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terça-feira, 17 de junho de 2025
Cle versão 18.06.25
O objetivo desta apresentação é contribuir para a elucidação da diferença entre sistema e processo como instrumentos heurísticos, assumindo-se como critério de validação a intensidade de sua aderência à realidade que pretendem representar. Considera-se a proposta como oportuna ante a constatação informal, pelo autor, da ocorrência no ambiente acadêmico, e para além dele, de postulação inadequada da diferença entre uma noção e outra. Mesmo grande parte da literatura que se propõe a uma abordagem integral dos fenômenos sob a noção de totalidade, em oposição à abordagem analítica, não vai além do que se entende como processo no senso comum.
No vocabulário da linguística assume-se como metáfora a diferença entre processo e sistema como equivalente à diferença entre denotação e conotação. Ou seja, assume-se o signo como denotação em sua interpretação de caráter monossêmico, que se atribui ao modelo de sistema (estrutura e função) e o signo como conotação, em sua interpretação de caráter polissêmico, que se atribui à visão em processo como flexão adverbial da denotação, uma locução adverbial. Ou seja, na visão em processo, o alvo da atenção é a ação, o comportamento, em cuja base assenta a experiência, em desfavor do modelo de sistema, que assume como porto de partida o conceito, ou abstração. É certo que o modelo de sistema leva em conta o contexto em seu objeto de estudo, mas a visão em processo vai além, ao enxergar a mudança do contexto como mudança do contexto enquanto a mudança ocorre. O processo é a mudança da mudança. Como noção intuitiva, o processo não é representável em conceitos. Isso abre espaço para a imaginação, e dela faço uso para descrever o processo como um instante atemporal entre o que já não é e o que não é ainda.
Daí que se assume o embate entre processo e sistema no seu esbatimento na questão da extensão da aplicação do princípio de identidade e não contração, de Aristóteles. Presume-se no modelo de sistema que a sua aplicação seja universal, que de fato é no que diz respeito aos conceitos, ou às abstrações, mas não o é na visão em processo, que assenta na pragmática, que é ação ou comportamento, de acordo com o que admite o próprio Aristóteles. A explicação aristotélica é que dão-se situações em que não há por que convocar a certeza absoluta, pois nem tudo é objeto de demonstração, demonstração que é de rigor na lógica e da matemática.
A metodologia consiste da coleta na literatura de evidências nos resultados científicos do aumento na tendência do tratamento contextual (processo), ao inverso do recuo no tratamento analítico fragmentário, que ainda prevalece como hegemônico na cultura do Ocidente. Uma ocorrência de grande impacto em favor da abordagem contextual (processo) é o reconhecimento em laboratório de que o gene, anteriormente considerado como de caráter funcional, passa a ser reconhecido como de carater contextual. Esse feito obriga à reformulação dos fundamentos epistemológicos da genética molecular. E pode considerar-se essa mudança como de caráter paradigmático para o conjunto da pesquisa científica. Assim, outra impacto, de grande magnitude, encontra-se na engenharia de desenhos e processos, ao elevar a eficiência e a produtividade na gestão pública e privada a coeficientes exponeciais, reduzindo a zero o custo da manutenção de software, que representa 80% do custo anual do investimento em computação. É certo que o modelo de sistema leva em conta o contexto em seu objeto de estudo. Mas a visão em processo vai além, ao enxergar a mudança do contexto como mudança do contexto enquanto a mudança ocorre. O processo é a mudança da mudança.
Quanto a noção de conhecimento, discutem-se as implicações, de caráter metodológico, em sua acepção convencional de sistema como empilhamento linear, paralelo e contíguo, em sua dimensão delimitada como estoque, em oposição à visão em processo, que assume o saber, no lugar de conhecimento, em sua dimensão ilimitada, como são as interações dos componentes do contexto, aberto à sua exponenciação. O sistema espelha a visão de mundo do Iluminismo, na sua vertente kantiana (dualista), em oposição à vertente espinosana (monista). O sistema é o rebatimento epistemológico do Iluminismo kantiano na gnosiologia.
