Artigos, ensaios, pesquisas de interesse geral - política, cultura, sociedade, economia, filosofia, epistemologia - que merecem registro
segunda-feira, 29 de setembro de 2025
ESPINOSA CONATUS BBBB
file:///C:/Users/Nivaldo/Downloads/fkcristofoletti,+[ARTIGO+2]+Andr%C3%A9%20(1).pdf
PULSÃO DE VIDA, PULSÃO DE LIBERDADE: O CONCEITO DE
CONATUS NA ÉTICA DE ESPINOSA
Com o presente trabalho temos como objetivo
explicitar um conceito central na Ética, de
Espinosa: o conatus. Nossa estratégia consiste em
evidenciar, a partir de uma análise do percurso do
conatus no Livro III da presente obra, que a
explicitação de tal conceito é fundamental para
compreensão de um tema que, como vários
comentadores do racionalista já destacaram, é o
centro em torno do qual Espinosa escreve sua
obra capital: a liberdade. Segundo a perspectiva
espinosana, o homem, embora esteja sempre
necessariamente sujeito às paixões e à força das
causas exteriores (afecções), ou seja, à servidão,
pode vir a tornar-se livre, visto que o mesmo é
dotado de conatus, isto é, um esforço para
perseverar na sua existência. Pretendemos
evidenciar que o conatus pode ser entendido em
termos de uma pulsão de vida e que tem por
corolário ser a alternativa para o homem entre
liberdade e servidão.
domingo, 28 de setembro de 2025
TURING MAQUINA E EMOÇÃO SOBRE BBB
https://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/handle/UNISINOS/6692/Welton+Dias+de+Lima_.pdf?sequence=1
Ver os tres tipos de aprendizagem
Raciocínio automoatizado: dilema do acidente automóvel criança x adulto
Linguagem: os computadores são bons nos números, mas não enxergam o contexto:ex. Ainda que o texto apresente uma anomalia como letra trocada nas palavras, a mente consegue interpretar e dar sentido à frase. A linguagem natural é governada por regras gramaticais, contexto e cultura. Contém informações implícitas, ambíguas e complexas. A referência do contexto dá o sentido da ação a tomar. Caso também dos macacos. O sentido está na referência, na semântica. Turing é analítico no ensino e aprendizagem da linguagem pela criança. As máquinas não dialogam: as suas proposições são categóricas;não existe ambiguidade. Arwgumentos são apressentados com precisão e exatidão: para isso existem os conectivos: conexões entre enunciados.
quarta-feira, 17 de setembro de 2025
FREUD E AUTORRECORRENCIA BBB
ivanisa Teitelroit Martins
Segundo Freud, o eu nega justamente aquilo que o inconsciente afirma e deseja ilimitadamente. O “isso” fica continuamente oculto ao eu. Passa pela psique humana, portanto, uma fenda que impede o sistema psíquico de concordar e coincidir consigo mesmo. Essa fenda fundamental na condição de lugar da intransparência faz com que a autotransparência do eu seja impossível. Somente como uma ilusão necessária ela seria, talvez, pensável. Há uma fenda aberta também entre as pessoas. O ser humano precisa de esferas em que possa estar em si mesmo sem se preocupar com o olhar dos outros. A iluminação total, a transparência total leva a um tipo de esgotamento. Segundo Peter Handke: “vivo daquilo que o outro não sabe sobre mim”, vivo daquilo que nem eu mesmo sei de mim.
Apenas a máquina é inteiramente transparente. O psiquismo não é uma máquina. A interioridade, a espontaneidade e a capacidade de gerar acontecimentos são opostas à
transparência.
segunda-feira, 15 de setembro de 2025
REVOLUÇÃO FRANCESA FURET SOBRE BBB
file:///C:/Users/Nivaldo/Downloads/estagiorh,+09.pdf
FRANÇOIS FURET
HISTORIADOR DA REVOLUÇÃO FRANCESA
Modesto Florenzano
Departamento de Historia FFLCH/USP
RESUMO: F. Furet é atualmente o mais importante e polèmico entre os historiadores da Revolução Francesa. O objetivo
deste trabalho é mostrar como e porque ele conquistou esta posição. Para tanto, mostramos sua carreira de historiador e
examinamos o conjunto de seus escritos sobre a Revolução Francesa, entre 1965 e 1989, ano do bicentenário. Em particular, procuramos examinar detalhadamente e avaliar criticamente sua obra mais importante que é Pensando a Revolução Francesa, apresentando o método, os argumentos e as teses que Furet aí empregou para oferecer uma nova e original
interpretação da Revolução Francesa. Interpretação que reduz a Revolução Francesa a um fenômeno político e este a um
discurso e a uma ideologia novas - democráticas - sobre o poder.
quinta-feira, 11 de setembro de 2025
EMOÇÕES BBB
Por uma antropologia das emoções, por David Le Breton
https://blogdolabemus.com/2019/05/13/por-uma-antropologia-das-emocoes-por-david-le-breton/?fbclid=IwY2xjawMvkapleHRuA2FlbQIxMQBicmlkETFLMnByVzRDdnh0Njg1cmFhAR7Jk84N0WKH0v4i46DtCfQo4xxn8k5eF-Bcs5RifwwKOtTt3msHCKxECm7HWA_aem_jgoapXTpxBty-Z6KFp8QUA
terça-feira, 2 de setembro de 2025
PROCESSO O QUE É
A ideia de processo tem origem na palavra latina procedere, que significa "avançar" ou "ir para a frente". A partir dessa raiz, o conceito evoluiu para descrever uma sequência ordenada de ações ou eventos que levam a um resultado específico, sendo um termo aplicado em diversas áreas como direito, engenharia, administração e ciência.
Etimologia e Conceito
Origem Latina: O termo "processo" deriva do latim procedere (avançar).
Significado Central: Fundamentalmente, um processo é uma sucessão de etapas, atividades ou fatos que ocorrem de forma metódica para alcançar um objetivo.
Conotação em Diferentes Áreas: Embora o conceito seja universal, sua aplicação varia:
Direito: É a evolução de um caso, um conjunto de atos coordenados para a aplicação da lei e resolução de conflitos.
Ciência: Estudo de hipóteses para alcançar um resultado ou verificar um fato.
Indústria: Conjunto de operações que transformam matérias-primas em produtos acabados.
Administração: Uma sequência de atividades que gera um resultado para um cliente.
Desenvolvimento Histórico (no Direito)
Teoria Jurídica:
A evolução do conceito de processo, especialmente na área jurídica, foi racionalizada por juristas como Oskar von Bülow no século XIX.
Fases do Processo:
A doutrina passou por fases distintas, como a Sincretista, Autonomista (Científica) e Neoprocessualismo, que moldaram a compreensão do que é um processo e como ele deve funcionar.
Relação Jurídica Processual:
O processo é visto como um instrumento público do Estado, uma relação jurídica entre o juiz, o autor e o réu, que se inicia com a propositura da ação e busca a prestação jurisdicional.
O que é Processo? Definição, Tipos e Exemplos de Processos
15 de mai. de 2023 — O conceito de processo é aplicado em diversas áreas do conhecimento, como engenharia, direito, administração, ec...
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Tudo é processo! - pro elementar
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Processo – Wikipédia, a enciclopédia livre
Processo (do latim procedere) é um termo que indica a ação de avançar, ir para frente (pro+cedere) e é um conjunto sequencial e pa...
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O processo, sua história e suas acepções
Jusbrasil
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7 de fev. de 2024 — Etimologicamente, processo significa “marcha avante” ou “caminhada” e deriva do latim (procedere = seguir adiante). Neste viés, processo e ...
As pessoas também perguntam
SISTEMA O QUE É
A ideia de sistema surge da palavra grega σύστημα (sýstēma), que significa "combinar" ou "formar um conjunto", com origens na teoria musical e posteriormente desenvolvida na Teoria Geral dos Sistemas (TGS) pelo biólogo austríaco Ludwig von Bertalanffy no final dos anos 30. A TGS propõe uma visão interdisciplinar de sistemas como um conjunto de elementos inter-relacionados que produzem algo maior que a soma de suas partes, em contraste com abordagens reducionistas anteriores.
