sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Adeus sonho de mobilidade social nos EUA; em ingles

Mobility remains low as inequality increases


Inequality means that some income earners claim a larger slice of the pie than others. Some people might argue that this is not such a big problem if everyone has an equal shot at winding up at the top. Some even claim that this is the essence of the American Dream; that regardless of where you begin, if you work hard, you can have all the opportunities to succeed.
Unfortunately, income mobility—movement between income classes—is less common than purveyors of the American Dream would have you believe. An article by Jason DeParle in today’s New York Times discusses important findings from five large studies, including research by Markus Jantti and coauthors and Miles Corak, which both show mobility in the U.S. lags behind its peers. Significant other research has demonstrated a similar lack of mobility in the U.S.
In a world of perfect mobility, people will be able to move up in the income distribution with hard work and dedication, regardless of where in the distribution they started out. One way of thinking about this is by looking at college completion rates by income status and eighth grade test scores. If all it took were high test scores to get ahead, no matter what your income, you would have an equal opportunity to graduate from college. These data tell another story: High-income students who have low test scores are more likely to graduate from college than low-income students with high test scores.
Other research demonstrates that mobility is more restricted for some groups than others. African Americans who start out in the bottom 25 percent of the income distribution are nearly twice as likely to remain there than whites.  In addition, white Americans who start out in the bottom 25 percent are about four times more likely to make it to the top 25 percent of the income distribution than blacks.
As DeParle notes in his article, the notion of the American Dream is actually less common in the U.S. than in many peer nations. Look at the relationship between a son’s earnings and his father’s earnings. The likelihood of a son staying in the bottom 40 percent of the wage distribution if his father was in the bottom 20 percent is higher for those in the U.S. than in peer countries (Denmark, Finland, Norway, Sweden and the United Kingdom). The U.S. also boasts lower rates of upward mobility because a lower share of sons with low-income fathers end up in the top 40 percent of the wage distribution than in similar countries.
A new paper by Katharine Bradbury released last fall looks at changes in mobility across time. The figure below shows the percent of those in the poorest and richest quintiles that move up or down and those that move far over the subsequent 10 years.
While it is not clear that mobility has fallen, it is evident that mobility has not increased. Although many argue that income inequality is acceptable in the U.S. if mobility is also greater, this clearly shows that mobility has not increased enough to offset the drastic rise in inequality over the last 30 years.

Contra o estrago do liberalismo, recuperar o Marx filósofo


De Carta Maior


O filósofo francês Dany-Robert Dufour refletiu sobre as mutações que esvaziaram o sujeito contemporâneo de relatos fundadores. Essa ausência é, para ele, um dos elementos da imoralidade liberal que rege o mundo hoje. Seu trabalho como filósofo crítico do liberalismo culmina agora em um livro que pergunta: que indivíduo surgirá depois do liberalismo? Talvez seja o caso, defende, de recuperar o Max filósofo, que defendia a realização total do indivíduo fora dos circuitos mercantis.

Alguns já o veem terminado, outros a ponto de cair no abismo, ou em pleno ocaso, ou em vias de extinção. Outros analistas estimam o contrário e afirmam que, embora o liberalismo esteja atravessando uma série crise, seu modelo está muito longe do fim. Apesar das crises e de suas consequências, o liberalismo segue de pé, produzindo seu lote insensato de lucros e desigualdades, suas políticas de ajuste, sua irrenunciável impunidade. No entanto, ainda que siga vivo, a crise expôs como nunca seus mecanismos perversos e, sobretudo, colocou no centro da cena não já o sistema econômico no qual se articula, mas sim o tipo de indivíduo que o neoliberalismo terminou por criar: hedonista, egoísta, consumista, frívolo, obcecado pelos objetos e pela imagem fashion que emana dele.

A trilogia da modernidade liberal é muito simples: produzir, consumir, enriquecer. O filósofo francês Dany-Robert Dufour refletiu sobre as mutações pós-modernas que esvaziaram o sujeito contemporâneo de relatos fundadores. Essa ausência é, para o filósofo, um dos elementos da imoralidade liberal que rege o mundo contemporâneo. Seu trabalho como filósofo crítico do liberalismo se desenvolveu em livros como “Le Divin Marché” (O Divino Mercado) e culmina agora em um apaixonante livro que coloca uma pergunta que poucos se fazem: como será o indivíduo que surgirá depois do liberalismo?

Dany-Robert Dufour não só lança mais uma diatribe sobre o sistema liberal, mas explora os conteúdos sobre os quais pode-se refundar a humanidade despois desse pugilato planetário do despojo e da estafa que é o ultra-liberalismo. Mas a humanidade não se funda no automatismo, mas sim através dos indivíduos. Seu livro, “L’individu qui vient...après le libéralisme” (O indivíduo que vem...depois do liberalismo) explora o transtorno liberal do passado e esboça os contornos de um novo indivíduo ao qual o filósofo define como “simpático”, ou seja, abertos aos outros que também o constituem.

O liberalismo, que se apresentou como salvador da humanidade, terminou levando a o ser um humano a um caminho sem saída. Você considera o fim desse modelo e se pergunta sobre qual tipo de ser humano surgirá depois do ultra-liberalismo?

Dany-Robert Dufour: No século passado conhecemos dois grandes caminhos sem saída históricos: o nazismo e o stalinismo. De alguma maneira e entre aspas, depois da Segunda Guerra Mundial fomos liberados desses dois caminhos sem saída pelo liberalismo. Mas essa liberação terminou sendo uma nova alienação. Em suas formas atuais, ou seja, ultra e neoliberal, o liberalismo se plasma como um novo totalitarismo porque pretende gerir o conjunto das relações sociais. Nada deve escapar à ditadura dos mercados e isso converte o liberalismo em um novo totalitarismo que segue os dois anteriores. É então um novo caminho sem saída histórico. O liberalismo explorou o ser humano.

O historiador húngaro Karl Polanyi, em um livro publicado depois da Segunda Guerra Mundial, demonstrou como, antes, a economia estava incluída em uma série de relações sociais, políticas, culturais, etc. Mas, com a irrupção do liberalismo, a economia saiu desse círculo de relações para converter-se no ente que procurou dominar todos os demais. Dessa forma, todas as economias humanas caem sob a lei liberal, ou seja, a lei do proveito onde tudo deve ser rentável, incluindo as atividades que antes não estavam sob o mandato do rentável.

Por exemplo, neste momento eu e você estamos conversando, mas não buscamos rentabilidade e sim a produção de sentido. Neste momento estamos em uma economia discursiva. Mas hoje, até a economia discursiva está sujeita ao “quem ganha mais”. Cada uma das economias humanas está sob a mesma lógica: a economia psíquica, a economia simbólica, a economia política, daí o derretimento da política. O político só existe hoje para seguir o econômico. A crise que atravessa a Europa mostra que, quanto mais ela se aprofunda, mais a política deixa a gestão nas mãos da economia. A política abdicou ante a economia e esta tomou o poder. Os circuitos econômicos e financeiros se apoderaram da política, A crise é, por conseguinte, geral.

O título de seu livro, “O homem que vem depois do liberalismo”, implica a dupla ideia de uma fase triunfal e de um fim do liberalismo...

DRD: Paradoxalmente, no momento de seu triunfo absoluto o liberalismo dá sinais de cansaço. Nos damos conta de que nada funciona e as pessoas vão tomando consciência desta falha e têm uma reação de incredulidade. Os mercados se propuseram a ser uma espécie de remédio para todos os males. Você tem um problema? Pois então recorra ao Mercado e este aportará a riqueza absoluta e a solução dos problemas. Mas agora nos damos contra de que o mercado acarreta devastações.

Assim, vemos como esse remédio que devia nos fornecer a riqueza infinita não traz senão miséria, pobreza, devastação. O capitalismo produz riqueza global, sim, mas ela é pessimamente repartida. Sabemos que há 20, 30 anos, as desigualdades têm aumentado pelo planeta. A riqueza global do capitalismo despoja de seus direitos a milhões de indivíduos: os direitos sociais, o direito à educação, à saúde, em suma, todos esses direitos conquistados com as lutas sociais estão sendo tragados pelo liberalismo. O liberalismo foi como uma religião cheia de promessas. Nos prometeu a riqueza infinita graças a seu operador, o Divino Mercado. Mas não cumpriu a promessa.

Em sua crítica filosófica ao liberalismo, você destaca um dos principais estragos produzidos pelo pensamento liberal: os indivíduos estão submetidos aos objetos, nãos aos seus semelhantes; ao outro. A relação em si, a sensualidade, foi substituída pelo objeto.