No desenvolvimento do argumento, a atenção volta-se para o reconhecimento da superioridade eurística do processo sobre o sistema, ao propiciar uma abertura ilimitada para a visão da realidade, em suas dimensões epistemológica, axiológica e cultural. Como resultado tem-se o enriquecimento da atividade da pesquisa e mais robustez na prática social. Entre outros motivos atribui-se o fato de que o processo (contexto), não sendo uma coisa, torna possível a integração espontânea dos processos, como mais aderente à realidade, assim como ocorre naturalmente na mente humana.
aqui finda o resumo da apresentação no cle.
Creio que a dificuldade corrente em se apreeder a noção de processo, noção intuitiva, não conceitualizável, está em que a noção de processo escapa, metodologicamente, ao princípio da identidade e não contradição, em conformidade como o que admite o próprio Aristóteles, para quem a lógica não recobre a inteira extensão da realidade, que me lembra a alegoria na ficção fantástica do argentino Jorge Luis Borges sobre o colégio dos cartógrafos. Emepenhados em atualizar os seus mapas de acordo com a mudança da paisagem, os cartógrafos recorriam às mais avançadas técnicas da cartografia, com o propósito de fazer o mapa coincidir com as novas mudanças na paisagem; mas, por mais que se esforçassem, frustravam-se, porque a melhoria da cartografia levava-os a enxergar novas mudanças até então não percebidas na paisagem, de modo que a mudança da paisagem os obrigava a refazer o mapa, e assim indefinidamente. Moral da história: abstração é incapaz de sincronizar-se com a realidade, em estado de mudança.
Além de contemplar a lógica e a matemática, a realidade é também não lógica, o que não quer dizer ilógica. Assume-se como postulado na visão em processo que a realidade é um continuum que compreende tudo, o conceitualizável e o não conceitualizável, a congruência e incongruência.a cernceito corresponde a um segmento do continuum da realidade. Ou seja, o conceito se define formalmente por suas delimitações, estas, sim, resultado da aplicação da lógica formal.
Ao condicionar a aplicação do princípio de identidade e não contradição somente ao que é conceitualiável, torna-se possível postular que o todo da realidade no seu continuum compreende também a incerteza, a ambivalência, que deixa de ser uma patologia da lingugagem ou do discurso, para reincorporar-se na prática linguística como um seu componente intrínseco, assim como entende Aristóteles na sua Filosofia da práxis,com a sua ideia de busca de excelência, continuidade e descontinuidade ao mesmo tempo, ou seja, como busca da afirmação contínua e recorrente da existência como ato, conflitiva e solidária consigo mesma, movida pela sua potência como ser humano, em lugar da certeza absoluta.
Os viciados na aplicação da lógica e da matemática ao todo da realidade seriam considerados por Aristóteles como praticantes do paralogismo, imagino eu, que vem a caracterizar a ideologia do Iluminismo em sua vertente da razão soberana de Kant (há também a vertente de Espinosa nas antípodas de Kant, ao atribuir valor axiológico equivalente a todas as faculdades humanas. A ambivalência é rejeitada pela razão como suprema legisladora da ordem iluminista como sintoma de desordem, do caos, provocando desconforto, angústia e rejeição. Tratar-se-ia, pois, de impor a ordem desejada sobre a realidade rebelde. É o que preconiza o sociólgo Talcott " a Estado para impor na obsessão pela ordem denotativa,
No vocabulário da linguística, assume-se essa diferença como um conflito, expresso no signo, de caráter ambíguo, como denotação e conotação, ao mesmo tempo. Como denotação, o signo é monossêmico; como conotação, o signo é polissêmico. A denotação remete ao uso das palavras no seu significado dicionarizado como padrão, abstrato, que obedece a uma axiomática de caráter sintático, de regras fixas e imutáveis, alheias à referência do contexto em que são empregadas. A conotação remete ao uso das palavras cujo significado adquire sentido na referência do contexto em que são empregadas, conformando uma axiomática de regras de caráter pragmático. Na pragmática, a semântica precede, metodologicamente, a sintaxe. Ao se caminhar, dois passos, um seguido a outro, jamais são idênticos, diferença que é alheia à acepção de passo no dicionário.