Origens e Etimologia
Grego Antigo:
A palavra "sistema" deriva do grego σύστημα, que significa "unir", "combinar" ou "formar um conjunto".
Música:
O termo foi inicialmente usado na teoria musical para descrever a afinação ou escala.
Desenvolvimento do Conceito
Aristóxeno: O conceito foi explorado na Grécia Antiga por Aristóxeno.
Vincenzo Galilei: A palavra foi traduzida para o latim e posteriormente, em italiano, para descrever o universo (geocêntrico e heliocêntrico).
Leibniz e Kant: No século XVII, Leibniz utilizou o termo em sua matemática e filosofia, e Kant aprofundou seu significado filosófico.
Teoria Geral dos Sistemas (TGS)
Pioneiro:
O biólogo austríaco Ludwig von Bertalanffy é o criador da TGS, introduzindo a ideia no final dos anos 30.
Definição:
Bertalanffy definiu um sistema como um conjunto de unidades reciprocamente relacionadas que formam uma totalidade organizada.
Abordagem Holística:
A TGS se contrapõe à abordagem reducionista, vendo cada sistema como um todo integrado onde a interação das partes cria efeitos que não podem ser explicados apenas pela soma das partes isoladas.
Aplicação:
O conceito de sistema, segundo a TGS, é aplicado a diversas áreas, desde a biologia (organismo humano), a matemática (sistemas lineares) e a física (átomos) até sistemas sociais e o ambiente.
Teoria geral de sistemas – Wikipédia, a enciclopédia livre
* Histórico. A teoria geral de sistema surgiu com os trabalhos do cientista (biólogo) austríaco Ludwig von Bertalanffy no final d...
Wikipédia
Sistema – Wikipédia, a enciclopédia livre
Vindo do grego, o termo "sistema" significa "combinar", "ajustar", "formar um conjunto".
Wikipédia
TEORIA GERAL DOS SISTEMAS: DIFERENCIAL ...
1 A Teoria Geral dos Sistemas ... A partir da Idade Média, período compreendido entre 476 e 1453 d. C., o conhecimento formal sist...
UNIESP S.A.
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Teoria geral de sistemas – Wikipédia, a enciclopédia livre
quinta-feira, 28 de agosto de 2025
PONTO GEOMÉTRICO artigo meu
REFLEXÕES SOBRE O PONTO GEOMÉTRICO, CONFÚCIO E A INTOLERÂNCIA
Como é sabido, o ponto participa da geometria como suporte linguístico das formas da geometria, mas ele próprio não é figura geométrica. O ponto é um postulado sobre o qual assenta a geometria. As figuras geométricas, assim como as coisas, se reconhecem pelas suas formas; e, sem formas, não há coisas que se possam reconhecer pelos sentidos. Quanto às coisas abstratas, elas também têm forma, a sua representação mental. Pode imaginar-se uma maçã, mesmo que não a estejamos vendo. DEFINIR é conferir propriedade aos objetos. É por ser desprovido de dimensões que o ponto não pode ser definido. O ponto é adimensional. Ou, seja, o ponto compreende as figuras geométricas, mas não está compreendido nelas.
Origem divina da forma? Assim pensou o filósofo Platão. Mas por que Deus precisaria de uma representação tridimensional, própria de quem tem corpo? Platão, um aficionado da geometria, a ponto de inscrever no pórtico de sua Academia "não entre quem não seja geômetra", entendeu ter resolvido o problema, apelando a um
deus ex-máquina (solução artificial na trama teatral), ao criar as
suas formas eternas, imutáveis, fixas, livres das contingências do
tempo e do espaço. uma reprodução vicária de nossas formas terrenas, variáveis, sujeitas ao entrechoque das opiniões, a novas geometrias, além da euclidiana.
Já o sábio Confúcio postava-se nas antípodas mentais de Platão, ao afirmar que “o homem não tem ideia” , como a dizer que a mente precisa desembaraçar-se de seus emplastros adventícios, para estar livre e aberta, pronta a acolher uma nova ideia, uma nova forma, com vistas a sincronizá-la, se aprovada, com o novo contexto, ou seja, harmonizá-la com a realidade, por definição, em estado de mudança. Assim como água parada, uma ideia fixa, uma ideologia, um preconceito, ao obstar o livre fluxo das ideias, impede a mente de se livrar do lixo, eventualmente tóxico, que nela se acumula É a essa profilaxia, com vistas à recuperação da virtualidade dos possíveis, inscritos na metáfora do ponto, a que o artista e o filósofo recorrem, para assegurar a livre inspiração no seu exercício de criar. Ao lado dos artistas, dos geômetras e da gente do senso comum, sinto-me impelido a aderir à ideia de Confúcio, que assim entrou para a história por ter enunciado o mais fulminante libelo contra o pensamento único, o automatismo do livre mercado -, um axioma fundamentalista -, advogado pelo liberalismo, que não reconhece a dimensão da Política, do que resulta a intolerância, como presume Aristóteles, em sua obra "A política". Nivaldo Manzano
quinta-feira, 21 de agosto de 2025
REPRESENTAÇÃO e LOGICA PARACONSISTENTE
Acerca do conceito de representação
DVC dos Santos - Revista de Teoria da História, 2011
Citar Citado por 124 Artigos relacionados Todas as 3 versões
[PDF] ufg.br
[PDF] O conceito de representação
HF PITKIN - Política & Sociedade. São Paulo: Companhia Editora …, 1979
Citar Citado por 93 Artigos relacionados
[PDF] academia.edu
[PDF] O conceito de representações coletivas segundo Roger Chartier
FAL de Carvalho - Diálogos-Revista do Departamento de História e do …, 2005
Citar Citado por 125 Artigos relacionados Todas as 3 versões
[PDF] redalyc.org
LOGICA PARACONSISTENTE
Diferentemente da lógica clássica, onde uma contradição invalida toda a teoria, a lógica paraconsistente permite que uma teoria contenha afirmações contraditórias sem que ela se torne trivial e sem sentido. Ela foi desenvolvida para modelar e analisar sistemas complexos que contêm informações ambíguas ou conflitantes, como em áreas da Inteligência Artificial, direito e física.
quinta-feira, 7 de agosto de 2025
NOESIS ARISTOTELES -SPINELLI BBB
https://www.scielo.br/j/kr/a/BTZVmvnP5BjL5ScGmLWQ9sF/
... A empiria é indispensável ao processo cognoscitivo, porém, insuficiente. Com efeito, as "amarras" dos sentidos não são assim tão reforçadas, a ponto de a razão humana ser deles totalmente prisioneira. Ela é capaz de se libertar. Mas além de indispensáveis, os sentidos são em si mesmos extraordinários; no entanto (como disse Anaxágoras), "instáveis", razão pela qual não nos permitem "discernir a verdade ", ou seja, colocar em crise a suposta verdade que, pelos sentidos, somos corriqueiramente levados a, de pronto, admitir.69
Se, porém, dos sentidos não podemos nos valer irrestritamente, deles tampouco podemos nos descartar. Eles têm sobre nós uma influência poderosa, e deles carecemos necessariamente. Juntos (o sensível e o inteligível), constituem-se na nossa própria condição humana. Sem o sensível, o intelecto, por exemplo, não despertaria, tampouco teria parâmetros, de modo que se perderia no universo da conjetura, ou mesmo do imaginário e da fantasia. Nada com segurança saberíamos sem eles. São eles, em última instância, que dão vigor às nossas convicções. A falta de convicção ou falta de persuasão, como disseram Heráclito e Empédocles, decorre da carência do pressuposto empírico.