DRD: As relações entre os indivíduos passam ao segundo plano. O primeiro é ocupado pela relação com o objeto. Essa é a lógica do mercado: o mercado pode a cada momento agitar diante de nós o objeto capaz de satisfazer todos nossos apetites. Pode ser um objeto manufaturado, um serviço e até um fantasma construído pelas indústrias culturais. Estamos em um sistema de relações que privilegia o objeto antes do sujeito. Isso cria uma nova alienação, uma espécie de vício com os objetos. Esse novo totalitarismo que é o liberalismo coloca nas mãos dos indivíduos os elementos para que se oprimam a si mesmos através dos objetos. O liberalismo nos deixa a liberdade de alienarmos a nós mesmos.

Você situa o princípio da crise nos anos 80 através da restauração do que você chama de o relato de Adam Smith. Você cita uma de suas frases mais espantosas: para escravizar um homem é preciso dirigir-se ao seu egoísmo e não a sua humanidade.

DRD: Adam Smith remonta ao século XVIII e sua moral egoísta se expandiu um século e meio depois com a globalização do mercado no mundo. De fato, Smith demorou tanto porque houve outra mensagem paralela, outro Século das Luzes, que foi o do transcendentalismo alemão.

Ao contrário das Luzes de Smith, as alemãs propunham a regulação moral, a regulação transcendental. Essa regulação podia se manifestar na vida prática através da construção de formas como as do Estado a fim de regular os interesses privados. A partir do Século das Luzes, há duas forças que se manifestam: Adam Smith e Kant. Esses dois campos filosóficos coexistiram de maneira conflitiva ao longo da modernidade, ou seja, através de dois séculos. Mas, em um determinado momento, o transcendentalismo alemão perdeu força e deu lugar ao liberalismo inglês, o qual adquiriu uma forma ultra-liberal. Pode-se datar esse fenômeno a partir do início dos anos 80. Há inclusive uma marca histórica que remonta ao momento em que Ronald Reagan, nos Estados Unidos, e Margaret Thatcher, na Grã-Bretanha, chegam ao poder a instalam a liberdade econômica sem regulação. Essa ausência de regulação destruiu imediatamente as convenções sociais, ou seja, os pactos entre indivíduos.

Daí provém a trilogia “produzir, consumir, enriquecer”. Você chama essa trilogia de pleonexía.

DRD: O termo “pleonexía” é encontrado na República de Platão e quer dizer “sempre ter mais. A República grega, a Polis, foi construída sobre a proibição da pleonexía. Pode-se dizer então que, até o século XVIII, toda uma parte do Ocidente funcionou com base nessa proibição e se liberou dela nos anos 80. A partir daí se liberou a avidez mundial, a avidez dos mercados e dos banqueiros. Lembre o discurso pronunciado por Alan Greenspan (ex-presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos) ante à Comissão norteamericana depois da crise de 2008. Greenspan disse: “pensava que a avidez dos banqueiros era a melhor regulação possível. Agora, me dou conta de que isso não funciona mais e não sei por quê”. Greenspan confessou assim que o que dirige as coisas é a liberação da pleonexía. E já sabemos para onde isso conduz.

Chegamos agora ao depois, ao hipotético ser humano de depois do liberalismo. Você o enxerga sob os traços de um indivíduo simpático. Que sentido tem o termo simpático neste contexto?

DRD: Ninguém é bom ao nascer como pensava Rousseau, nem tampouco mau como pensava Hobbes. O que podemos fazer é ajudar as pessoas a serem simpáticas, ou seja, a não pensarem somente em si mesmas e a pensarem que, para viver com o próximo, é preciso contar com ele. O outro está em mim, as imagens dos outros estão em mim e me constituem como sujeito. A própria ideia de um indivíduo egoísta é sem sentido porque isso obriga a que nos esquecer de que o indivíduo está constituído por partes do outro. E quando falo de um indivíduo simpático não emprego o termo em sua acepção mais comum, alguém simplesmente simpático, digamos. Não, trata-se do sentido que a palavra tinha no século XVIII, onde a simpatia era a presença do outro em mim. Necessito então da presença do outro em mim e o outro precisa de minha presença nele para que possamos constituir um espaço onde cada um seja um indivíduo aberto ao outro. Eu cuido do outro como o outro cuida de mim. Isso é um indivíduo simpático.

Sigamos com a simpatia, mas sobre que bases se constrói o indivíduo que vem depois do liberalismo? A razão, a religião, o esporte, o ócio, a solidariedade, outra ideia de mercado?

DRD: Neste livro fiz um inventário sobre os relatos antigos: o relato do logos, da evasão da alma dos gregos, o relato sobre a consideração do outro nos monoteísmos. Dei-me conta de que em ambos relatos havia coisas interessantes e também aterradoras. Por exemplo, a opressão das mulheres no patriarcado monoteísta equivale à opressão da metade da humanidade. Por acaso queremos repetir essa experiência? Certamente que não.

Outro exemplo: no logos, para que haja uma classe de homens livres na sociedade é preciso que haja uma classe oprimida e escravizada. Queremos repetir isso? Não. Refundar nossa civilização após os três caminhos sem saída que foram o nazismo, o estalinismo e o liberalismo requer uma refundação sobre bases sólidas. Por isso realizei o inventário, para ver o que podíamos recuperar e o que não, quando do passado podia nos servir e quanto não. A segunda consideração diz respeito aquilo que poderia ajudar o indivíduo a ser simpático, ao invés de egoísta. Neste contexto, a ideia da reconstrução do político, de uma nova forma do Estado que não esteja dedicado a conservar os interesses econômicos, mas sim a preservar os interesses coletivos, é central.

Qual é, então, o grande relato que poderia nos salvar?

DRD: Deixamos no caminho os grandes relatos de antes e acreditamos cada vez menos no grande relato do mercado. Estamos a espera de algo que una o indivíduo, ou seja, um grande relato. Eu proponho o relato de um indivíduo que deixou de ser egoísta, que não seja tampouco o indivíduo coletivo do estalinismo, nem tampouco o indivíduo mergulhado na ideia de uma raça que se crê superior, como no nazismo e no fascismo. Trata-se de um relato alternativo a tudo isso, um relato que persiste no fundo da civilização.

Creio que o valor da civilização ocidental radica no fato de ter coloca o acento na individuação, ou seja, na ideia da criação de um indivíduo capaz de pensar e agir por si mesmo. Não é para esquecer a noção de indivíduo, mas sim reconstruí-la. Contrariamente ao que se diz, não creio que nossas sociedades sejam individualistas, não, nossas sociedades são lamentavelmente egoístas. Isso me faz pensar que há muita margem de existência ao indivíduo como tal, que há muitas coisas dele que não conhecemos.

Temos que fazer o indivíduo existir fora dos valores do mercado. O indivíduo do estalinismo foi dissolvido na massa do coletivismo; o indivíduo do nazismo e do fascismo foi dissolvido na raça, o indivíduo do liberalismo foi dissolvido no egoísmo. O indivíduo liberal é um escravo de suas paixões e de suas pulsões. Devemos nos elevar desse caminho sem saída liberal parar recriar um indivíduo aberto ao outro, capaz de realizar-se totalmente.

Há textos filosóficos de Karl Marx que não são muito conhecidos e nos quais Marx queria a realização total do indivíduo fora dos circuitos mercantis: no amor, na relação com os outros, na amizade, na arte. Poder criar o máximo a partir das disposições de cada um. Talvez seja o caso de recuperar esse relato do Marx filósofo e esquecer o do Marx marxista.

TheAmerican Internet Voter.pdf

Sinclair_TheAmericanInternetVoter.pdf (objeto application/pdf)

O que diz um agente que trabalhou na CIA durante 28 anos; em ingl

Think Again: Intelligence

I served in the CIA for 28 years and I can tell you: America's screw-ups come from bad leaders, not lousy spies.