A noção de sistema deixa prender-se ao significado, e a noção de processo atém-se ao sentido que se atribui ao significado no contexto em que a palavra ocorre. Como significado, a palavra representa uma função (sintaxe); como sentido, a palavra representa um papel (semântica). Isso é o que vem a ser complexidade na visão em processo, complexidade qualitativa e não quantitativa como ocorre na acepção de complexidade de Norbert Wiener (1954).
Diz-se em latim que “omnis comparatio mancat” (toda comparação é manca) e essa a que recorro também o é. Quem dispuser de metáfora mais adequada que a apresente. O certo é que na visão em processo, consideram-se como legítimas as expressões conflitivas e solidárias como unidade e diversidade, norma inventiva e invenção normativa, mnorfostase e morfogênese, entre muitas outras, que ferem a lógica formal.
O sal de cozinha, na pragmática de seu papel conotativo, é polissêmico.
Para os profissionais da Química, é um composto químico, que resulta da reação entre uma base e um ácido, como sal e hidrogênio; o sal é amargo para o paladar, cristal para o tato e branco para a visão. Da mesma forma, o sinal igual (=), na aritmética tem o sentido de identidade;, na álgebra, de equivalência e na geometria, de proporcionalidade.
Será, pois, no embate entre o signficado, como expressão de caráter sintático, e o sentido, de caráter semântico, que irá transcorrer esta apresentação, no contexto do rehatimento da diferença entre sistema e processo na epistemologia e na axiologia.
Chamo à atenção em especial para o seguinte: É da pragmática como ação, ou comportamento, que se constroi a sintaxe, como abstração da realidade, e não ao inverso, como supõe o modelo de estrutura e função (sistema), que tem o seu ponto de partida, no conceito, uma abstração. Ou, seja, a pragmática, como ação, ou comportamento, não pode estar sujeita a um tratamento analítico, de partes estanques, ou funcionais, assim como não ocorre a um todo orgânico, de partes distintas, porém, não separáveis. .
A rejeição da ambivalência vem de se ignorar o caráter do signo, que na visão em processo é ambivalente:
. Não estranha, assim, que a noção de processo seja mantida à sombra, latente, porém, premente, pois a realidade unitária insiste em se fazer presente, de modo indissociável, nas suas dimensões da continuidade e da descontinuidade, ou nas dimensões análógica e digital. Na visão em processo, ambas as dimensões não se opõem de modo excludente, mas de modo inclusivo, em contraste com o modelo de sistema, que assume existência tende a sentir a passagem do tempo como o fluir da areia na ampulheta, ou o fluir da água na clepsidra (continuidade), em contraste com a dimensão masculina da existência, que tende a sentir a passagem do tempo nos saltos do ponteiro do relógico mecânico. Sob esse aspecto, é pertinente admitir-se que a descontinuidade é o mal-estar por excelência da Cultura e da Civilização Ocidental, considera o mal-estar expressão assumida por Freud, em seu livro "O mal-estar da civilização", com a diferença de que Freud extensível virtualmente a toda humanidade, enquanto na visão de processo, o mal-estar restringe-se ao Ocidente iluminista, pois a sabedoria oriental pende para a continuidade, sem, no entanto, desprezar a descontinuidade. Dois exemplos: Na sabedoria chinesa do yng e yiang, a água fluvial simboliza a forma e a desforma da paisagem por onde passa. E o dragão, um animal manso e divertido na mitoligia, muda a sua pele cor como um caleidoscópico. As figuras em si mesmas do dragão e da água são o suporte de caráter descontínuo na continuidade que ambas as dimensões simbolizam. Assim como a água e o dragão, tudo o mais no quotidiano oriental recende a processo (contexto).Os cômodos da casa são separados por biombos de peso leve, fáceis de se deslocarem, conformando uma diversidade virtual de ambientes que muudam de acordo com a conveniência contextual.
apresentação resumo cle 19 06
ÚLTIMA CLE JUNHO 17.06.25
O objetivo desta apresentação é contribuir para a elucidação da diferença entre sistema e processo como instrumentos heurísticos, assumindo-se como critério de validação a intensidade de sua aderência à realidade que pretendem representar. Considera-se a proposta como oportuna ante a constatação informal, pelo autor, da ocorrência no ambiente acadêmico, e para além dele, de postulação inadequada da diferença entre uma noção e outra. Mesmo grande parte da literatura que se propõe a uma abordagem integral dos fenômenos sob a noção de totalidade orgânica, em oposição à abordagem analítica, não vai além do que se entende como processo no senso comum.