Os sentidos também nos proporcionam prazer e nos ativam na busca da felicidade. Sem o gozo e estímulo das sensações (acuados pelo intelecto), teríamos dificuldades em realizar inúmeras coisas, quer referidas à autoconservação e procriação, quer ao desejo de conhecer tudo o que nos afeta e, até mesmo, de ser melhores. São os sentidos que estimulam em nós, a partir da percepção do múltiplo, a ideia noética do um, a partir da variedade a escolha, dos impulsos a deliberação, etc. Inclusive, a base fundante do arbítrio (do fazer ou deixar de fazer) não é estimulada primariamente pela ideia (noética) do bem e do mal moral, e sim pela percepção (sensível) do bem e do mal empíricos, em decorrência das afecções, do seguinte modo: o que nos faz bem (é útil, bom, proveitoso, ou satisfaz) nos estimula a repetir (a fazer de novo), enquanto o que é mau (nocivo, pernicioso, desagradável) nos leva a recuar. Muitas de nossas escolhas são feitas em função da textura e de outros fatores sensíveis: da cor, do odor, da beleza, etc. Todavia, mesmo que os nossos sentidos não nos sirvam como critério de verdade e como órgãos de deliberação (de representação de leis e de fins), são eles, no entanto, que atiçam a nossa razão: promovem o desejo da deliberação (pressuposto do ordenamento social e do agir ético) e da busca da verdade (pressuposto do conhecimento ou ciência). No afazer cognoscitivo, são como janelas através das quais nos comunicamos com o Mundo, frente ao qual o nosso intelecto se vê solicitado (desperto) a investigar para além das aparências o que é oculto, invisível.
sábado, 2 de agosto de 2025
valor de uso valor de troca biblio
Aristóteles e o Valor de Uso e Troca:
Retirado da IA
Para Aristóteles, a economia se divide em duas partes: a economia doméstica (oikos) e a crematística (aquisição de riqueza). No contexto do oikos, a preocupação é com a satisfação das necessidades básicas da família e da comunidade, e o valor está ligado ao uso da coisa. O valor de uso, portanto, é a capacidade de um bem satisfazer uma necessidade humana. Já a crematística, que envolve o comércio e a busca por lucro, lida com o valor de troca, ou seja, a capacidade de um bem ser trocado por outro.
Aristóteles argumenta que o valor de troca não é natural, mas sim estabelecido por convenção humana, e que a moeda surge como uma medida comum para facilitar as trocas. Ele questiona a busca incessante por riqueza e a valorização excessiva do dinheiro, vendo nisso um desvio da finalidade da vida humana, que é a busca pela felicidade e pela virtude.
Marx e a Determinação do Valor pelo Trabalho:
Marx, ao contrário de Aristóteles, desenvolve uma teoria do valor que se fundamenta no trabalho. Para Marx, o valor de uma mercadoria é determinado pela quantidade de trabalho socialmente necessário para produzi-la. Isso significa que o tempo de trabalho médio socialmente exigido para a produção de um bem é o que define seu valor.
Marx diferencia o trabalho concreto (o trabalho específico empregado na produção de um bem) do trabalho abstrato (o trabalho enquanto gasto de energia humana indiferenciada). A teoria do valor-trabalho de Marx busca explicar a formação dos preços e a relação entre capital e trabalho no sistema capitalista. Ele argumenta que a mais-valia, a fonte do lucro capitalista, é gerada pelo trabalho não pago, ou seja, pelo trabalho que o trabalhador realiza além do necessário para produzir seu próprio sustento.
Diferenças Fundamentais:
Enquanto Aristóteles vê o valor de troca como algo estabelecido convencionalmente e questiona a busca por riqueza excessiva, Marx desenvolve uma teoria que busca explicar a formação do valor e a exploração inerente ao sistema capitalista.
Em resumo, a perspectiva aristotélica sobre o valor é mais voltada para a ética e a busca da felicidade, enquanto a perspectiva marxista foca na análise da estrutura econômica e nas relações de produção do capitalism
Aristóteles e o agir econômico
AF Drummond - Síntese: Revista de Filosofia, 1998
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[PDF] faje.edu.br
[PDF] FUNDAMENTOS DE ECONOMIA POLÍTICA: ARISTÓTELES E MARX
A Lima - ANAIS DO II SEMINÁRIO INTEGRADO EM FILOSOFIA …
Citar Artigos relacionados
[PDF] apolodorovirtual.com.br
[PDF] Aristóteles e Marx: a propósito da determinação do valor
ME Schäfer - Controversia (Sao Leopoldo), 2011
Citar Citado por 1 Artigos relacionados Todas as 2 versões
[PDF] unam.mx
ORGANISMO NÃO É COMPUTACIOONAL
Naturalizando a realização da relevância: por que a agência e a cognição não são fundamentalmente computacionais
file:///C:/Users/Nivaldo/Downloads/fpsyg-15-1362658%20(1).pdf
Johannes Jaeger,,*Johannes Jaeger1,2,3*†Anna RiedlAnna Riedl4†Alex Djedovic,Alex Djedovic5,6†John VervaekeJohn Vervaeke7†Denis Walsh,Denis Walsh6,8†
A maneira como os agentes organísmicos chegam a conhecer o mundo e a maneira como os algoritmos resolvem problemas são fundamentalmente diferentes. O curso de ação mais sensato para um organismo não decorre simplesmente de regras lógicas de inferência. Antes mesmo de poder usar tais regras, o organismo deve enfrentar o problema da relevância. Deve transformar problemas mal definidos em bem definidos, transformar a semântica em sintaxe. Essa capacidade de perceber a relevância está presente em todos os organismos, das bactérias aos humanos. Ela está na raiz da agência, cognição e consciência organísmicas, surgindo da organização autopoiética, antecipatória e adaptativa específica dos seres vivos. Neste artigo, mostramos que o processo de percepção da relevância está além da formalização. Ele não pode ser capturado completamente por abordagens algorítmicas. Isso implica que a agência organísmica (e, portanto, a cognição, bem como a consciência) não são, em essência , de natureza computacional. Em vez disso, mostramos como o processo de relevância é realizado por uma dialética triádica adaptativa e emergente (uma trialética), que se manifesta como uma dinâmica coconstrutiva metabólica e ecológico-evolutiva. Isso resulta em um processo de melhoria que permite a um agente manter continuamente o controle sobre sua arena, sua realidade. Estar vivo significa dar sentido ao seu mundo. Esse tipo de racionalidade ecológica incorporada é um aspecto fundamental da vida e uma característica fundamental que a diferencia da matéria não viva.
terça-feira, 29 de julho de 2025
MUNF0RD LEWIS BBB
O MITO DA MÁQUINA LIVRO
https://monoskop.org/images/9/97/Mumford_Lewis_El_mito_de_la_maquina_Tecnica_y_evolucion_humana.pdf
Mi propósito al redactar este libro es discutir tanto los supuestos
como las previsiones en las que se ha basado nuestro compromiso con las
actuales formas de progreso científico y técnico, consideradas como un
fin en sí mismas. Aportaré pruebas que arrojen dudas sobre las teorías en
boga acerca de la naturaleza fundamental del hombre, que sobre estiman
la función que antaño ejercieron en la evolución humana las primeras
herramientas, y que ahora es ejercida por las máquinas. Sostendré no
solo que Karl Marx se equivocó al atribuir a los instrumentos materiales
de producción el lugar central y la función rectora en la evolución
humana, sino que incluso la interpretación aparentemente benévola de
Teilhard de Chardin adjudica retrospectivamente a toda la historia de la
humanidad el estrecho racionalismo tecnológico de nuestra propia época
y proyecta sobre el futuro un estado definitivo que pondría fin a toda
posibilidad de evolución humana. En ese «punto omega» de la naturaleza
autónoma original del hombre ya no quedaría sino la inteligencia
organizada: un barniz omnipotente y universal de espíritu abstracto,
despojado de amor y de vida.
sexta-feira, 25 de julho de 2025
RACISMO GOBINEAU BBB
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/3660/1/afroasia_n23_p89.pdf
OS SELVAGENS E A MASSA
PAPEL DO RACISMO CIENTÍFICO NA MONTAGEM
DA HEGEMONIA OCIDENTAL
Renato da Silveira
domingo, 20 de julho de 2025
Ser e existir o modo de ser hanna arendt
https://youtu.be/r5OMSyZ9tlk?si=0hMmRlRb8oFX-frl
Em suarez: ente predicado do sujeito como identidade é.: Pedro é homem. Existente: inscrito no tempo,ação ou comportamento. contingente. Num caso, contradição; em outro caso, não.
Suarez francisco (1548- 1617 teologo e filosofo salamanca.