BY PAUL R. PILLAR | JAN/FEB 2012

"Presidents Make Decisions Based on Intelligence."
Not the big ones. From George W. Bush trumpeting WMD reports about Iraq to this year's Republican presidential candidates vowing to set policy in Afghanistan based on the dictates of the intelligence community, Americans often get the sense that their leaders' hands are guided abroad by their all-knowing spying apparatus. After all, the United States spends about $80 billion on intelligence each year, which provides a flood of important guidance every week on matters ranging from hunting terrorists to countering China's growing military capabilities. This analysis informs policymakers' day-to-day decision-making and sometimes gets them to look more closely at problems, such as the rising threat from al Qaeda in the late 1990s, than they otherwise would.
On major foreign-policy decisions, however, whether going to war or broadly rethinking U.S. strategy in the Arab world (as President Barack Obama is likely doing now), intelligence is not the decisive factor. The influences that really matter are the ones that leaders bring with them into office: their own strategic sense, the lessons they have drawn from history or personal experience, the imperatives of domestic politics, and their own neuroses. A memo or briefing emanating from some unfamiliar corner of the bureaucracy hardly stands a chance.
Besides, one should never underestimate the influence of conventional wisdom. President Lyndon B. Johnson and his inner circle received the intelligence community's gloomy assessments of South Vietnam's ability to stand on its own feet, as well as comparably pessimistic reports from U.S. military leaders on the likely cost and time commitment of a U.S. military effort there. But they lost out to the domino theory -- the idea that if South Vietnam fell to communism, a succession of other countries in the developing world would as well. President Harry Truman decided to intervene in Korea based on the lessons of the past: the Allies' failure to stand up to the Axis powers before World War II and the West's postwar success in firmly responding to communist aggression in Greece and Berlin. President Richard Nixon's historic opening to China was shaped by his brooding in the political wilderness about great-power strategy and his place in it. The Obama administration's recent drumbeating about Iran is largely a function of domestic politics. Advice from Langley, for better or worse, had little to do with any of this.
Alex Wong/Getty Images


"Bad Intelligence Led to the Iraq War."
No, bad leadership did. Intelligence may have figured prominently in Bush's selling of the invasion of Iraq, but it played almost no role in the decision itself. If the intelligence community's assessments pointed to any course of action, it was avoiding a war, not launching one.
When U.S. Secretary of State Colin Powell went before the United Nations in February 2003 to make the case for an invasion of Iraq, he argued, "Saddam Hussein and his regime are concealing their efforts to produce more weapons of mass destruction," an observation he said was "based on solid intelligence." But in a candid interview four months later, Deputy Defense Secretary Paul Wolfowitz acknowledged that weapons of mass destruction were simply "the one issue that everyone could agree on." The intelligence community was raising no alarms about the subject when the Bush administration came into office; indeed, the 2001 edition of the community's comprehensive statement on worldwide threats did not even mention the possibility of Iraqi nuclear weapons or any stockpiles of chemical or biological weapons. The administration did not request the (ultimately flawed) October 2002 intelligence estimate on Iraqi unconventional weapons programs that was central to the official case for invasion -- Democrats in Congress did, and only six senators and a handful of representatives bothered to look at it before voting on the war, according to staff members who kept custody of the copies. Neither Bush nor Condoleezza Rice, then his national security advisor, read the entire estimate at the time, and in any case the public relations rollout of the war was already under way before the document was written.
Had Bush read the intelligence community's report, he would have seen his administration's case for invasion stood on its head. The intelligence officials concluded that Saddam was unlikely to use any weapons of mass destruction against the United States or give them to terrorists -- unless the United States invaded Iraq and tried to overthrow his regime. The intelligence community did not believe, as the president claimed, that the Iraqi regime was an ally of al Qaeda, and it correctly foresaw any attempt to establish democracy in a post-Saddam Iraq as a hard, messy slog.
In a separate prewar assessment, the intelligence community judged that trying to build a new political system in Iraq would be "long, difficult and probably turbulent," adding that any post-Saddam authority would face a "deeply divided society with a significant chance that domestic groups would engage in violent conflict with each other unless an occupying force prevented them from doing so." Mentions of Iraqis welcoming U.S. soldiers with flowers, or the war paying for itself, were notably absent. Needless to say, none of that made any difference to the White House.
TIMOTHY A. CLARY/AFP/Getty Images 

"Intelligence Failures Have Screwed Up U.S. Foreign Policy."
Hardly. The record of 20th-century U.S. intelligence failures is a familiar one, and mostly indisputable. But whether these failures -- or the successes -- mattered in the big picture is another question.
The CIA predicted both the outbreak and the outcome of the 1967 Six-Day War between Israel and neighboring Arab states, a feat impressive enough that it reportedly won intelligence chief Richard Helms a seat at President Johnson's Tuesday lunch table. Still, top-notch intelligence couldn't help Johnson prevent the war, which produced the basic contours of today's intractable Israeli-Palestinian conflict, and U.S. intelligence completely failed to predict Egypt's surprise attack on Israel six years later. Yet Egypt's nasty surprise in 1973 didn't stop Nixon and Secretary of State Henry Kissinger from then achieving a diplomatic triumph, exploiting the conflict to cement relations with Israel while expanding them with Egypt and the other Arab states -- all at the Soviets' expense.
U.S. intelligence also famously failed to foresee the 1979 Iranian revolution. But it was policymakers' inattention to Iran and sharp disagreements within President Jimmy Carter's administration, not bad intelligence, that kept the United States from making tough decisions before the shah's regime was at death's door. Even after months of disturbances in Iranian cities, the Carter administration -- preoccupied as it was with the Egypt-Israel peace negotiations and the Sandinistas' revolution in Nicaragua -- still had not convened any high-level policy meetings on Iran. "Our decision-making circuits were heavily overloaded," Zbigniew Brzezinski, Carter's national security advisor, later recalled.
Imperfect intelligence analysis about another coming political upheaval -- the collapse of the Soviet Union -- did not matter; the overriding influence on U.S. policy toward the USSR in the 1980s was Ronald Reagan's instincts. From the earliest days of his presidency, the notion that the Soviet Union was doomed to fail -- and soon -- was an article of faith for the 40th president. "The Russians could never win the arms race," he later wrote. "We could outspend them forever."
AFP/Getty Images

"U.S. Intelligence Underestimated al Qaeda Before 9/11."
No, it didn't. Like any terrorist attack, Sept. 11, 2001, was by definition a tactical intelligence failure. But though intelligence officials missed the attack, they didn't miss the threat. Years before 9/11, the intelligence community, especially the CIA, devoted unusually intense attention and effort to understanding Osama bin Laden's organization. The CIA created a special bin Laden-focused unit in early 1996, when al Qaeda was just beginning to take shape as the anti-American, transnational terrorist group we now know. President Bill Clinton stated in 1998 that "terrorism is at the top of the American agenda." He also launched a covert-action program against al Qaeda that included developing plans to capture bin Laden, even before the 1998 bombings of U.S. embassies in Africa.
When Clinton's national security officials handed over duties to their Bush administration successors, they emphasized the threat that would materialize on 9/11. Sandy Berger, the outgoing national security advisor, told Rice, "You're going to spend more time during your four years on terrorism generally and al Qaeda specifically than [on] any other issue." If more was not done in advance of 9/11 to counter the threat, it was because rallying public support for anything like a war in Afghanistan or costly, cumbersome security measures at home would have been politically impossible before terrorists struck the United States.
The most authoritative evidence of the intelligence community's pre-9/11 understanding of the subject is that same February 2001 worldwide threat statement that never mentioned Iraqi nukes or stockpiles of unconventional weapons. Instead it identified terrorism, and al Qaeda in particular, as the No. 1 threat to U.S. security -- ahead of weapons proliferation, the rise of China, and everything else. Bin Laden and his associates, the report said, were "the most immediate and serious threat" and were "capable of planning multiple attacks with little or no warning." It was all too correct.
STEPHEN JAFFE/AFP/Getty Images

"Hidebound Intelligence Agencies Refuse to Change."
You'd be surprised. Criticism of U.S. intelligence agencies -- at least the non-paranoid kind -- tends to portray them as stodgy bureaucracies that use their broad mandate for secrecy to shield themselves from the oversight that would make them do their jobs better. But the great majority of effective intelligence reforms have come from inside, not outside.
The organizational charts of the CIA and other U.S. intelligence agencies have undergone frequent and sometimes drastic revision, a recognition of the need to adapt to the rapidly changing world the agencies monitor and analyze. The CIA merged its analytic units covering East and West Germany in expectation of German reunification well before German unity was achieved in 1990. Other measures, such as developing greater foreign-language ability or training analysts in more sophisticated techniques, have been the focus of concentrated attention inside the agencies for years. The most effective, and probably most revolutionary, change in the intelligence community's work on terrorism was the creation of the CIA's Counterterrorist Center in 1986 -- a successful experiment that broke bureaucratic crockery, gathering previously separated collectors, analysts, and other specialists together to work side by side.
Reforms pursued from outside have received more public attention but have accomplished far less. After 9/11, the intelligence community underwent a reorganization when Congress acted on the 9/11 Commission's recommendation to make all spy agencies answerable to a single director of national intelligence. But the move has not, as hoped, unified the intelligence community, instead creating yet another agency sitting precariously atop 16 others. Because both the new director's office and the National Counterterrorism Center -- another commission recommendation -- added to, rather than replaced, existing government functions, they have further confused lines of responsibility. This much was made clear when would-be terrorist Umar Farouk Abdulmutallab tried to blow up a Detroit-bound passenger jet on Christmas Day 2009. The incident led to the same sorts of recriminations as those after 9/11, about information not being collated and dots not being connected -- only this time they were aimed at the 9/11 Commission's own creations.
Tom Williams/Roll Call