Processo, como noção intuitiva, somente se deixa acercar indiretamente, por meio de metáforas, analogias, figurações e alegorias. No vocabulário da linguística assume-se a diferença entre processo e sistema no signo, que é de caráter ambiguo. No signo estão compreendidas a denotação e a conotação. Separa-se uma da outra mediante abstração; junta-se uma à outra, como processo, conformando uma unidade conflitiva e solidária, na sua expressão adverbial.
Associadas uma à outra de modo solidário e conflitivo ao mesmo tempo, tem-se uma locução adverbial. A locução adverbial consiste na junção de uma ou mais palavras, flexionando-se na sentença o significado dicionarizado do verbo, do adjetivo ou do advérbio, tendo-se como referência o seu sentido. E o sentido, à difernça do significado, muda de acordo com o contexto, que é a sua referência. Assim é que na Ilíada de Homero (circa 800 a.C.) - autor da primeira obra declamada ou escrita no Ocidente - nos seus 15.693 versos todas ações por ele descritas o são na forma de locução adverbial. A locução adverbial, como expressão da ação, ou comportamento, responde à indagação "como", à diferença da indagação "o que é"."Como", como conotação, pois a ação, ou comportamento, muda em sincronia com a realidade, assumida como um estado de mudança, na acepção da visão em processo. Esse é o papel da semântica. por exemplo, não existe em Homero um verbo científico para o ver denotativo, propriedade de sua fisiologia, como a visão no seu sentido fisiológico A visão em processo corresponde à Pracom o que se pretentedá-se de modo sin interessa mais o modo como o ser humano se comporta e como se comporta também o mundo, do que saber em que consistem, ou o que são. Ou seja, o alvo da atenção é a ação, o comportamento, em cuja base assenta a experiência, que se privilegia em desfavor das especulações de caráter abstrato. Isso faz com que o Oriente privilegie uma visão compreensiva do todo, em detrimento da desmontagem do todo em partes.
Se se assumir como referência o Ocidente tendo como epicentro a Europa e na Europa a Grécia - referência sobre a qual inexiste consenso entre os historiadores - é na Grécia Clássica (século VIII ao VI a.C), que sucede à Grécia Arcaica (VIII ao 500 a.C.) que a atenção se volta para o enfoque analítico, período que coincide com a ocorrência de grandes transformações sociais, polítidas e culturais, com destaque para o surgimento das cidades-Estado e o desenvolvimento da escrita e das artes. É nesse período que se introduz, trazida do Egito, o que em solo grego vem a chamar-se geometria, já na sua formulação abstrata, em contraste com o caráter empírico, como era praticado nos arredores dos rios Tigre e Eufrates,de grandes extensões de terras férteis e favoáveis à agricultura irrigada. Ali teria ocorrido a passagem do Periodo Arcaico para o Período Neolítico.
