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sábado, 31 de maio de 2025
Emulação jogo china
Dentre as características prazerosas dos jogos está a emulação. A emulação é o sentimento que leva alguém a exercitar-se tentando igualar ou superar a outrem, ao mesmo tempo que superar-se a si mesmo ao cotejar o seu próprio desempenho com o desempenho de outrem. Foi nesses termos que Aristóteles imaginou na sua Filosofia Pragmática a busca da excelência na vida individual, com vistas à "vida boa" uma existência gratificante aberta para uma realização recorrente, que não se encerra. Trata-se de uma atividade espontânea, e o seu desfrute consiste em responder ao desafio do risco e da incerteza, que o jogo implica, uma réplica na sua versão inofensiva, de alto valor pedagógico, portanto. A diferença está em que nos jogos são os contendores que se dão as regras de comum acordo, ao passo que na vida real as regras estão dadas pelas condições contextuais que se herdam e às quais se responde mudando-as, por exemplo, se assim se desejar. Na existência, entende-se que nada é dfinitivo, tudo é revogável. Para o ser humano, a norma é a capacidade de mudar de norma, observa o filósofo francês Georges Canghilhem.
No contexto da política, joga-se a emulação do poder.Poder é um vocábulo polissêmico, com frequência motivo de confusão. Poder na política é a habilidade ou capacidade de agir, determinar, ou influenciar o comportamento de outrem. A acepção de poder nos jogos difere do poder na acepção da política, pois no jogo os contendores estabelecer as regras que eles próprios se dão, de comum acordo. É essa modalidade de jogo que merece propriamente o nome de jogo, em razão da reciprocidade e da gratuidade, que o jogo implica. Sem o reconhecimento de um adversário, não há jogo.
. "Eu sou porque nós somos".ubuntu
John Dewey educação bbb
https://www.academia.edu/51720837/Educa%C3%A7%C3%A3o_Na_e_Para_a_Democracia_No_Brasil_Considera%C3%A7%C3%B5es_a_Partir_De_J_Dewey_e_J_Habermas?email_work_card=abstract-read-more
RESUMO: O artigo tem por objetivo a reflexão sobre a educação para a democracia, no âmbito do Estado Democrático de Direito, no Brasil, fundamentando-a na filosofia social do pragmatista norteamericano John Dewey e do representante da "segunda geração" da Escola de Frankfurt, Jürgen Habermas. À luz do conceito de discurso e de seu potencial de aprendizagem racional, cognitiva e moral, propõe hermenêutica enriquecida do projeto constitucional de 1988, em que, superando o passado autoritário brasileiro, educação e democracia constituam experiências comunicativas indissociáveis na realização do projeto moderno de emancipação.
EMULAÇÃO CHINA
O SEGREDO DO SUCESSO DA CHINA É A EMULAÇÃO ENTRE PESSOAS E ENTRE EMPRESAS
Existe quem ainda chame isto de capitalismo: Cinco grandes grupos controlam o mercado (preços) de cimento no Brasil. E mais ou menos o mesmo número de empresas controla grande parte do mercado consumidor de todos os setores; em geral, empresas ligadas a gigantescos fundos de investimentos do exterior. Esses grupos têm os seus negócios administrados (o seu balanço financeiro) em dólar.Isso é a globalização. Somente a paga dos trabalhadores é feita em reais. Ou seja, os preços nos supermercados, no varejo e no atacado brasileiro são reajustados na paridade com o dólar. Daí que a concentração de renda SEMPRE aumenta, não importa qual seja o desempenho do PIB. Se o valor do dólar cai na paridade com o real, os preços para o consumidor não acompanham a queda na mesma proporção. As empresas retêm para si a diferença na forma de sobrelucro. Se ao inverso o dólar sobe, com a perda de poder de compra cai o número de consumidores, e as grandes empresas, que operam em regime de cartel, elevam o preço UINITÁRIO do produto, com vistas a obter o MESMO resultado financeiro explorando um grupo MENOR de consumidores. Assim, expulsam do mercado a grande maioria, de menor renda, para se restabelecer o equilíbrio entre a oferta e a procura solventes, em outro patamar na escalada da concentração da renda.
E aqui está um dos motivos por que a desigualdade social sempre aumenta, e o que fazem os governos de viés popular com vistas a reduzir a desigualdade social é enxugar gelo. Uma evidência aparente é que NUNCA exibem publicamente a perda do poder de compra dos consumidores por ocasião de sua celebração exuberante do crescimento do PIB. Se o fizessem, seria possível saber que a concentração de renda, ao aumentar, anula qualquer avanço no PIB que redunde em melhoria para todos. Ou seja, o aumento da renda dos trabalhadores, quando ocorre, é anulado pelo aumento relativo dos preços de sua cesta de consumo, seja quando o valor do dólar sobe, seja quando o valor do dólar cai. É dizer que o PIB (renda) cresce em benefício de uns poucos, em prejuízo da grande maioria. Isso se deve ao caráter oligopólico do mercado: poucas empresas detêm o controle da maior parcela do mercado, o que elimina a eficiência e a eficácia da concorrência.
Em contraste, na China COMUNISTA a concorrência é para valer. E quem faz valer é a autoridade do governo, com vistas a estimuular a eficiência e a criatividade. Quem ficou para trás ficará para trás, sem mais poder contar com financiamento dos bancos sob controle do Estado, em razão de sua ineficiência. São, assim, muitíssimas as empresas que fecham, e os seus gestores e trabalhadores poderão encontrar oportunidade de trabalhar em outra parte, em novas iniciativas, novos empregos etc., pois o compromisso COMUNISTA do Estado é assegurar trabalho para TODOS, em qualquer tempo ou circunstância.
Esse é o segredo do espantoso e imbatível sucesso da China nas interfaces social, econômica e política. Não há povo mais competitivo que o Oriental, por tradição ancestral, e o governo COMUNISTA da China canalisa essa inclinação antropológica na direção do bem-comum. À diferença do que ocorria na União Soviética, com a sua doutrina racionalista (dicotômica, maniqueísta), o governo chinês promove a emulação entre pessoas e entre empresas de todos os modos possíveis, em vez, de suprimi-la.
Nivaldo Manzano
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