RACIONALIZAÇÃO DA MENTE FOUCAULT
Ingeniería social – Michel Foucault ALGORITMO INTERNALIZAÇÃO DO PODER BBB
https://www.youtube.com/watch?v=GynO2xDYDw
Teoria das representações Moscovici transformação um & outro.
Muito bom.merleau-ponty, durkheim, Wiener Levy8 strauss pensamento selvagem
quais os recursos intelectuais movidos na construção do saber.
a teoria das representações sociais é construída sobre um rico conjunto de pressupostos. Em
segundo lugar, o reconhecimento explícito dos pressupostos das representações
sociais no emprego nas práticas profissionais, como educação, política e saúde,
permite uma contribuição única para as ciências sociais e humanas.
“vários rótulos têm sido usados para descrever a
descontinuidade entre estes dois tipos de pensamento: a lógica e mito,
o pensamento ‘doméstico’ e ‘selvagem’ de Lévi-Strauss (1962), ‘a men
-
talidade lógica e pré-lógica’ de Lèvy-Bruhl (1922), o pensamento ‘crítico’
e ‘automático’ de Moscovici e Hewstone (1983)”. Todas essas diferen-
ças referem-se à suposta superioridade do pensamento científico e à
inferioridade do pensar quotidiano (MARKOVÁ, 2016). Em vez disso,
Moscovici promoveu a perspectiva de um desenvolvimento contínuo do
pensamento de senso comum para a ciência. Igualmente importante, o
pensamento científico se difunde no pensamento quotidiano. Como é
notório, a ideia da transformação do pensamento científico em senso
comum tem sido vital no desenvolvimento da teoria.
https://www.scielo.br/j/cp/a/3VdRjVMytzZqPRjWPkPNKTG/?format=pdf&lang=pt
Quais as relações entre a ciência e o senso comum, ou entre diferentes tipos de
saber? Como os afetos e lugares sociais dão forma a sistemas de saber? E qual a
racionalidade dos saberes do cotidiano vis-à-vis outras formas de saber? Estas são
apenas algumas das questões que atravessam o livro enquanto a trajetória da
psicanálise na esfera publica francesa vai se delineando.
individuo e sociedade como contrução social
[PDF] Representações sociais e polifasia cognitiva: notas sobre a pluralidade e sabedoria da Razão em Psicanálise, sua imagem e seu público
S Jovchelovitch - 2011
Citar Citado por 81 Artigos relacionados Todas as 2 versões
[PDF] lse.ac.uk
O fenômeno da polifasia cognitiva e a trama de lógicas organizadoras em sua base indiciam o uso cotidiano de modos distintos de pensar, afins com a natureza dos diversos tipos de representação em uso que podem ser de tipo metafórico ou lógico, abstrato ou concreto, impessoal ou pessoal, etc. (Rodríguez, 2003), evidenciando o trabalho de diferentes sistemas cognitivos que criam imagens de mundo e saberes competidores entre si, de cujo intercâmbio se precipita uma realidade social dotada de inteligibilidade (Espinosa, 2000; Jovchelovitch, 2004).
Assim, em relação às lógicas específicas postas em atuação no ato de representar a morte,
[PDF] technopolitik.com
Polifasia cognitiva e a estrutura icônica da representação social da morte
AM Nascimento, A Roazzi - Psicologia: Reflexão e Crítica, 2008
Citar Citado por 20 Artigos relacionados Todas as 12 versões
[PDF] scielo.br
ORDEM E DESORDEM
O papel do mito é converter a desordem em ordem, ou fazer a ordem dominpavek nediante a unaginaçãao.
Assim procediam o gregos com o mito de Dionisio (o deus da desorgem, da embruaguês, do delírio) e Apolo, o deus do equiíbrio, da justa medida) ver balandier pagina 19. lembrarw razão como realidade fundacional - associar a lógica que dá a ordem,princípio de ordenação ao qual a diversidade se submnete.
CRITICA A KHUN
Posteriormente, as ideias de Koyré levaram Moscovici (1966) a
sugerir que a inovação e as revoluções científicas não surgem de déficits
e anomalias, como propusera Thomas Kuhn (1962), mas sim a partir de
um “excedente”. Kuhn caracterizou uma mudança de paradigmas em
termos de anomalias graves e prolongadas que ele considerava pré-condições necessárias para crise e, subsequentemente, para a emergência
de novas teorias. Em sua crítica a Kuhn, Moscovici (1966) argumentou
que a ideia de anomalias ou déficits era muito simplista. Mudanças científicas não acontecem por conta própria; elas são parte das mudanças
no mundo, incluindo economia, filosofia, comunicação, artes e tecnologia, que interagem todas entre si. Transformação de ideias da tecnologia
e artes em ciência e vice-versa são fruto da liberdade de pensamento,
curiosidade, imaginação e dos riscos assumidos durante a revolução
científica. A revolução mudou a estrutura de pensamento e de práticas
em todas estas disciplinas, e alterou suas epistemologias.
Assim, Moscovici (1966) sugeriu que os motivadores da mudança
de paradigmas não residem nos muitos problemas não resolvidos na
ciência, como Kuhn pensava, mas porque existem muitas “novas verdades” que formam um “excedente”. Portadores dessas novas verdades são
indivíduos ou grupos, ou minorias que atuam à margem da ciência e da
tecnologia, cujo “excedente”, eventualmente, transformam-se em uma
teoria científica coesa e uma tecnologia.
MODELO DE MUDANÇA AMORTE ARIES PAGINA 17
POLIFASIA : iversas lógicas, sistemas de pensamento e formas de entender o mundo, mesmo que elas sejam distintas ou até mesmo contraditórias. Cobtrate com levy bruhl pensamento selvagem levy strauss etc.
terça-feira, 15 de julho de 2025
CIENCIAS DA VIDA CANGUILHEM BBB
https://books.scielo.org/id/ddcs5/pdf/portocarrero-9788575414101-02.pdf
20 As teorias do conhecimento clássicas pesquisam os processos de produção de conhecimento
pelo sujeito cognoscitivo na tentativa de explicar a relação entre o sujeito que faz ciência, o
objeto de conhecimento e o seu desvelar, a representação ou a produção da verdade científica – como o fizerem Descartes, por exemplo, numa perspectiva idealista e racionalista,
ou Hume e Locke, numa perspectiva realista e empirista, ou, mais tarde, Kant, ao buscar as
condições de possibilidade do verdadeiro conhecimento, atribuindo-as às categorias a priori
do sujeito transcendental. 21 Observe-se, na região das ciências da natureza, a posição da epistemologia de Bachelard –racionalismo aplicado e materialismo técnico – ao rejeitar as análises baseadas num racionalismo que despreza a experiência ou que, como o próprio empirismo, termina por privilegiar
a atitude racionalista. Sua crítica estende-se à noção, implícita ao racionalismo clássico dos
filósofos, de que os princípios da razão são absolutos, a priori, e, por isso, determinantes do
funcionamento da ciência (Bachelard, 1949). 22 Note-se a proposta de Foucault, inspirada em Nietzsche, de analisar o sujeito de conhecimento
rejeitando a noção cartesiana de sujeito como fundamento já dado e que seria o ponto de
origem a partir do qual o conhecimento é possível e a verdade aparece. Foucault propõe-se
a estudar como se dá, ao longo da história, a constituição de um sujeito do conhecimento
no interior mesmo da história, portanto de um sujeito que não pode ser considerado como
uma unidade dada previamente ao ato do conhecimento, mas que é fundado pela história.
Tal proposta constitui forte tendência do pensamento do século XX e vem sendo reforçada
até nossos dias; ela objetiva mostrar como as práticas sociais podem chegar a engendrar
domínios de saber que fazem nascer formas totalmente novas de sujeitos de conhecimento:
“O próprio sujeito de conhecimento tem uma história, a relação do sujeito com o objeto,
ou, mais claramente, a própria verdade tem uma história” (Foucault, 1999: 8).
sábado, 12 de julho de 2025
CESAR FONSECA BBB
César Fonseca
Favoritos · 28 min · 12.07.25
TARIFAÇO IMPERIALISTA
INVIABILIZA TRIPÉ
NEOLIBERAL,
DESINDUSTRIALIZA BRASIL,
ACELERA DESEMPREGO
E ARROCHA SALÁRIOS
CÉSAR FONSECA
Fica bem claro que o tarifaço do presidente Donald Trump tem uma função específica, por trás de todo o barulho relativamente ao modo de sua ação imperialista, aparentemente, destemperada: transformar a periferia capitalista em mera consumidora dos produtos industrializados do capitalismo cêntrico.