"Intelligence Has Gotten Better Since 9/11."
Yes, but not for the reasons you think. Having a veritable blank check for a decade makes a difference, of course. The big post-9/11 boom in the intelligence budget -- which has doubled since 2001, according to the Senate Intelligence Committee -- has at least marginally improved the odds of discovering the next nugget of information that will enable the United States to roll up a major terrorist plot or take down a bad guy.
But it was the dramatic and obvious change in U.S. priorities following 9/11 that made the most difference. Counterterrorism, more than any other intelligence mission, depends on close collaboration with other governments, which have the critical firsthand knowledge, local police, and investigative powers that the United States usually lacks. Prior to 9/11, those governments' willingness to cooperate was often meager, especially when it meant discomfiting local interests. After 9/11, however, U.S. officials could pound on the desks of their foreign counterparts and say, "This time we really mean it." Some results of this sea change -- successes in freezing or seizing terrorists' financial assets, for example -- have been visible. Many others have been necessarily less so. Future success or failure in tracking threats such as anti-U.S. extremism in South Asia will similarly depend more on the state of U.S.-Pakistan relations than on the performance of the bureaucracy back in Washington.
Cooperation among governments' counterterrorism services has often continued despite political differences between governments themselves. Ultimately, however, such cooperation rests on the goodwill the United States enjoys and the health of its relationships around the world. As 9/11 recedes into history, states' willingness to share information is a depleting asset. We appropriately think of intelligence as an important aid to foreign policy, but we also need to remember how much foreign policy affects intelligence.
Michael Williamson/The Washington Post

"Good Intelligence Can Save Us From Bad Surprises."
We wish. Early last February, barely a week before the Arab Spring ended the three-decade presidency of Egypt's Hosni Mubarak, Sen. Dianne Feinstein, chair of the Senate Intelligence Committee, grilled a CIA official in a Capitol Hill hearing room. "The president, the secretary of state, and the Congress are making policy decisions on Egypt, and those policymakers deserve timely intelligence analysis," Feinstein told Stephanie O'Sullivan, then the CIA's associate deputy director. "I have doubts whether the intelligence community lived up to its obligations in this area."
Feinstein was hardly the only one to criticize U.S. intelligence agencies' inability to predict the speed at which the fire lit by Tunisian fruit vendor Mohamed Bouazizi, who immolated himself on Dec. 17, 2010, would spread throughout the Arab world. But all the bureaucratic overhauls and investigative commissions in the world can't change one incontrovertible fact: Many things we would like our intelligence services to know are too complex to model or predict. What the community should be expected to provide -- and, based on the limited publicly available evidence, apparently did provide -- is a strategic understanding of conditions and attitudes that, given the right spark, could ignite into a full-blown revolution.
The most recent recriminations and inquiries are only the latest in a long line dating back to the 1941 surprise attack on Pearl Harbor. The resources devoted to intelligence have increased substantially over the past seven decades, and intelligence agencies are continually looking for ways to improve how they do their business. But no amount of moving around boxes on a flowchart can eliminate unpleasant surprises, and there will always be new challenges -- especially in an age of endlessly proliferating information.
Intelligence can help manage uncertainty, defining its scope and specifying what is known and what is likely to stay unknown. It can distinguish true uncertainty from simple ignorance by systematically assembling all available information, but it cannot eliminate uncertainty and it cannot prevent all surprises, including some big ones. Leaders must accept this reality; they must expect -- and prepare -- to be surprised.
With due acknowledgment to Donald Rumsfeld, it also means expecting unknown unknowns. Not only will we not know all the right answers -- we will not even be asking all the right questions.

Is the Internet Polarizing Politics?


Is the Internet Polarizing Politics?

Polarize_politx This is the second post in the series Internet and the American Voter

Has the Internet elevated political conversation by increasing interaction between average citizens? Or is it plunging the country into an abyss of partisanship and ignorance?
These are troublesome questions for even the most fervent digital optimist. It doesn’t take an expert to see that what passes for informed debate online can often be petty, stupid, and even hateful. Instead of searching out new perspectives, all too many users flock to websites that support their views, pop out occasionally to post an angry comment somewhere else, and then flee back to the comfort of Red State or Paul Krugman.
Research has confirmed that the Internet exerts a polarizing force on the electorate. In his 2011 book The Filter Bubble, Eli Pariser writes about how search engines and social networks filter out dissenting opinions and offer users only what they want to see. Google and Yahoo draw on a user’s past search preferences when responding to queries, meaning that over time a liberal and a conservative might receive ideologically opposite search results having entered identical information. (Pariser recounts how a conservative entering the letters “BP” into Google received stock tips, whereas a liberal was linked to news stories on the Deepwater Horizon oil spill.)
Similar work by Cass Sunstein, the current Administrator of the White House Office of Information and Regulatory Affairs, shows how the Internet creates “echo chambers” where users surround themselves only with the like-minded. This not only preserves partisanship—it exacerbates it. Sunstein found that pro-choice liberals become more pro-choice if they interact only with other liberals, and anti-abortion conservatives become more anti-abortion after surrounding themselves with other conservatives. The niche driven nature of the Internet is pushing us further and further apart.
Yet while online political discourse needs to improve, there are still many reasons to be hopeful.
Despite the “echo chamber” effect, there are places online where debate exists and users interact. Blogs, comments sections, and popular Twitter hashtags are all platforms for people from different backgrounds to come together and put forth their views. The quality of the arguments may leave something to be desired, but talking to each other about politics—even in its basest, most vitriolic form—is a big step up from sitting on the couch watching television. 
Also, the most popular political websites, such as the Drudge Report, attract users from both parties despite having a distinctly partisan slant. Just as there are conservatives who visit the New York Times online, there are liberals who read Drudge every day. It is now easier than ever before to know what the other side is thinking.
Besides, partisanship is underrated. Research has shown that voters with strong affiliations tend to be more informed than voters who are more detached. A recent paper by Patrick Murray in the journal Political Psychology, for instance, showed that in the lead up to the invasion of Iraq, citizens with strong feelings about the war—either for or against—had a firmer grasp of the underlying facts that those who were disinterested. Apathy can be worse than ideology.
Partisanship also gives voters clear options from which to choose, as Matthew Yglesias pointed out in a 2010 article for The Atlantic. The current hyper-partisan environment is forcing President Obama to embrace left-wing populism a la Teddy Roosevelt. Having failed for three years with a strategy of conciliation, he is now digging in along clear ideological lines. Unlike so many elections in recent memory, the 2012 presidential race is shaping up to be one where there is an actual choice to be made: will you support the liberal position of social engineering through the tax code, or will you place your bets on the free market and globalization? Many voters will find having such clear options to be a big relief.
If the Internet does increase partisanship, it might not be such a bad thing. But there is no denying that digital political debate needs to become more productive and more intelligent. Improving it will require going far beyond asking candidates to create Facebook pages, or having CNN anchors read tweets on the air. It will even require going beyond building better blogging programs and new social networks, or figuring out a sustainable business model for serious journalism.
In order to convince people to devote their best skills and intentions to online political conversation, they need to feel that their voices are being heard. The true potential of the Internet will only be unleashed when digital citizens are incorporated into governance itself. Cities, states, and nations around the world are already beginning to experiment with “e-governance” (South Korea ranks first on the UN e-governance readiness index). Some of the experiments will be failures, and others will be successes—we will explore both later on in this series. One hopes that the US government will embrace those methods that sucessfully and efficiently return power to the people. The country will be stronger for it.

