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quinta-feira, 29 de maio de 2025
ILUMINISMO MAIS ESQUERDA
O núcleo político fundamental do Iluminismo (Aufklärung, esclarecimento), composto por um particular arranjo conceitual envolvendo individualismo, liberalismo e filosofia da história, permeou a teoria política contemporânea sob a forma de versões revistas e adaptadas, mas em alguma medida derivadas do arranjo conceitual original – essa é a hipótese imediata deste artigo. Há, ainda, uma hipótese mediata e menos elementar: o individualismo iluminista fora verdadeiramente herdado não pelo neoliberalismo, como sempre se pretende, mas sim e mais propriamente pela sociologia "de esquerda"1.
Cabe indagar, de pronto, por que o núcleo conceitual do Iluminismo se fez presente na teoria política contemporânea? A razão é que a teoria política tem como preocupação pivotal a legitimação do poder político do homem sobre o homem, contudo, partindo do arranjo conceitual básico do Iluminismo, essa tarefa de legitimação revela-se aporética: o inacabado projeto iluminista se renovou de tempos em tempos, mas não se pôde concluir satisfatoriamente no correr da modernidade. Esses conceitos estão na ordem do dia e, muito embora não preservem, isoladamente, sua carga original, o sentido político do arranjo está preservado: a aporia da legitimação política. Seria possível fazer o percurso da "dialética do esclarecimento" na chave materialista da teoria crítica da sociedade – mas este artigo pretende abordar especificamente a articulação interna entre individualismo, liberalismo e filosofia da história na inescapável tensão oriunda desse amálgama.
https://docs.google.com/document/d/1n0cLKZ5SvyPwsB6vxDkvAvbKaPVodsesQNyR9mgayU0/edit?tab=t.0
Individualismo, liberalismo e filosofia da história
https://www.scielo.br/j/ln/a/rXxK9VFbyKRNcWhQvdmX7rx/?format=pdf
VER ENTRANÇO RAZÃO
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