Trata-se de um transplante inverso ao que se verificou quando os Estados Unidos descolaram o dólar do padrão ouro nos anos 1970, acompanhado da abertura comercial e de capital, no processo de expansão da financeirização econômica.
O Consenso de Washington, a partir dos anos 1980, forçou instalação do tripé neoliberal no capitalismo periférico, enquanto o capitalismo cêntrico ficou com o poder financeiro no sentido de determinar o processo de acumulação capitalista em escala global.
Esse mecanismo de expansão imperialista do capital financeiro, porém, desindustrializou o capitalismo cêntrico, especialmente, o americano, devido à emergência da China, que, ao contrário do Brasil, por exemplo, não se rendeu ao tripé neoliberal: metas inflacionárias irrealistas, câmbio flutuante e superávits fiscais.
A China ficou na dela, apostou nos bancos públicos e na tarefa de exercitar soberanamente a única variável econômica verdadeiramente independente sob capitalismo, que é a oferta da quantidade de moeda na circulação pela autoridade monetária, para:
1 – Elevar relativamente os preços;
2 – Diminuir relativamente os salários;
3 – Reduzir os juros para congelar dívida pública, e;
4 – Perdoar dívida dos investidores contratadas a prazo.
Dessa forma, os investidores chineses superaram rapidamente a crise bancária de 2008, elevando os lucros, empregos, renda, consumo e melhor distribuição de renda, porque aumentaram a produtividade, de um lado, e diminuíram, de outro, o tempo de trabalho e, consequentemente, jornada de trabalho, ao mesmo tempo que cresceram poder de compra dos trabalhadores.
Como os chineses, ao contrário dos americanos, não tinham como meta a economia de guerra, mas a proposição de expandir cooperação internacional, para competir, ganharam a corrida comercial e ampliaram a distribuição de renda.
ALTERNATIVA BRASILEIRA
Para correr atrás do prejuízo provocado pelo tripé neoliberal, cuja função essencial é a destruição do poder de compra dos trabalhadores, para aumentar a taxa de exploração de mais valia absoluta e relativa pelos capitalistas, a alternativa brasileira, no novo cenário protecionista, imposto pelos Estados Unidos, em busca de recuperação da indústria, é mudar a política econômica e abandonar o tripé.
Os salários, com o tripé, estão condenados a terem sua remuneração igual à produtividade marginal do trabalho, ou seja, sem reajuste real, apenas como preço de custo.
Nesse contexto, o argumento neoliberal é o de que o desemprego existente é sempre voluntário; se os trabalhadores aceitam o salário disponível, super arrochado pela superexploração, haverá, sempre, pleno emprego.
Vale dizer, o pleno emprego, do ponto de vista neoliberal, não é, em sua totalidade, aceito pelos trabalhadores, já que o salário é tido, apenas, como custo de produção e não renda que promove desenvolvimento sustentável e melhor qualidade de vida.
Desse modo, a industrialização, na periferia capitalista, tende a desaparecer, porque a financeirização descapitaliza totalmente os trabalhadores, beneficiando, tão somente, os rentistas e especuladores.
FENÔMENO GLOBAL
Como esse fenômeno, também, ocorre no capitalismo cêntrico, com a expansão da financeirização, que amplia a acumulação capitalista por meio do aumento da dívida pública, com especulação do juro, que cresce bem acima do PIB, acelerando a desigualdade social, o presidente Trump conquistou seu segundo mandato com a promessa de recuperar a indústria americana.
A guerra tarifária de Trump, que se amplia contra velhos aliados – México, Canadá, Europa e, agora, o Brasil, onde é acrescido fator ideológico gerado pela aproximação brasileira dos BRICS – tem objetivo claro: levar para os Estados Unidos as indústrias que migraram, depois que o império se descolou do padrão ouro, nos anos 1970, dando início à financeirização especulativa global.
Não é à toa que Trump disse em carta a Lula que se as indústrias migrarem para os Estados Unidos, lá receberão incentivos para produzir e gerar empregos.
AMPLIAÇÃO SEM LIMITE DO IMPERIALISMO
Portanto, a estratégia trumpista, promove, essencialmente, destruição dos concorrentes, no capitalismo periférico, de um lado, por meio do tripé neoliberal, e, de outro, continua ampliando economia de guerra, como fator de expansão e sobreacumulação de capital, tarefa só possível por meio da especulação, que aprofunda superexploração do trabalho, graças ao aumento da jornada de trabalho, com redução dos salários.
Contra esses dois movimentos, os países da periferia capitalista não conseguem sobreviver, salvo se transformando em colônia, meros consumidores da indústria que o protecionismo trumpista transplanta da periferia para o centro.
Para não se transformarem em semi capitalistas párias, incapazes de competir, têm, então, que mudar o modelo econômico baseado no tripé neoliberal.
É o que o presidente do BNDES, economista Aloizio Mercadante, está dizendo: o mundo assiste à desarticulação total do neoliberalismo, ao qual o Brasil está amarrado por intermédio do arcabouço fiscal-neoliberal, na tentativa de crescer com déficit público zero, ou próximo de zero, como está programado para 2025, ou superávit fiscal de 0,25%, previsto para 2026.
Tentar alcançar essas metas, depois que Trump baixou o tarifaço de 50% sobre exportações brasileiras para os Estados Unidos, torna-se impossível, mantido o tripé, que tende a levar a remuneração dos salários pela produtividade marginal do trabalho, como mero custo de produção, excluídos de qualquer valorização.
Nesse contexto, aprofunda-se, radicalmente, a insuficiência relativa de consumo, visto que passa a vigorar, em toda a sua crueza econômica, o conceito de produtividade marginal do trabalho, como está acontecendo, depois do golpe neoliberal de 2016, que derrubou Dilma Rousseff.
Ainda sem com
MAO ZEDONG TRANSIÇÃO BBB
Quem disse que uma pena de galinha não pode voar até o céu?
12 de julho de 2025 China , DR , Robert Scheer , Scheerpost , Instituto Tricontinental de Pesquisa Social , Vijay Prashad
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Canteiro de obras da Rodovia Nacional 312 da China. Fumikas Sagisavas, CC0, via Wikimedia Commons
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Por Vijay Prashad / Tricontinental: Instituto de Pesquisa Social
Em 1957, Mao Zedong supervisionou a publicação de " A Ascensão Socialista no Campo da China" , uma coletânea de três volumes de artigos compilados pelo Partido Comunista da China para a educação política do campesinato. No ano seguinte, trechos desses volumes foram republicados em edições resumidas e regionais. Uma dessas edições incluía um relatório do Escritório do Movimento Cooperativo do Comitê Regional do Partido Comunista de Anyang, com uma introdução de Mao. O texto, intitulado "Quem Disse que uma Pena de Galinha Não Pode Voar até o Céu?", dá título a este boletim informativo.
A tarefa da pena de galinha é a tarefa do socialismo: fazer o que muitos consideram impossível. Os camponeses de Anyang, escreveu Mao, enfrentavam uma escolha entre o capitalismo e o socialismo – embora qualquer construção socialista inevitavelmente carregasse traços do sistema capitalista, visto que deveria emergir das formas existentes de produção social. "Os pobres querem refazer suas vidas", escreveu Mao. "O velho sistema está morrendo. Um novo sistema está nascendo. As penas de galinha realmente estão voando para o céu". Mas Mao permaneceu cauteloso. No prefácio de outro artigo, "Eles Insistem em Tomar o Caminho da Cooperação" (20 de setembro de 1955), ele escreveu:
O socialismo é algo novo. Uma luta severa deve ser travada contra os velhos costumes antes que o socialismo possa ser implementado. Em determinado momento, uma parte da sociedade é muito teimosa e se recusa a abandonar seus velhos costumes. Em outro momento, essas mesmas pessoas podem mudar de atitude e aprovar o novo.