Image Credit: Shutterstock.com

Lançado o Movimento Devagar, por uma vida mais feliz

Movimento Devagar propõe equilíbrio e bom uso do tempo livre
Para que o tempo livre seja bem utilizado é preciso se conhecer
A retomada de consciência individual na busca por uma vida mais feliz, com mais tempo para lazer, trabalho e estudo e melhor uso do tempo livre é a proposta do Movimento Devagar, analisado em pesquisa da Escola de Comunicações e Artes da USP. Surgido na Europa, nos anos 90 do século passado, o movimento possui um conceito comportamental e não temporal. De acordo com a autora do estudo, a publicitária Marilia Barrichello Naigeborin, trabalho e consumo podem gerar um ciclo vicioso. “Quanto mais você consome, mais você precisa do trabalho. A relação fica extremamente mercantil.”, diz.
“Hoje, por inúmeras razões o tempo livre acaba sendo o tempo do consumo, o que empobrece a vida. Não podemos nos esquecer do tempo para a cultura, a família, as coisas simples da vida que não custam dinheiro”, acrescenta a publicitária. A dissertação foi defendida em 2011, depois de uma viagem de oito meses por diversos países, que deu à Marília a oportunidade de conhecer diferentes culturas e organizações sociais. O orientador da pesquisa foi o diretor da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, professor Mauro Wilton de Souza.
O Movimento Devagar tem suas bases no Slow Food (“slow” significa “lento” e “food” significa “comida”), associação internacional sem fins lucrativos criada pelo jornalista Carlo Petrini, na Itália, em 1997. Sua criação é tida como uma reação crítica ao avanço do fast food, ao ritmo frenético dos dias atuais e do desaparecimento das tradições culinárias regionais. O Slow Food inspirou uma série de outros projetos. Em 2005, o jornalista canadense Honoré deu o nome de Movimento Devagar ao conjunto de esforços em demonstrar que tudo, ou quase tudo, quando feito devagar traz benefícios ao homem.
O tema contemporâneo se insere no plano das sociedades ávidas pelo consumo, consumo este que nem sempre reflete as necessidades de seus habitantes. “As vezes, você almeja uma vida simples, mas o dinamismo e a pressão do mercado acabam te exigindo outro estilo de vida”, diz Marilia. Segundo ela, o mercado é tão dinâmico que tira das pessoas o tempo necessário para refletir sobre sua realidade. Dessa forma, elas seguem com suas rotinas, sem se darem conta de que não é aquilo que lhes satisfaz. “Poucos conseguem se questionar: eu não mudo porque trabalho demais ou trabalho demais porque não mudo?”.
A filosofia do devagar tem em si uma tensão embutida.“Como ser devagar em um contexto contemporâneo veloz? Obviamente não dá para abrir mão do mundo em que vivemos, por isso precisamos constantemente jogar com isso”, diz. Esse estado transitório, entre o veloz e o devagar, incomoda e é isso que faz a pessoa permanecer consciente daquilo que lhe faz bem e o que não faz.
Tempo
O tempo livre, hoje em dia, incomoda. Depois de um tempo, ele gera angústia. Quando a pessoa se depara com a falta da obrigatoriedade do que fazer, ela fica inquieta e não se sente satisfeita. “Muitas vezes, estamos tão cansados para aproveitar o tempo livre que simplesmente o gastamos na frente da TV”.
Para que o tempo livre seja bem utilizado é preciso se conhecer. “As pessoas anseiam pelas férias, mas quando conseguem, não sabem o que fazer com ela. É preciso materializar o tempo livre, dar um sentido pra ele”, explica Marilia. Essa materialização tem de acontecer segundo o conceito “ócio criativo”, do sociólogo Domenico de Masi, onde lazer, trabalho e estudo se juntam. Essas três áreas favorecem o equilíbrio do ser para que ele possa seguir dialogando entre o veloz e o devagar.
O escape do tempo livre acaba sendo o consumo, porque é uma zona segura. As marcas se aproximam do discurso da vida equilibrada e do mundo com desenvolvimento sustentável. Entretanto, elas apenas repassam esse discurso, mas não desejam verdadeiramente que ele se perpetue. “São propagandas e inciativas bem executadas tecnicamente, mas que podem ser perigosas, pois não são isentas em seu debate. Eu acho que isso deve acontecer no meio acadêmico e nas esferas públicas, não na publicidade”, coloca Marilia.
Aplicação
Segundo a publicitária, ainda é muito difícil dizer se o Movimento Devagar dará certo no Brasil, por ser um país em desenvolvimento. Ela aponta que o movimento é considerado, por muitos, elitista. “Dentro da realidade brasileira ele ainda é mesmo: é muito difícil praticá-lo já que o mercado não incentiva o consumo de produtos orgânicos e que as pessoas trabalhem apenas meio período, por exemplo”, afirma.
Marilia acredita que a ligação entre o tema devagar e o planeta vai ajudar na impulsão do Movimento Devagar. “Para o planeta sobreviver será necessário desacelerar”, explica. Com isso, o Devagar começa a inspirar as pessoas e esse é o segundo passo para que ele vigore no mundo.
E, por fim, partir para políticas públicas: carga horária de trabalho reduzida, licença de trabalho para os pais, produtos orgânicos com preços acessíveis, etc. “A consequência disso será a reconciliação entre o homem e o tempo. Então estaremos finalmente reconectados”, completa.
(Imagem: Wikimedia Commons)
Mais informações e-mail mbarrichello@hotmail.com
Mais informações

Los tribunales argentinos cuestionan los acuerdos que garantizan la impunidad de los crímenes del franquismo; em esp.

Los tribunales argentinos cuestionan los acuerdos que garantizan la impunidad de los crímenes del franquismo
Contra la impunidad de los que aprobaban fusilamientos en la Dictadura

Mundo Obrero


Hace unos días hemos conocido que la justicia Argentina investigará a Manuel Fraga, por haber formado parte del régimen franquista. El que fuera ministro de Información y Turismo (1962-1969) del Dictador Francisco Franco, a sus 90 años, deberá ver cómo su paso, del que nunca se ha retractado, por la dictadura se cuestiona desde un tribunal extranjero.

Así lo han pedido familiares de represaliados durante el franquismo y asociaciones para la recuperación de la memoria histórica a la jueza argentina María Servini, que está instruyendo una causa en ese país por los crímenes del franquismo bajo el principio de justicia universal, por el que se pueden investigar hechos de lesa humanidad ocurridos en otros países, tal como sucedió en España con represores argentinos.

La jueza federal María Servini libró un exhorto a España en el que solicitó nombres y domicilios de los integrantes del Consejo de Ministros y de los jefes de las fuerzas de seguridad que integraron el gobierno de facto del general Franco entre julio de 1936 y junio de 1977 y si se encuentran vivos, en el marco de esta investigación de crímenes relacionados con personas desaparecidas, asesinadas y torturadas durante la represión franquista, el número de niños apropiados y las empresas que utilizaron a presos políticos para hacer trabajo esclavo, entre otros datos, informaron fuentes judiciales.

Los tribunales argentinos cuestionan los acuerdos de la Transición española que garantizaron la impunidad de los crímenes del franquismo. Si las instituciones españolas respondieran a la petición efectuada desde el país latinoamericano tendrían que aportar información, entre otros, sobre el ex ministro franquista, fundador y presidente honorífico del PP Manuel Fraga, muñidor informativo del asesinato de Julián Grimau, o Rodolfo Martín Villa, responsable político de la muerte de activistas demócratas durante la llamada transición pacífica a la democracia y ex presidente de Sogecable.

Cuando hace unos años se presentó una propuesta en la comisión constitucional del senado en la que se pedía al Gobierno la rehabilitación ciudadana y democrática de la figura de Julián Grimau, víctima de la represión franquista, Manuel Fraga y todo el Grupo Popular se opusieron a la iniciativa, aprobada con los votos de los demás grupos políticos. El líder de la oposición antifranquista Julián Grimau, dirigente del Partido Comunista de España, fue torturado en la Dirección General de Seguridad donde intentaron asesinarle tirándole por la ventana tras su detención en 1962, luego fue juzgado por un tribunal militar sin las más mínimas garantías en un consejo de guerra por rebelión militar, unas horas después fue condenado a muerte.

El ministerio de Información desarrolló una intensa campaña de propaganda para contrarrestar la reacción internacional ante estos hechos tratando de identificar a Julián Grimau como un criminal. El ministro de Información era Manuel Fraga, que cuando desde las gradas del senado se le decía que pidiera perdón, no intervino en el debate, permaneció sentado en su asiento sin mover un músculo cuando él avaló aquel asesinato, ya que formaba parte del Consejo de Ministros presidido por Franco que no atendió ni la llamada del Papa. Fraga había dicho que justificaba el fusilamiento de Grimau al que tachó de sanguinario asesino.

