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sábado, 8 de março de 2025
POR QUE A ÁFRICA ESTÁ FORA DO RADAR DO EXCEPCIONALISMO PLANETÁRIO DE DONALD TRUMP (EUA)?
Em uma retomada inexorável da ACUMULAÇÃO DO CAPITAL, na atualização do conceito de Marx por Rosa de Luxemburgo (1871-1919) - processo recorrente que foge à queda tendencial na taxa de lucro mediante fuga para a frente com a apropriação de mais recursos -Trump, em poucos dias, anunciou o que resta do Planeta a ser apropriado pelos EUA - Groenlândia, Canal do Panamá, Golfo do México, Lítio (Argentina, Bolívia e Chile), Palestina, Amazônia (países amazônicos, incluído Brasil de Lula e governos anteriores). Trump não menciona a Europa e a África. A Europa, sem mais recursos a explorar, nada significa praticamente; e a África, por saber que o Continente é o OUTRO DO OUTRO. O Outro, na visão de Trump, é a China, que precisaria ser eliminada do caminho da acumulação do Capital, e o OUTRO DO OUTRO é, como a mulher negra, o outro de sua discriminação, a mulher branca, ou seja, o outro DEPOIS DA CHINA. E como se deve eliminar o inimigo principal por vez, a África ficaria para depois. Eis por que deve ser mantida na penumbra, longe da visão imediata do mapa geopolítico e geoeconômico: a África, associada ao Brics (o Sul-Global) é a resposta definitiva às ambições inexoráveis da acumulação do Capital, ASSIM COMO encenada na atualidade por Trump. A seguir um apanhado do que é a África, colhido em sítios do youtube:
Ao contrário do que ocorre no resto do mundo, a população da África cresce exponencialmente. Esse gigantesco Continente, o terceiro em área territorial, com 30,330 milhões de km2, supera a Rússia (17, mi ki2), Europa (10,53 mi km2) e Estados Unidos (9,8 mi km2). O Continente Africano perde em área total apenas para a Ásia (44,58 mi km2) e Américas (42,50 mi km2).
As projeções indicam que a população da região vai dobrar até 2050, chegando a 2,5 bilhões de pessoas. Na prática, isso significa que em menos de 30 anos um quarto da humanidade poderia ser potencialmente africana.
O crescimento populacional da África ocorre duas vezes mais rápido que o do sul da Ásia e quase três vezes mais do que o da América Latina. O que impulsiona esse crescimento é uma característica peculiar dessa região: na maioria dos países africanos, pelo menos 70% dos habitantes têm menos de 30 anos. Isso contrasta fortemente com a situação no resto do mundo, onde a população envelhece rapidamente. A Europa precisaria repor a sua queda de natalidade com 2 milhões de imigrantes. América Latina e Caribe registram "o envelhecimento populacional mais célere do mundo".
A explosão demográfica da África levou a ONU a concluir que o Continente "vai desempenhar um papel CENTRAL na formação do tamanho e distribuição da população mundial nas próximas décadas"
É fácil entender a correlação positiva estreita entre população e desenvolvimento econômico e social, ao se olhar para a atualidade da China e da Índia. Nivaldo Manzano
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