Desde que as forças socialistas se empenharam em construir uma sociedade livre dos resultados miseráveis do capitalismo, elas tiveram que lidar com o desafio de transcender as relações sociais preexistentes. Os mecanismos de alocação de recursos sob o sistema capitalista – como o "incentivo ao lucro" – criam as condições para o controle privado sobre os processos sociais, o que, por sua vez, gera enorme desperdício e desigualdade. Quando os socialistas tentaram imaginar uma sociedade sem a mercantilização do trabalho – uma das características definidoras do capitalismo –, eles se viram replicando o sistema salarial por meio de experimentos como os vales-trabalho baseados no tempo trabalhado. A transição para longe do trabalho mercantilizado não seria abrupta ou simples, mas sim um processo prolongado de luta para desmercantilizar áreas-chave da vida social (como saúde, educação e transporte) e criar mecanismos para que as pessoas adquirissem bens para uso pessoal por meios não salariais. Quando as forças socialistas assumiram o poder estatal – como na URSS após 1917 e na China após 1949 –, elas lutaram para construir formas elementares de socialismo enquanto navegavam pelos seguintes enigmas:
Sistemas limitados para gestão de informações. As economias socialistas eram vastas e complexas, mas careciam de mecanismos adequados para coletar e processar todos os dados necessários para o planejamento eficaz de uma economia dinâmica – um desafio que persiste até hoje, apesar das poderosas tecnologias de computação.
Incerteza fundamental na tomada de decisões. As autoridades de planejamento tiveram que tomar decisões orçamentárias e de investimento em condições de incerteza, especialmente porque os rápidos avanços na ciência e na tecnologia corriam o risco de tornar grandes investimentos obsoletos.
Tensão entre o planejamento de longo prazo e a demanda de curto prazo. Os planos centrais frequentemente entravam em conflito com as mudanças nos gostos dos consumidores, dificultando o alinhamento do investimento planejado a longo prazo com os gostos e caprichos de curto prazo dos consumidores.
Objetivos políticos conflitantes. Os objetivos econômicos nem sempre eram politicamente unificados, e visões conflitantes incorporadas em vários planos frequentemente levavam a formas agudas de burocratização.
Não existe uma fórmula para superar esses e outros problemas enfrentados por projetos socialistas uma vez no poder estatal. Eles devem ser resolvidos experimentalmente – ou, como diz o ditado chinês, "atravessando o rio sentindo as pedras" (摸着石头过河). É apropriado, portanto, que a edição de junho de 2025 do Wenhua Zongheng , publicado pelo Instituto Tricontinental de Pesquisa Social e focado em " Experimentos Chineses na Modernização Socialista ", comece com um ensaio do escritor chinês Li Tuo intitulado "Sobre a Natureza Experimental do Socialismo e a Complexidade da Reforma e Abertura da China". Uma das principais percepções do fascinante ensaio de Li Tuo — que aborda desde a Comuna de Paris até a reforma e abertura da China — é que as revoluções socialistas, particularmente em países anteriormente colonizados ou economicamente subdesenvolvidos, não podem transitar diretamente para o "socialismo completo", mas devem passar por — citando Lenin — "uma série de tentativas variadas, imperfeitas e concretas de criar este ou aquele estado socialista".
Gosto da ênfase em "este ou aquele Estado socialista". Não há um projeto, mas há exemplos que precisam ser estudados e histórias que precisam ser devidamente digeridas. É exatamente isso que Li Tuo faz em seu ensaio, que termina maravilhando-se com a criação do sistema ferroviário de alta velocidade na China.
O próximo ensaio, escrito por Meng Jie e Zhang Zibin e intitulado "Política Industrial com Características Chinesas: A Economia Política das Instituições Intermediárias da China", examina a modernização socialista da China com a diligência que ela exige – não apenas com admiração, mas também por meio de um estudo aprofundado. Cada vez que ouço Meng Jie palestrar ou leio seu trabalho sobre a economia de mercado chinesa, fico profundamente impressionado com sua insistência em construir teorias a partir de pesquisa ativa nas próprias fábricas que produzem os bens para a China moderna. O ensaio de Meng Jie e Zhang Zibin não é diferente, baseando-se em pesquisa de campo conduzida em diversas fábricas ao longo da cadeia de suprimentos ferroviária de alta velocidade.
O que os autores concluem é que o sistema de produção ferroviária de alta velocidade da China foi construído dentro do setor estatal, mas conceituado dentro de uma estrutura de "mercado construtivo", onde a "competição intragovernamental" serviu como motor da inovação. Em outras palavras, o Estado chinês construiu um mercado que envolvia não apenas um setor privado em busca de lucro, mas também um setor público orientado para o produto, com instituições competindo para atingir as metas de desenvolvimento nacional. O financiamento para todo esse sistema veio de instituições financeiras estatais que direcionaram a acumulação de capital para o uso social, em vez de meramente uma alta taxa de retorno. Como escrevem Meng Jie e Zhang Zibin, "O objetivo principal do capital estatal é implementar os objetivos da produção socialista e cumprir as tarefas estabelecidas pelos planos e estratégias nacionais de desenvolvimento". Este ensaio faz parte de um esforço mais amplo de Meng Jie e seus colaboradores para tentar compreender o sistema de relações de produção e inovação que a China desenvolveu – uma área crucial de investigação à medida que o país entra na era das "novas forças produtivas de qualidade", um conceito-chave na política de desenvolvimento chinesa contemporânea.
Um dos elementos-chave desta última edição da Wenhua Zongheng é mostrar que a luta de classes continua durante o período de construção socialista. Isso significa que vários experimentos são necessários ao longo do caminho para ver o que funciona e o que não funciona – tanto para desenvolver as forças produtivas quanto para estabelecer relações sociais mais equitativas. Nesse processo, tem havido uma luta ideológica contínua dentro da China, à medida que os capitalistas buscam maneiras de se reproduzir. No entanto, sob o sistema socialista chinês, os capitalistas não têm permissão para se organizar em uma classe com poder político por meio da propriedade de mídia, sistemas financeiros, partidos políticos ou outras instituições. Eles não podem levar seus lucros livremente para o exterior ou investi-los onde quiserem. Existem várias barreiras estratégicas em vigor – incluindo controles de capital – que regulam o fluxo de capital e impedem que os capitalistas chineses se tornem oligárquicos e se recusem a investir em seu país (um problema enfrentado por tantos governos, tanto no Norte quanto no Sul Global, onde os oligarcas podem levar seu capital para onde quiserem e até mesmo entrar em "greve" recusando-se a investir em infraestrutura ou indústria). O capital chinês permanece dentro do país e ao alcance de um sistema bancário estatal que o põe em funcionamento dentro dos parâmetros do plano nacional de desenvolvimento. Os capitalistas podem operar no país, mas não podem dominar o sistema e permitir que seu comportamento de busca pelo lucro se torne predominante. Dessa forma, a luta de classes pende a favor do povo. É isso que distingue o sistema socialista na China dos sistemas capitalistas de outros países.
Em "A Ideologia Alemã" (1846), Marx e Engels escreveram sobre a "sujeira das eras" que precisava ser deixada de lado para que um novo mundo pudesse nascer. Esse ato de deixar de lado levará muito tempo.
A pena de galinha certamente ainda não chegou ao céu, mas também não está no inferno.