Estos funcionarios, policías torturadores o ministros, se beneficiaron de la Ley de Amnistía aprobada en junio de 1977. Una auténtica Ley de punto final que garantizó su impunidad y cuyo contenido político sólo puede comprenderse recordando aquel célebre atado y bien atado con el que Franco tranquilizó a sus seguidores en los últimos días de su vida.

En los años finales de la Dictadura se produjo una escalaba brutal de la represión que coincidía con un ciclo de luchas de la oposición antifranquista, organizada y dirigida principalmente por los sindicatos clandestinos y el Partido Comunista de España todavía ilegal. En unas condiciones muy difíciles de persecución, estos movimientos políticos encabezaban las luchas obreras, el movimiento estudiantil y las movilizaciones vecinales.

Este ciclo arranca aproximadamente con la designación en 1969 de Juan Carlos de Borbón como sucesor del general Franco. Ese mismo año es detenido Enrique Ruano al que habían visto repartir en la calle propaganda de Comisiones Obreras, según la versión oficial se arrojó desde un séptimo piso. Los policías, hoy comisarios, no fueron juzgados por asesinado hasta 1997, le pegaron un tiro y luego lo tiraron por la ventana, y fueron absueltos por el tribunal supremo. En julio de 1970, mueren por disparos de la policía los albañiles Antonio Huertas Remigio, Cristóbal Ibáñez y Manuel Sánchez Mesa durante una manifestación organizada por Comisiones Obreras. Ese mismo mes el gobierno militariza el metro de Madrid tras el éxito de los huelguistas. En septiembre la huelga de la construcción en Madrid también es un éxito.

Pero el hecho histórico más relevante del momento fue el proceso de Burgos, en diciembre de 1970, en el que fueron condenados a muerte y luego conmutada la pena de varios militantes de ETA. El obrero metalúrgico Roberto Pérez Jáuregui muere en los días posteriores por disparos de la policía en el curso de una manifestación de protesta contra el proceso de Burgos.

En septiembre de 1971 es asesinado Pedro Patiño, por disparos de la Guardia Civil mientras repartía octavillas de Comisiones Obreras convocando una huelga de la construcción. En octubre de 1971 durante la huelga de la SEAT organizada por Comisiones Obreras, la policía ocupa la fabrica y dispara sobre los trabajadores, matando a Antonio Ruiz Villalba. El 10 de marzo de 1972 en la huelga de los trabajadores de Bazán, en el Ferrol, son asesinados por la Policía los trabajadores Amador Rey y Daniel Niebla.

En esos años se procedió a la detención y ejecución de numerosos líderes sindicales, el colofón a esta actividad represora es la detención de la cúpula de Comisiones Obreras en una reunión clandestina en junio en 1972, que dio lugar al Proceso 1001, y la posterior condena en diciembre de 1973 a largas penas de cárcel. Los asesinatos de obreros continúan; en abril de 1973 la Guardia Civil ametralla una manifestación de dos mil obreros, matando de una ráfaga a Manuel Fernández Márquez, militante del PSUC y de Comisiones Obreras, en la puerta de la central térmica de Sant Adrià de Besòs. En septiembre, Cipriano Martos, obrero de la construcción, es asesinado mediante la tortura por la Guardia Civil en Reus, fue obligado a beber el contenido de un cóctel molotov. En octubre, durante un reparto de octavillas en la fábrica de CASA en Madrid, es asesinado a tiros por la policía el obrero Victoriano Diego Gómez.

En agosto de 1974 es asesinado por la Guardia Civil en Carmona, Miguel Roldán Zafra, en una manifestación de vecinos del pueblo en la que pedían agua potable. En enero de 1975 es asesinado por un guardia civil Víctor Manuel Pérez Elexpe, cuando estaba repartiendo octavillas de apoyo a la huelga general en Navarra, recibió cinco disparos a quemarropa y por la espalda. El 27 de septiembre de 1975, tuvo un gran impacto el fusilamiento tras un consejo de guerra de cinco militantes de ETA y FRAP.

En noviembre de 1975 Juan Carlos de Borbón asume la jefatura del estado y el ejército para convertirse en dictador cuando desaparece Franco. Tras la muerte del general se recrudece la represión. En los meses posteriores decenas de obreros y militantes antifranquistas son heridos y asesinados por la policía y la extrema derecha. La lista es interminable; en febrero de 1976 durante una manifestación a favor de los trabajadores del calzado en Elda, Teófilo del Valle es muerto a tiros por la policía. El 3 de marzo la policía mata en Vitoria a 5 trabajadores, Francisco Aznar Clemente, Pedro María Martínez Ocio, Romualdo Barroso Chaparro, José Luis Castillo García y Bienvenido Perea, y hiere a más de cien.

En agosto de 1976 el estudiante de 19 años Francisco Javier Verdejo Lucas, muere en Almería por disparos de la Guardia Civil mientras hace una pintada:"Pan, trabajo y libertad". En septiembre de 1976 el estudiante comunista, Bartolomé García Lorenzo, muere en La Laguna acribillado a tiros por agentes de la policía. Ese mismo mes es asesinado Carlos González Martínez, estudiante de 21 años, durante una manifestación. En noviembre de 1976 es asesinado de dos balazos por un guardia civil José Javier Nuin, estudiante de 19 años. En diciembre Ángel Almazán Luna es apaleado en una manifestación a favor de la abstención en el referéndum de la Ley para la Reforma Política y muere por la paliza. En enero de 1977 muere José Vicente Casabany durante una manifestación. También muere Juan Manuel Iglesias, de 16 años, al huir de una carga policial y Arturo Ruiz es asesinado por la "Triple A", ambos en manifestaciones pro amnistía.

El 24 de enero de 1977 nueve abogados laboralistas de Comisiones Obreras, militantes del PCE, fueron ametrallados por un grupo de ultraderecha. Cinco resultaron muertos: Rodríguez Leal, Luis Javier Benavides, Enrique Valdevira, Serafín Holgado y Francisco Javier Sauquillo. Ese mismo día, en una manifestación de protesta por el asesinato de Arturo Ruiz, la policía mata con un bote de humo a Mª Luz Nájera y muere en Cartagena Pancho Egea, trabajador de la construcción, durante una manifestación conjunta de obreros de la construcción y del metal. En marzo muere José Luis Aristizabal Lasa, estudiante de 20 años, durante una manifestación pro amnistía, también muere Ángel Valentín Pérez, obrero de la construcción de 24 años, apuñalado por elementos de ultraderecha durante una manifestación.

Más tarde, en diciembre de 1977, se aprueba la Ley de amnistía y las cárceles repletas de presos políticos se vacían, esto supone cierto respiro pero continúa la represión y muchos más luchadores mueren en los años posteriores, como: Manuel García Caparrós, obrero malagueño militante del Comisiones obreras y el PCE, en diciembre de 1977 en una manifestación por la autonomía de Andalucía; Javier Fernández Quesada, estudiante comunista de 22 años, que muere ese mes en Tenerife por disparos de la policía; Francisco Rodríguez Ledesma, obrero sevillano asesinado en una manifestación de trabajadores; Elvira Parcero Rodríguez, de 22 años, asesinada en una manifestación de los trabajadores de la empresa Ascón; José Luis Escribano, militante de Comisiones Obreras, es asesinado en Soria por cuatro disparos de un policía en el transcurso de una discusión; Manuel Medina Ayala, militante del PCE, apuñalado por un grupo ultraderechista durante un acto en solidaridad con el pueblo chileno; Andrés García, joven comunista asesinado por miembros del Frente de Juventud.

Los luchadores asesinados después del 6 de octubre del 1977 no son reconocidos como victimas por las leyes, ni han percibido ayuda alguna. Estas matanzas y asesinatos permanecen impunes, la conculcación de derechos sigue vigente, y los máximos responsables no han sido juzgados y están presentes en la vida política, desde Juan Carlos de Borbón, jefe del estado y del ejército, a Manuel Fraga Iribarne o Rodolfo Martín Villa, ministros de Gobernación en esos años.

Han pasado más de treinta años desde que se produjeron estos crímenes, y los asesinos de centenares de defensores de la libertad no han sido condenados y siguen presentes en la vida política, algo impensable en una Democracia. Todos las afectados, víctimas, familiares y asociaciones, piden la anulación de los juicios de la dictadura y que se procese y condene a los responsables de estos crímenes para terminar con la impunidad en el estado español.

