iraníes- que atente contra las redes del país podría poner en serios aprietos la maquinaria social y económica estadounidense y, en consecuencia, pondría en juego la seguridad del resto del planeta.
EUA aprovam lei que autoriza o presidente a apagar a internet, assim como procede a autocracia árabe e persa
1 FEBRERO 2011
Imagen: Star5112 (vía Flickr).
Entre todas las noticias que han salido de Egipto durante la última semana, quizás una de las más destacables para los fanáticos de la tecnología fue el ‘apagón’ de Internet que vive este país por cortesía del gobierno de Hosni Mubarak.
Aunque parezca absurdo y contradictorio con los “principios democráticos” de su país, en un futuro los estadounidenses podrían conferirles los mismos poderes absolutos a sus gobernantes.
La semana pasada, un comité legislativo del Senado de Estados Unidos aprobó el proyecto de Ley S. 3480, por medio del cual se crearía el National Center for Cybersecurity and Communications (Centro Nacional para la Ciberseguridad y las Comunicaciones, NCCC por su sigla en inglés). Esta nueva entidad quedaría bajo el mando del presidente y tendría una potestad absoluta para controlar la Red, incluyendo la posibilidad de ‘apagar’ Internet por 30 días.
A pesar de sus evidentes implicaciones negativas, la iniciativa estadounidense tiene fines muy diferentes a los que inspiraron a apagar la Red en Egipto. En teoría, el NCCC usaría sus poderes únicamente cuando haya ataques a la infraestructura informática de Estados Unidos, no para suprimir las opiniones o manifestaciones de sus ciudadanos.
Una fuente del gobierno le dijo a Wired que el proyecto no ordena que se apague la Red del todo, sino que se limita a que se desconecte “infraestructura crítica”. Por ejemplo, desconectar la presa Hoover de la Red cuando un ciberataque sea inminente. La pregunta que se hacen grupos de libertades cívicas que han cuestionado la ley, como ACLU, es ¿por qué no apagar esos sistemas afectados si ya se sabe que viene un ataque en lugar de desmontar los sistemas críticos de la Red?
Otros, como el periodista Dan Costa, de la revista PC Magazine, resaltan las dificultades técnicas y prácticas de apagar Internet en Estados Unidos. A diferencia de Egipto, la sociedad estadounidense tiene millones de conexiones de todo tipo -privadas, públicas y secretas-, por lo cual un apagón total de Internet al estilo egipcio sería muy difícil de lograr, por no decir imposible.
Por otro lado, la economía estadounidense y su sistema financiero dependen de las transacciones instantáneas que permite la Red. Apagar Internet por 30 días puede evitar que un ciberataque afecte la vida de sus ciudadanos, pero también podría causar daños profundos e imprevisibles al país.
No obstante su peligrosidad, precisamente el alto grado de sofisticación que tiene esta sociedad la hace más vulnerable a los ataques cibernéticos. Un ataque tan sofisticado como Stuxnet -el virus creado por EEUU e Israel contra plantas nucleares iraníes- que atente contra las redes del país podría poner en serios aprietos la maquinaria social y económica estadounidense y, en consecuencia, pondría en juego la seguridad del resto del planeta.
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