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sábado, 5 de julho de 2025
CANGUILHEM NORMAL E PATOLÓGICO BBB
https://www.scielo.br/j/ss/a/VfqSSxvQ7WBQyrKKbJwjpWx/
Este artigo objetiva apresentar uma crítica ao modelo biomédico de saúde predominante nas ciências médicas, a partir do conceito de normatividade vital, proposto por Georges Canguilhem. Na introdução apresentamos, a partir de um breve histórico do conceito de saúde, a normalização como o primado fundamental do modelo biomédico. Na primeira parte, discutimos o problema da determinação do normal e do patológico, da saúde e da doença, no pensamento de Canguilhem, buscando situar esses conceitos em função de valores individuais, questionando a existência de um processo normativo em biologia. Na segunda parte, pretende-se demonstrar que a normatividade vital defendida por Canguilhem é uma ferramenta conceitual fundamental para o entendimento da lógica de produção biológica. Esta lógica de produção não toma a norma como critério de valoração das formas de vida possíveis. Não são as individualidades biológicas que se adéquam ou se afastam das normas, mas, ao contrário, é a individualidade biológica enquanto potência de criação de novas formas que produz o processo de sua normatividade. Por fim, destacamos o impacto crítico do conceito de saúde entendido como uma abertura ao risco, enfatizando essa dimensão da saúde como a capacidade de enfrentar novas situações de vida.
quinta-feira, 3 de julho de 2025
SABEDORIA PRATICA ARISTOTELES BBBB
SABEDORIA PRATICA ARISTOTELES file:///C:/Users/Nivaldo/Downloads/O+MODELO+COGNITIVO+E+ETICO+DA+ACAO+EM+ARISTOTELES_Livre.pdf
CIDADE E JUSTIÇA Assim como as leis e costumes classificam, ordenam e medem atos e intenções na CidadeEstado, é preciso estabelecer-se, segundo a razão, a justa medida ou métron pelo qual a
convivência se estabelece, não pela coerção exterior nem utilitariamente, mas pela escolha
regida pela cognição e voluntária disposição ao bem em exercício constante e refletido8
.
terça-feira, 17 de junho de 2025
Cle versão 18.06.25
O objetivo desta apresentação é contribuir para a elucidação da diferença entre sistema e processo como instrumentos heurísticos, assumindo-se como critério de validação a intensidade de sua aderência à realidade que pretendem representar. Considera-se a proposta como oportuna ante a constatação informal, pelo autor, da ocorrência no ambiente acadêmico, e para além dele, de postulação inadequada da diferença entre uma noção e outra. Mesmo grande parte da literatura que se propõe a uma abordagem integral dos fenômenos sob a noção de totalidade, em oposição à abordagem analítica, não vai além do que se entende como processo no senso comum.
No vocabulário da linguística assume-se como metáfora a diferença entre processo e sistema como equivalente à diferença entre denotação e conotação. Ou seja, assume-se o signo como denotação em sua interpretação de caráter monossêmico, que se atribui ao modelo de sistema (estrutura e função) e o signo como conotação, em sua interpretação de caráter polissêmico, que se atribui à visão em processo como flexão adverbial da denotação, uma locução adverbial. Ou seja, na visão em processo, o alvo da atenção é a ação, o comportamento, em cuja base assenta a experiência, em desfavor do modelo de sistema, que assume como porto de partida o conceito, ou abstração. É certo que o modelo de sistema leva em conta o contexto em seu objeto de estudo, mas a visão em processo vai além, ao enxergar a mudança do contexto como mudança do contexto enquanto a mudança ocorre. O processo é a mudança da mudança. Como noção intuitiva, o processo não é representável em conceitos. Isso abre espaço para a imaginação, e dela faço uso para descrever o processo como um instante atemporal entre o que já não é e o que não é ainda.
Daí que se assume o embate entre processo e sistema no seu esbatimento na questão da extensão da aplicação do princípio de identidade e não contração, de Aristóteles. Presume-se no modelo de sistema que a sua aplicação seja universal, que de fato é no que diz respeito aos conceitos, ou às abstrações, mas não o é na visão em processo, que assenta na pragmática, que é ação ou comportamento, de acordo com o que admite o próprio Aristóteles. A explicação aristotélica é que dão-se situações em que não há por que convocar a certeza absoluta, pois nem tudo é objeto de demonstração, demonstração que é de rigor na lógica e da matemática.
A metodologia consiste da coleta na literatura de evidências nos resultados científicos do aumento na tendência do tratamento contextual (processo), ao inverso do recuo no tratamento analítico fragmentário, que ainda prevalece como hegemônico na cultura do Ocidente. Uma ocorrência de grande impacto em favor da abordagem contextual (processo) é o reconhecimento em laboratório de que o gene, anteriormente considerado como de caráter funcional, passa a ser reconhecido como de carater contextual. Esse feito obriga à reformulação dos fundamentos epistemológicos da genética molecular. E pode considerar-se essa mudança como de caráter paradigmático para o conjunto da pesquisa científica. Assim, outra impacto, de grande magnitude, encontra-se na engenharia de desenhos e processos, ao elevar a eficiência e a produtividade na gestão pública e privada a coeficientes exponeciais, reduzindo a zero o custo da manutenção de software, que representa 80% do custo anual do investimento em computação. É certo que o modelo de sistema leva em conta o contexto em seu objeto de estudo. Mas a visão em processo vai além, ao enxergar a mudança do contexto como mudança do contexto enquanto a mudança ocorre. O processo é a mudança da mudança.
Quanto a noção de conhecimento, discutem-se as implicações, de caráter metodológico, em sua acepção convencional de sistema como empilhamento linear, paralelo e contíguo, em sua dimensão delimitada como estoque, em oposição à visão em processo, que assume o saber, no lugar de conhecimento, em sua dimensão ilimitada, como são as interações dos componentes do contexto, aberto à sua exponenciação. O sistema espelha a visão de mundo do Iluminismo, na sua vertente kantiana (dualista), em oposição à vertente espinosana (monista). O sistema é o rebatimento epistemológico do Iluminismo kantiano na gnosiologia.
No desenvolvimento do argumento, a atenção volta-se para o reconhecimento da superioridade eurística do processo sobre o sistema, ao propiciar uma abertura ilimitada para a visão da realidade, em suas dimensões epistemológica, axiológica e cultural. Como resultado tem-se o enriquecimento da atividade da pesquisa e mais robustez na prática social. Entre outros motivos atribui-se o fato de que o processo (contexto), não sendo uma coisa, torna possível a integração espontânea dos processos, como mais aderente à realidade, assim como ocorre naturalmente na mente humana.
aqui finda o resumo da apresentação no cle.
Creio que a dificuldade corrente em se apreeder a noção de processo, noção intuitiva, não conceitualizável, está em que a noção de processo escapa, metodologicamente, ao princípio da identidade e não contradição, em conformidade como o que admite o próprio Aristóteles, para quem a lógica não recobre a inteira extensão da realidade, que me lembra a alegoria na ficção fantástica do argentino Jorge Luis Borges sobre o colégio dos cartógrafos. Emepenhados em atualizar os seus mapas de acordo com a mudança da paisagem, os cartógrafos recorriam às mais avançadas técnicas da cartografia, com o propósito de fazer o mapa coincidir com as novas mudanças na paisagem; mas, por mais que se esforçassem, frustravam-se, porque a melhoria da cartografia levava-os a enxergar novas mudanças até então não percebidas na paisagem, de modo que a mudança da paisagem os obrigava a refazer o mapa, e assim indefinidamente. Moral da história: abstração é incapaz de sincronizar-se com a realidade, em estado de mudança.
Além de contemplar a lógica e a matemática, a realidade é também não lógica, o que não quer dizer ilógica. Assume-se como postulado na visão em processo que a realidade é um continuum que compreende tudo, o conceitualizável e o não conceitualizável, a congruência e incongruência.a cernceito corresponde a um segmento do continuum da realidade. Ou seja, o conceito se define formalmente por suas delimitações, estas, sim, resultado da aplicação da lógica formal.
Ao condicionar a aplicação do princípio de identidade e não contradição somente ao que é conceitualiável, torna-se possível postular que o todo da realidade no seu continuum compreende também a incerteza, a ambivalência, que deixa de ser uma patologia da lingugagem ou do discurso, para reincorporar-se na prática linguística como um seu componente intrínseco, assim como entende Aristóteles na sua Filosofia da práxis,com a sua ideia de busca de excelência, continuidade e descontinuidade ao mesmo tempo, ou seja, como busca da afirmação contínua e recorrente da existência como ato, conflitiva e solidária consigo mesma, movida pela sua potência como ser humano, em lugar da certeza absoluta.
