Bolívia preparada para o novo golpe de Elon Musk?

 Bolívia preparada para o novo golpe de Elon Musk?

Dois meses e meio antes das eleições presidenciais de 18/10/20 na Bolívia, o bilionário Elon Musk, dono da Tesla, postou na sua conta no twitter (25/07/20) que apoiou o golpe na Bolívia contra Evo Morales e “vamos dar o golpe em quem quisermos” Veja em https://www.uol.com.br/.../choraelonmusk-o-que-o... . Venceu o partido de Moralez, e com a vitória deverão ser retomados os grandes investimentos da Rússia e da China no país, interrompidos por causa do golpe. A Rússia desenvolvia projetos na área de gás e projeta a maior usina nuclear do mundo em altura no país. https://epocanegocios.globo.com/.../o-plano-de-putin-e... e a China investia US$ 7 bilhões em energia e infraestrutura.

Partindo-se da evidência patente de que o novo governo se encontra sob ameaça virtual de novo golpe, é de indagar quais são as chances de o governo boliviano retomar o ritmo acelerado do crescimento econômico com distribuição de renda, que fez da Bolívia um campeão em taxas de expansão PIB nos últimos dez anos, tendo superado pelo menos em dobro a taxa média de expansão das demais economias latino-americanas.

Diante das evidências fundadas de ameaça virtual de novo golpe por parte dos EUA, faz sentido indagar sobre o que poderá ocorrer à administração do governo de Luís Arce, ex-ministro da Fazenda de Moralez e responsável pelo “milagre boliviano”. A julgar pelo padrão convencional de desestabilização política regional por influxo de interesses imperialistas, em especial norte-americanos, é de prever dias de muita atenção, ainda que o partido MAS, de Moralez, se tenha fortalecido sobremaneira com a vitória.

E a declaração do golpista Elon Musk autoriza a suspeita de que o golpe contra Moralez tenha sido dado com o propósito de afastar Rússia e China das reservas de minérios estratégicos, disputados pelos EUA, para a Quarta Revolução Industrial, que combina materiais físicos, biológicos e digitais. As indústrias de Elon Musk estão entre as primeiras usuárias de lítio para a fabricação de baterias.

EPOCANEGOCIOS.GLOBO.COM

O plano de Putin e Evo Morales para construir a usina nuclear mais alta do mundo na Bolívia

A China não precisa inventar inimigos externos: quer saber de negócios

A China não precisa inventar inimigos externos: quer saber de negócios 

Nivaldo T. Manzano (21/10/20)

Especula-se que Biden, se eleito, vai apoiar a oposição ao bolsonarismo exigindo em troca, em toda a América Latina, distanciamento da China. Isso não vai ocorrer, e aqui vão os meus palpites do porquê:

Quando o seu interesse político não é imediato e estratégico, como o da defesa na contiguidade de suas fronteiras, a China se omite em política nas suas investidas externas: os chineses são comerciantes há mais de cinco mil anos e aprenderam que, nessa condição, precisam da amizade de todos, assim como procediam os árabes no Mediterrâneo do século VII ao século XV, quando o seu império estendia-se da Índia aos Pirineus. Uma estratégia oposta à dos EUA, que precisam de inimigos externos, assim como a Igreja Católica precisava de queimar bruxas na Idade Média e instituir a Inquisição, hoje transfigurada no Departamento de Defesa americano. Sem fantasiosos inimigos externos, os governantes belicosos não conseguem promover a necessária coesão social interna Taí Mijar convocando reservistas, para provocar manchetes – mera propaganda ideológica contra Venezuela. Mas não teria coragem de igual quixotada contra a China, tanto mais que quando um não quer dois não brigam. A China quer saber de comércio, e o Brasil tem na China o seu principal importador e a sua principal fonte de receita cambial advinda das exportações, ao passo que a submissão aos EUA já lhe custa um déficit comercial crescente e insustentável a longo prazo.

Veja-se que o MAIOR projeto singular da China no exterior é em LOGÍSTICA comercial (mais de US$ 500 bilhões), como a construção da “nova rota da seda”, que, por terra, vai de Pequim ao coração da Alemanha, atravessando toda a Eurásia, e que por mar chega ao principal porto italiano de Trieste e na América, à construção do canal da Nicarágua, ligando Pacífico e Atlântico (uma iniciativa privada), como alternativa à travessia pelo canal do Panamá, sob controle dos EUA. Na África, a China procede do mesmo modo, investindo principalmente em infraestrutura: ferrovias, portos etc., buscando assegurar ao mesmo tempo a gestão permanente de suas operações.

9Rogério Fernando Furtado, Edgar Pera e 7 outras pessoas

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