Existe una enorme deuda con las víctimas del franquismo y con las de la transición, ya que cuando se pudo no se hizo casi nada por las personas que fueron represaliadas durante la Dictadura, sólo pequeños pasos hacia la lenta y costosa rehabilitación de los luchadores y luchadoras por las libertades que se han dado en los últimos años gracias al esfuerzo de los familiares de las víctimas y de las organizaciones que reivindican la memoria histórica.
Rebelión ha publicado este artículo con el permiso del autor mediante una licencia de Creative Commons, respetando su libertad para publicarlo en otras fuentes.

Liberdades públicas e Constituição: letra morta na campanha republicana nos EUA; em esp.

¿A quién le importan las primarias de Iowa o las elecciones en EE.UU.?



En los últimos días aparecieron dos magníficas notas que dan cuenta de lo que en trabajos anteriores habíamos calificado como la “descomposición moral” del imperio. En una de ellas, Juan G. Tokatlian (El País, 2 de Enero de 2012) habla del acelerado e irreversible avance de la “poslegalidad”, vocablo apto para referirse a la descarada apelación a metodologías y formas de acción completamente reñidas con la propia legalidad estadounidense por parte de la Casa Blanca y, por supuesto, de la la Carta de las Naciones Unidas que se firmara en Junio de 1945 en San Francisco y todo el tan espeso como inoperante andamiaje de la legalidad internacional. Arrasando con estas molestas limitaciones el indigno Nobel de la Paz que se sienta en la Oficina Oval de la Casa Blanca ordena crímenes y asesinatos de ciudadanos extranjeros y estadounidenses, envía aviones no tripulados –“drones”- para masacrar poblaciones indefensas sin pagar costo alguno ante una opinión pública estupidizada por la industria cultural del capitalismo mientras que, paso a paso, va cercenando las libertades públicas establecidas por la Constitución de los Estados Unidos pero que desde Ronald Reagan para aquí se ha venido convirtiendo en letra muerta. En esta misma línea Juan Gelman publicó también en la edición del mismo día pero en Página/12 una nota en donde demuestra que el “progre” Barack Obama ya superó el triste récord de su infausto predecesor en materia de atropellos a los estándares de la justicia y derechos humanos. Pese a sus encendidas promesas de campaña no cerró Guantánamo; retiró parte de las tropas estacionadas en Irak (si bien dejando un buen número de “asesores” cuyas funciones efectivas poco tienen que ver con ese nombre) pero siguió guerreando en Afganistán y extendió las hostilidades a Pakistán. Además, tras las raídas bambalinas de la OTAN Washington fue el actor principal, según lo reconoció el New York Times, de la masacre y los crímenes perpetrados para “liberar” a Libia. Si G. W. Bush pergeñó el rescate de los bancos su sucesor profundizó esa política; si aquél había escrito el borrador del Tratado EEUU-Colombia que autoriza la utilización de bases militares (por ahora 7, pero se puede aumentar esa cifra con una simple solicitud del Departamento de Estado) en ese país sudamericano, fue Obama quien ratificó el acuerdo poniendo su firma al lado de un personaje siniestro como Álvaro Uribe. Y en materia económica las políticas de rescate de los delincuentes de cuello blanco y elegantes trajes Armani que pululan en Wall Street -rescate hecho a costa de los deudores hipotecarios estadounidenses- prosiguieron su curso triturando las ilusiones del American dream: ya son dos millones de familias arrojadas a la calle, y se espera que las víctimas de esta gigantesca estafa sean unos cinco millones en los próximos dos o tres años. Teniendo en cuenta estos antecedentes, ¿a quién puede importar la primaria republicana de Iowa? ¿Cuáles son las razones por las que la prensa mundial otorga tamaña trascendencia a un show mediático como ese, despojado de toda sustancia democrática? Basta leer las declaraciones de los candidatos republicanos, a cual más retrógrado y reaccionario, exaltando los valores tradicionales y patrioteros de la derecha estadounidense, para comprobar la profundidad abismal de la crisis política de ese país. Va de suyo que las opiniones de los candidatos demócratas, comenzando por el propio presidente, no modifican en lo más mínimo este diagnóstico. Tal vez lo empeoren. El disparate de los candidatos republicanos, exhaustos luego del ejercicio democrático llevado a cabo en Iowa, llegó tan lejos como para que varios de ellos -especialmente Michele Bachmann, la (frustrada) esperanza del Tea Party que cosechó un número irrisorio de votos- fulminaran con sus críticas a Obama por… ¡sus políticas “socialistas”! Se nota que esas gentes, aspirantes todos ellos a heredar el trono imperial de la Casa Blanca, no tienen la menor idea de lo que están hablando. En su majestuosa mediocridad no se dan cuenta de que si hay algo que impidió (¿o sería más preciso decir “postergó”?) el hundimiento del capitalismo estadounidense fueron las políticas del tandem Bush-Obama que efectivamente pusieron en práctica un socialismo muy del agrado de la burguesía: socializaron las pérdidas de los grandes oligopolios financieros e industriales y las redistribuyeron meticulosamente al conjunto de la población. Mientras tanto, los principales CEO de esas corporaciones afectadas por el “socialismo” de Bush-Obama seguían ganando, una vez pagados los impuestos, más de diez millones de dólares anuales como recompensa por sus brillantes negocios.
Reflexiones estas, en suma, acerca de la total intrascendencia de estas primarias -y las que seguirán en las semanas siguientes, incluyendo un par de ridículos “super martes” que ya provocan la estudiada excitación de la prensa estadounidense y sus voceros de la periferia- que pueden extenderse sin forzar ningún razonamiento a las elecciones presidenciales de los Estados Unidos. Porque, como dicen algunos de los (pocos) politólogos críticos que hay en ese país, ¿a qué viene tanta cháchara con elecciones en las cuales nada se elige y con presidentes que nada presiden toda vez que el “gobierno permanente” que realmente detenta las riendas del poder en sus manos: el complejo militar-industrial y sus aliados, no ha sido elegido por nadie, no debe rendir cuentas ante nadie, ni mucho menos podrá ser removido por el sufragio popular? No importa lo que el pueblo elija, ni el mandato que otorgue al candidato elegido, porque los que verdaderamente mandan lo hacen en virtud de realidades mucho más proteicas –los millonarios negocios y negociados hechos bajo la complaciente mirada del gobierno y de una dirigencia que depende de los donativos de los oligopolios para financiar sus ambiciones políticas- que las débiles señales producidas por el proceso electoral. Además, a diferencia del “populacho” desinformado e impotente que en proporciones cada vez menores acude a las urnas, la clase dominante imperial sabe lo que es bueno para Estados Unidos y lo que hay que hacer en cada momento. Parafraseando aquella vieja fórmula de mediados del siglo pasado que decía que “lo que es bueno para la General Motors es bueno para Estados Unidos” sus personeros hoy saben que “lo que es bueno para el complejo militar-industrial es bueno para Estados Unidos”, por lo menos para una dirigencia que piensa exclusivamente en acrecentar los beneficios y perpetuar los privilegios de ese uno por ciento contra el cual se levantaron los indignados de Ocupemos Wall Street. A esa clase dominante del imperio el veredicto de las urnas, sea en las primarias republicanas o demócratas, o en las elecciones generales, le tiene absolutamente sin cuidado. Su inserción en las articulaciones decisivas del aparato estatal estadounidense no está sujeto a escrutinio o control público alguno, y su dominio sobre la clase política y los grandes medios de comunicación la colocan a salvo de cualquier contingencia surgida en el terreno electoral. Lo único que le preocupa en relación con las primarias y las elecciones es seguir alimentando la ilusión popular de que el país es una democracia, evitando que la masa de la población llegue a pensar que el régimen político imperante no es una democracia sino una abyecta plutocracia. Sabe que de persistir esa creencia su dominio será poco menos que inexpugnable. El problema es que la ilimitada voracidad de esa burguesía y la super-explotación a la que somete al propio pueblo estadounidense más pronto que tarde podría romper el hechizo y dar inicio a un proceso de movilización y radicalización de imprevisibles consecuencias. Por eso hay que presentar al anodino ejercicio que tuvo lugar el pasado martes en Iowa como si fuera una vibrante prueba de la salud democrática de Estados Unidos. Una mentira, no piadosa, sino maléfica hasta el tuétano.
* Una versión abreviada de esta nota se publicó en el diario Página/12 de Buenos Aires el día 5 de Enero de 2012.
Fuente: http://www.pagina12.com.ar/diario/elmundo/4-184771-2012-01-05.html 
rCR

Tablets, ferramentas para consumir, não para criar: emk esp.

