Postado por Nivaldo Manzano
Um programa de reconstrução econômica e social do Egito somente terá êxito se assentar no pressuposto da necessidade de se remover o programa neoliberal, vigente há mais de vinte anos e responsável pelo estado de calamidade social em que se encontra o país. É dizer que as decisões fundamentais devem ser tomadas nos gabinetes de Washington, do Departamento de Estado, do Pentágono, da CIA, do Banco Mundial, do FMI e referendadas pela Comissão Européia, instâncias que, embora estrangeiras, constituem a sede da autoridade política responsável pela imposição desses programas. É nessas instâncias que foi gerado o monstro e delas depende, em boa medida, o êxito do povo egípcio em vê-los removido para a lata do lixo.
É em razão desses fatos que Michel Chossudovsky sugere que a questão egípcia seja assumida na perspectiva das relações entre Mubarak e os interesses estrangeiros, pois remover um títere não implica a remoção dos “reiais ditadores”, observa ele.
Da mesma forma, acrescenta, o movimento de protesto deveria visar à sede da autoridade política real – a embaixada norte-americana, a delegação da União Europeia e as missões nacionais do FMI e do Banco Mundial.
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