Representação é um tema de discussão porque os políticos têm
objetivos, interesses e valores próprios, e eles sabem coisas
e tomam decisões que os cidadãos não conseguem observar
ou só podem monitorar com certo custo. Mesmo se,
uma vez no cargo, os políticos possam não querer fazer
nada a não ser atuar a serviço do interesse público, para
serem eleitos eles podem ter que, em primeiro lugar, satisfazer
certos interesses. E uma vez eleitos, podem querer
dedicar-se aos seus objetivos pessoais ou a alguns interesses
públicos que diferem daqueles dos cidadãos. Se eles
tiverem tais motivações, eles vão querer fazer outras coisas
distintas de representar a população. E os eleitores não
sabem tudo que precisariam saber, tanto para decidir prospectivamente
o que os políticos deveriam fazer, quanto para
julgar retrospectivamente se eles fizeram o que deveriam ter
feito. Se os eleitores sabem que existem coisas que eles não
sabem, eles não querem obrigar os políticos a realizar seus
desejos. Por sua vez, se os cidadãos não tiverem informações
suficientes para avaliar o governo em exercício, a ameaça
de não ser reeleito é insuficiente para induzir os governantes
a agirem de acordo com os interesses dos cidadãos. (mais em:
http://www.scielo.br/pdf/ln/n67/a05n67.pdf
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