La guerra contra el ordenador personal

Versvs


Buscando la raiz de las guerras del copyright que estamos viviendo, hay que remontarse hasta el origen mismo de la informática moderna. Hasta esos grupos de académicos que en los años 70 aprovecharon la visión que los estrategas habían esbozado una década antes para la investigación y la inteligencia militar. Fueron ellos quienes comenzaron a extender una red y a desarrollar nuevas prácticas y nuevo conocimiento en ella. Gracias a la visión de aquellos pioneros, un par de décadas después (ya en los años 90) la verdad flotaba en el ambiente: la llegada de la «sociedad de la información» era inminente y, con ella, también la de la economía basada en la información.
Desde que esa noción fue asumida, quienes controlaban los aparatos de poder han tenido un sueño húmedo: el de proveer a los usuarios acceso inmediato y de pago a todas la información que deseen... cobrando lo máximo posible por cada una de ellas. Esta ambición ha chocado una y otra vez con un muro hasta ahora infranqueable: Internet hace tremendamente difícil bloquear el uso que se hace de la información y, en consecuencia, forzar a cada usuario a pagar cada vez que desea acceder a algo.
Por el contrario, lo que surgió desde el comienzo fue un nuevo tipo de economía: la economía de la atención. Las estrategias para lograr el cumplimiento de aquel viejo sueño han sido varias: la recentralización de la Red, tanto a nivel de software como a nivel de hardware han pretendido en todo momento devolver a los usuarios a un estado de independencia y autonomía inferior al que disfrutaban. El caudal de datos que Internet puede manejar crece exponencialmente y el coste del hardware para almacenar datos disminuye exponencialmente. ¿Por qué, entonces, esa insistencia reciente con la nube? Para recuperar el control, para crear dependencias a los usuarios.
Desde que Richard Stallman iniciara hace casi tres décadas la mayor revolución de nuestro tiempo al crear e impulsar el movimiento del software libre su figura ha sido objeto de críticas y burla. Sin embargo, aquellas afirmaciones que sus detractores tildaron de paranoia son una realidad innegable en 2012: los sistemas operativos para móviles no son libres y mantienen al usuario en una jaula en la que es casi imposible hacer algo que no haya sido pensado por el diseñador del dispositivo (ni hablar ya de ejecutar código), los dispositivos portátiles son ampliamente usados para espiar a sus usuarios y, por si fuera poco, este tipo de sistemas operativos-jaula comienzan ya su asalto a los ordenadores personales.
En los ordenadores personales nos jugamos el futuro: Windows 8 podría impedir que instales tu Linux (Microsoft dijo que eso sólo será así de forma opcional... una opción para reducir nuestras opciones) y en algunas arquitecturas sólo ejecturará aplicaciones para Metro, esto es, si te compras tu ordenador con Windows en esa arquitectura, tu ordenador tendrá la usabilidad de un tablet. Y en el típico tablet el control lo tiene el fabricante, siendo la capacidad de usarlo para usos no pensados por el fabricante extremadamente reducida. Las aplicaciones tipo Metro sólo se podrán instalar desde la App store de Microsoft y deberán ser aprobadas por Microsoft para estar ahí. Apple cambió el comportamiento del scroll en OS X para asimilarlo al diseñado para iPhone y iPad.
Una tendencia, tres caras de un mismo prisma:
  • los ultraportátiles baratos, que fueron promovidos ampliamente en la esperanza de las operadoras de vender tarifas de datos, suben de precio o desaparecen de las estanterías, toda vez que las tarifas de datos se venden ya en el móvil, un entorno mucho más amigable a las operadoras y la cultura de usuario que poco a poco han logrado imponer. Como dijimos en La neutralidad de la Red, no es que Internet llegue al móvil, sino que el móvil llega a Internet.
  • Los portátiles comienzan a venir ya en dos módulos para que te quedes la pantalla y lo uses a modo de tablet.
  • Los portátiles se convierten, directamente, en una prolongación del móvil.
En todos esos casos, la potencia y la libertad que ofrece un portátil es sustituida silenciosamente por la facilidad enjaulada del móvil. Dicen que Steve Jobs fue el visionario que hizo posible que en cada hogar haya un ordenador personal. Si hay justicia, la historia lo recordará como el visionario que decidió que había que llevarse de casa todos esos ordenadores.
Ante este advenimiento de nuevo hardware de capacidades limitadas por un software diseñado a tal efecto, la anti-Internet (centralizada, controlada, disneyficada) se regocija mientras los hackers ven un futuro steampunk en el que los sistemas de DNS alternativos (que llevan años con nosotros) gozan de adopción masiva y las darknets y la economía identitaria son parte de nuestra cotidianeidad.
SteamPunk Octupus por raybender
[Ilustración: SteamPunk Octupus, por raybender.]
Todo ello parece inevitable pese a los esfuerzos por controlar la Red, pero lo parece tan sólo porque damos por sentado que tendremos con nosotros la herramienta que nos ha acopañado en todas nuestras batallas en las últimas décadas. Esa herramienta es el ordenador personal, pero el ordenador personal tal y como lo conocimos, abierto, configurable, clónico, manipulable y hackeable podría no estar con nosotros cuando nos haga falta, víctima de una guerra que está pasando desapercibida para muchos. Inundando el mercado de cajas tontas de bajo precio, el PC se convierte en objeto de lujo, «para desarrolladores» y uso profesional que será artificialmente caro precisamente cuando el hardware es más barato. Es el precio de la libertad y espero equivocarme, pero nos lo van a subir muy pronto. En el camino quedarán los excluidos, la mayoría, con sus tablets-pc, herramientas diseñadas para consumir y no para crear.
Todas las luchas que tenemos pendientes dependen de tener éxito algo primordial: disponer de herramientas. La primera y más importante batalla es la de poseer hardware que podamos controlar y usar a nuestro antojo, evitar la tabletización de la informática personal para poder usar el software que necesitamos para ser autónomos y libres.
http://www.versvs.net/anotacion/la-guerra-contra-ordenador-personal

Londres lança banda larga gratuita nos bairros mais populosos; em esp.

Londres prepara la zona wifi gratuita más grande de Europa

Se desplegará en el centro de la ciudad antes del comienzo de los Juegos Olímpicos

EL PAÍS - Madrid - 06/01/2012
 
Londres sigue con su cruzada por convertirse en una ciudad puntera en tecnología. Al igual que ya hace Nueva York en sus parques públicos, la capital británica prevé estrenar el acceso a Internet sin hilo, gratis, antes de que comiencen los Juegos Olímpicos de este verano.

La noticia en otros webs

Según anuncia la BBC, los puntos de acceso de la city estarán incrustados dentro del mobiliario urbano y los desarrollará la compañía de telecomunicaciones O2.
Durante este mes estará activa la zona de Westminster. Después se sumarán los barrios de Kensington y Chelsea. Philippa Roe, concejal de finanzas del gobierno de la ciudad, cree que esta medida será muy positiva: "Los visitantes podrán compartir sus fotos y estado en redes sociales durante los Juegos Olímpicos con toda tranquilidad". Según cálculos del ayuntamiento Westminster recibe un millón de turistas al día, cuenta con 250.000 residentes y en esa zona trabaja alrededor de medio millón de personas.
En noviembre de 2010 la estación de Charing Cross se convirtió en la primera en dotar toda su estructura de conexión a Internet. En todo caso desde el ayuntamiento aclaran que no se trata de un servicio que invite a dar de baja la conexión de banda ancha en el hogar, sino algo complementario.
Más allá de los tres barrios centrales, Westminster, Kensington y Chelsea, el ayuntamiento prevé dotar 120 estaciones de metro con acceso gratis a la Red. Esta iniciativa se suma a los 26 puntos de conexión abierta, la mayoría de ellos situaciones en la calle Oxford y aledaños, que Nokia patrocina.
En España han sido varios los intentos por ofrecer conexión gratis. Málaga fue la primera ciudad que lo intentó. La Audiencia Nacional sancionó en el mes de septiembre a la ciudad andaluza con 300.000 euros por dar acceso desde sus edificios sin registrarse como proveedor de Internet y no comunicarlo previamente a la Comisión del Mercado de las Telecomunicaciones.