Artigos, ensaios, pesquisas de interesse geral - política, cultura, sociedade, economia, filosofia, epistemologia - que merecem registro
sábado, 1 de março de 2025
Objetivismo meu para alex
A questão posta por mim, que você chama de filosófica, remete a uma diferença entre dois modos de pensar - duas visões de mundo, talvez. Não me sinto preso a uma visão OBJETIVISTA da realidade, o que não quer dizer que seja SUBJETIVISTA. Não enxergo a realidade como dicotômica, o certo x errado, o sim x não, o lógico x ilógico (Há também o não lógico), um lugar para cada coisa e uma coisa para cada lugar. Diferentemente de mim e dos não objtetivisgtas pensa Bertradd Russeell, por exemplo, com a sua teoria dos conjuntos. Na teoria dos conjuntos só se admitem com foro de realidade OBJETOS, conceitos,que se definem por suas delimitações, propriedades supostamente intrínsecas, como o são de fato os objetos mentais, as abstrações, os conceitos. De um conceito pode dizr-se: "Uma coisa é uma coisa e não é outra coisa, ao mesmo tempo". Minha visão de mundo reconhece a bibliotecaría como gestora da biblioteca, ao contrário de Bertrand Russell, com o seu conhecido "paradoxo da biblioteca", que não enxerga a bibliotecária porque ela não é DEFINJÍVEL, delimitável, como o é o coneito de uma COISA, como um livro. Assim, Russell só enxerga livros na biblioteca de sua teoria dos conjujntos, da qual exclui a bibliotecária. Um mundo fantasmagórico como o da lenda do aprendiz de feiticeiro, de Goethe. Essa patologia do senso comum acomente todo aquele que entende como realildade somente o que pode ser DEFINIDO OBJETIVAMENTE. identifica a realidade como um conjunto de propriedades da lógica e da matemática, sem mais, um mundo admissível somente mediante as lentes da geometria analítica, das equações diferenciais etc. Assim, por implicação, não pode admitir o SUJEITO o PONTO GEOMÉTRICO, a EXISTÊNCIA e outras ocorrências mentais, que não se EXPLICITAM como um OBJETO, porque não se definem, não são portadores de propriedades intrínsecas.
Uma visão de mundo não OBJETIVISTA aplica-se também aos FATOS, que são SUPORTES de significados, de atribuições de sentido, que variam de acordo com o CONTEXTO em que os enxergamos.No contexto da cozinha, uma faca presta-se a cortar carne e legumes; frente à ameaça de alguém, a faca converte-se em arma de defesa pessoal. O sal é branco para os olhos, amargo para o paladar e cristal para o tato. O sal é o contexto que diz o que ele é para quem dele se serve.
Assim é também a evocação de um evento histórico. Os objetivistas descreven o evento histórico como fato MENSURÁVEL pelo tempo e pelo espaço, à moda do relógio de ponteiros, na sua SUCESSÃO temporal e espacial, na sua contiguidade, no seu paralelismo, uma propriedade dos objetos, mas não da mente. Esse é o equivoco de chamar de DESCOBERTA científica o que não passa de um RECONEHCIMENTO, algo que estava lá à espera de ser apreeendido num novo contexto em que o enxergue o cientista. Até recentemente, o tomate constava da cesta de frutos e legumes da cozinha; hoje, encontra-se também na farmácia como licopeno, um carotenoide indispensável numa dieta alimentar sausável.
Estou confiante em que não existe temporalidade ALGUMA na mudança de um contexto para outro. Um novo contexto não se caracteriza por um deslocamento físico (espacial ou temporal); é uma MUDANÇA DE ESTADO para um outro estado, contexto, um processo de transição entre estados nos quais se exerga a realidade. Para um indígena que não tenha entrado em contato com uma arma de fogo, ele a reconhece sem TRANSCURSO DE TEMPO ALGUM como algo equivalente à sua flecha.
Concluo: a transposição SEM DATA da declaração do bispo eu a assumo como uma mudança de contexto, de então para hoje, como realidades EQUIVALENTES quanto à intolerância crescente no comportamento político. Torna-se desnecessário para quem enxerga a realidade em contexto, como é o meu caso, aludir a datas, que devem, sim, ser mencionadas no caso de quem se dispuser a fazê-lo, ao preço de atribuir um ÚNICO SIGIFICADO ao evento do bispo frente aos parlamentares. Não é o meu caso. Posso?
A REMOÇÃO RADICAL DAS FAKE NEWS É UMA ILUSÃO EQUIVALENTE À ERRADICAÇÃO DA MÁ FÉ NO CONTEXTO HUMANO
Ferve no Ocidente o debate sobre como limitar o poderio das Bic Techs na indução do controle das mentes, a mais terrível arma jamais
Alex Branco Para além das "torpezas das ações da direita" a evocação do passado está sujeita a uma recorrente disputa de narrativas na qual prevalece a de quem MANDA, como ocorre no diálogo entre Humpty Dumpty e Alice, num contexto de hierarquia entre os interlocutores. Toda comparação - e a evocação do passado é uma comparação - é falha, como diz o provérbio latino "Omnis comparatio mancat". Não é possível remover a má fé num contexto de exercício da liberdade, se não mediante o recurso de aduções de lado a lado. No limite da porfia vence o contendor que aduz o maior número de indícios convergentes em defesa de sua versão; e a autenticidade de tais indícios depende do grau de credibilidade e confiabilidade que se atribui a um e a outro. A cadeia de convergências é na prática ilimitada - e é por isso que o juiz sempre traz associada à sua competência algo da sabedoria peremptória de Salomão. Dito de outro modo: A Inteligência artificial - a máquina - jamais será capaz de emitir um juízo OBJETIVAMENTE justo. Felizmente, é a INCERTEZA do juízo humano que salva a nossa comum humanidade. A propósito, vale a leitura do sociólogo e filósofo polonês Zygmunt Bauman, sobre a AMBIGUIDADE, irremovível do juízo humano.
Assinar:
Postagens (Atom)