Aqui assume-se a diferença entre proceso e sistema como um conflito inclusivo expresso na palavra como signo, de caráter denotativo e conotativo ao mesmo tempo, ambíguo, portanto. Assim, o signo pode significar a ação do verbo ver como função fisiológica do órgão da visão, e pode significar o olhar que caracteriza o enxegar no contexto de uma ocorrência eventual, singular, irrepetível, única. Está aí, grosso modo, o sumo da diferença entre sistema e processo (ou contexto). Há discordância quanto a isso, mas vou discuti-las mais à frente. Contexto, que é a integração entre processos, trabalha somente com locuções adverbiais, consideradas como adequadas para descrever a ação, ou comportamento, que são polissêmicos. Sistema limita-se à função unívoca do ver, própria às suas aplicações nas questões de caráter abstrato, como conceitos, que são, por definição, monossêmicos, em atenção à exigência do princípio de identidade e não contradição, da lógica formal de Aristóteles. Em sua filosofia pragmática, Aristóteles observa que o princípio não tem aplicação universal, geral indistinta, permanecendo, pois, fora da pragmática. A explicação aristotélica é que dão-se situações em que não há por que convocar a certeza absoluta, pois nem tudo é objeto de demonstração, o que é de lei na lógica e na matemática. diz o filósofo. Observe-se que Aristóteles tem o seu pé filosófico preso ao chão, ao cotidiano, como o revelam as analogias de que se serve em seus escritos, de caráter pedestre, o mesmo de que faz uso a dona de casa.
Sistema corresponde a uma sintaxe, de regras fixas e imutáveis, uma estrutura que opera com funções, que são de caráter unívoco, paralelo, de contato e não de contágio, prestando-se a estabelecer relações, ligações, conexões ou acoplamentos, termos emprestados da mecânica. Processo corresponde à semântica, de regras cuja axiomática muda de acordo com o contexto em que se opera, motivo por que opera com interações, que vêm a ser transformaões recíprocas, ou mutações,entre os termos em que se dão. Assim, por exemplo, o sal de cozinha, para os profissionais da Química é um composto químico, que resulta da reação entre uma base e um ácido; na cozinha, o sal é amargo para o paladar, cristal para o tato e branco para a visão. Da mesma forma, o sinal igual (=), na aritmética tem o sentido de identidade; na álgebra, de equivalência e na geometria, de proporcionalidade.Vai observar-se nesta apresentação que o sistema pressupõe metodologicamente a realidade como inorgânica (abordagem analítica), em contraste com a visão em processo, que contempla o enfoque orgânico (abordagem da realidade como um todo não divisível metodologicamente em partes).
É nesses termos que proponnho discutir a diferença entre processo e sistema.
A metodologia consiste na coleta de evidências nos resultados científicos do aumento na tendência do tratamento contextual (processo), ao inverso do recuo no tratamento analítico fragmentário, que ainda prevalece como hegemônico na cultura do Ocidente. Uma ocorrência de grande impacto em favor da abordagem contextual (processo) é o reconhecimento em laboratório de que o gene, anteriormente considerado como de caráter funcional, passa a ser reconhecido como de carater contextual. Esse feito obriga à reformulação dos fundamentos epistemológicos da genética molecular. E pode considerar-se essa mudança como de caráter paradigmático para o conjunto da pesquisa científica. Outra impacto, de grande magnitude é o que tem provocado na engenharia de desenhos e processos, ao elevar a eficiência e a produtividade na gestão pública e privada a coeficientes exponeciais, reduzindo a zero o custo da manutenção de software, que representa 80% do custo anual do investimento em computação. É certo que o modelo de sistema leva em conta o contexto em seu objeto de estudo. Mas a visão em processo vai além, ao enxergar a mudança do contexto como mudança do contexto enquanto o contexto muda. Isso corresponde na ginática artística a um salto duplo carpado; ou na fenomenologia da consciência, corresponde a uma volta da consciência do sujeito como objeto de si mesmo, ao mesmo tempo que objeto como apreendido na percepção.
No plano do conhecimento, discutem-se as implicações, de caráter metodológico, em seu significado convencional como empilhamento linear, paralelo e contíguo, como estoque, em oposição à visão em processo, que assume o saber como interações dos componentes do contexto, de caráter exponencial.
No desenvolvimento do argumento, a atenção volta-se para o reconhecimento da superioridade eurística do processo sobre o sistema, ao propiciar uma abertura ilimitada para a visão da realidade, em suas dimensões epistemológica, axiológica e cultural. Como resultado tem-se o enriquecimento da atividade da pesquisa e mais robustez na prática social. Entre outros motivos atribui-se o fato de que o processo (contexto), não sendo uma coisa, torna possível a integração espontânea dos processos, assim como ocorre naturalmente na mente humana.
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