Os viciados na aplicação da lógica e da matemática ao todo da realidade seriam considerados por Aristóteles como praticantes do paralogismo, imagino eu, que vem a caracterizar a ideologia do Iluminismo em sua vertente da razão soberana de Kant (há também a vertente de Espinosa nas antípodas de Kant, ao atribuir valor axiológico equivalente a todas as faculdades humanas. A ambivalência é rejeitada pela razão como suprema legisladora da ordem iluminista como sintoma de desordem, do caos, provocando desconforto, angústia e rejeição. Tratar-se-ia, pois, de impor a ordem desejada sobre a realidade rebelde. É o que preconiza o sociólgo Talcott " a Estado para impor na obsessão pela ordem denotativa,
No vocabulário da linguística, assume-se essa diferença como um conflito, expresso no signo, de caráter ambíguo, como denotação e conotação, ao mesmo tempo. Como denotação, o signo é monossêmico; como conotação, o signo é polissêmico. A denotação remete ao uso das palavras no seu significado dicionarizado como padrão, abstrato, que obedece a uma axiomática de caráter sintático, de regras fixas e imutáveis, alheias à referência do contexto em que são empregadas. A conotação remete ao uso das palavras cujo significado adquire sentido na referência do contexto em que são empregadas, conformando uma axiomática de regras de caráter pragmático. Na pragmática, a semântica precede, metodologicamente, a sintaxe. Ao se caminhar, dois passos, um seguido a outro, jamais são idênticos, diferença que é alheia à acepção de passo no dicionário.
A noção de sistema deixa prender-se ao significado, e a noção de processo atém-se ao sentido que se atribui ao significado no contexto em que a palavra ocorre. Como significado, a palavra representa uma função (sintaxe); como sentido, a palavra representa um papel (semântica). Isso é o que vem a ser complexidade na visão em processo, complexidade qualitativa e não quantitativa como ocorre na acepção de complexidade de Norbert Wiener (1954).
Diz-se em latim que “omnis comparatio mancat” (toda comparação é manca) e essa a que recorro também o é. Quem dispuser de metáfora mais adequada que a apresente. O certo é que na visão em processo, consideram-se como legítimas as expressões conflitivas e solidárias como unidade e diversidade, norma inventiva e invenção normativa, mnorfostase e morfogênese, entre muitas outras, que ferem a lógica formal.
O sal de cozinha, na pragmática de seu papel conotativo, é polissêmico.
Para os profissionais da Química, é um composto químico, que resulta da reação entre uma base e um ácido, como sal e hidrogênio; o sal é amargo para o paladar, cristal para o tato e branco para a visão. Da mesma forma, o sinal igual (=), na aritmética tem o sentido de identidade;, na álgebra, de equivalência e na geometria, de proporcionalidade.
Será, pois, no embate entre o signficado, como expressão de caráter sintático, e o sentido, de caráter semântico, que irá transcorrer esta apresentação, no contexto do rehatimento da diferença entre sistema e processo na epistemologia e na axiologia.
Chamo à atenção em especial para o seguinte: É da pragmática como ação, ou comportamento, que se constroi a sintaxe, como abstração da realidade, e não ao inverso, como supõe o modelo de estrutura e função (sistema), que tem o seu ponto de partida, no conceito, uma abstração. Ou, seja, a pragmática, como ação, ou comportamento, não pode estar sujeita a um tratamento analítico, de partes estanques, ou funcionais, assim como não ocorre a um todo orgânico, de partes distintas, porém, não separáveis. .
A rejeição da ambivalência vem de se ignorar o caráter do signo, que na visão em processo é ambivalente:
. Não estranha, assim, que a noção de processo seja mantida à sombra, latente, porém, premente, pois a realidade unitária insiste em se fazer presente, de modo indissociável, nas suas dimensões da continuidade e da descontinuidade, ou nas dimensões análógica e digital. Na visão em processo, ambas as dimensões não se opõem de modo excludente, mas de modo inclusivo, em contraste com o modelo de sistema, que assume existência tende a sentir a passagem do tempo como o fluir da areia na ampulheta, ou o fluir da água na clepsidra (continuidade), em contraste com a dimensão masculina da existência, que tende a sentir a passagem do tempo nos saltos do ponteiro do relógico mecânico. Sob esse aspecto, é pertinente admitir-se que a descontinuidade é o mal-estar por excelência da Cultura e da Civilização Ocidental, considera o mal-estar expressão assumida por Freud, em seu livro "O mal-estar da civilização", com a diferença de que Freud extensível virtualmente a toda humanidade, enquanto na visão de processo, o mal-estar restringe-se ao Ocidente iluminista, pois a sabedoria oriental pende para a continuidade, sem, no entanto, desprezar a descontinuidade. Dois exemplos: Na sabedoria chinesa do yng e yiang, a água fluvial simboliza a forma e a desforma da paisagem por onde passa. E o dragão, um animal manso e divertido na mitoligia, muda a sua pele cor como um caleidoscópico. As figuras em si mesmas do dragão e da água são o suporte de caráter descontínuo na continuidade que ambas as dimensões simbolizam. Assim como a água e o dragão, tudo o mais no quotidiano oriental recende a processo (contexto).Os cômodos da casa são separados por biombos de peso leve, fáceis de se deslocarem, conformando uma diversidade virtual de ambientes que muudam de acordo com a conveniência contextual.
apresentação resumo cle 19 06
ÚLTIMA CLE JUNHO 17.06.25
O objetivo desta apresentação é contribuir para a elucidação da diferença entre sistema e processo como instrumentos heurísticos, assumindo-se como critério de validação a intensidade de sua aderência à realidade que pretendem representar. Considera-se a proposta como oportuna ante a constatação informal, pelo autor, da ocorrência no ambiente acadêmico, e para além dele, de postulação inadequada da diferença entre uma noção e outra. Mesmo grande parte da literatura que se propõe a uma abordagem integral dos fenômenos sob a noção de totalidade orgânica, em oposição à abordagem analítica, não vai além do que se entende como processo no senso comum.
Processo, como noção intuitiva, somente se deixa acercar indiretamente, por meio de metáforas, analogias, figurações e alegorias. No vocabulário da linguística assume-se a diferença entre processo e sistema no signo, que é de caráter ambiguo. No signo estão compreendidas a denotação e a conotação. Separa-se uma da outra mediante abstração; junta-se uma à outra, como processo, conformando uma unidade conflitiva e solidária, na sua expressão adverbial.
Associadas uma à outra de modo solidário e conflitivo ao mesmo tempo, tem-se uma locução adverbial. A locução adverbial consiste na junção de uma ou mais palavras, flexionando-se na sentença o significado dicionarizado do verbo, do adjetivo ou do advérbio, tendo-se como referência o seu sentido. E o sentido, à difernça do significado, muda de acordo com o contexto, que é a sua referência. Assim é que na Ilíada de Homero (circa 800 a.C.) - autor da primeira obra declamada ou escrita no Ocidente - nos seus 15.693 versos todas ações por ele descritas o são na forma de locução adverbial. A locução adverbial, como expressão da ação, ou comportamento, responde à indagação "como", à diferença da indagação "o que é"."Como", como conotação, pois a ação, ou comportamento, muda em sincronia com a realidade, assumida como um estado de mudança, na acepção da visão em processo. Esse é o papel da semântica. por exemplo, não existe em Homero um verbo científico para o ver denotativo, propriedade de sua fisiologia, como a visão no seu sentido fisiológico A visão em processo corresponde à Pracom o que se pretentedá-se de modo sin interessa mais o modo como o ser humano se comporta e como se comporta também o mundo, do que saber em que consistem, ou o que são. Ou seja, o alvo da atenção é a ação, o comportamento, em cuja base assenta a experiência, que se privilegia em desfavor das especulações de caráter abstrato. Isso faz com que o Oriente privilegie uma visão compreensiva do todo, em detrimento da desmontagem do todo em partes.
Se se assumir como referência o Ocidente tendo como epicentro a Europa e na Europa a Grécia - referência sobre a qual inexiste consenso entre os historiadores - é na Grécia Clássica (século VIII ao VI a.C), que sucede à Grécia Arcaica (VIII ao 500 a.C.) que a atenção se volta para o enfoque analítico, período que coincide com a ocorrência de grandes transformações sociais, polítidas e culturais, com destaque para o surgimento das cidades-Estado e o desenvolvimento da escrita e das artes. É nesse período que se introduz, trazida do Egito, o que em solo grego vem a chamar-se geometria, já na sua formulação abstrata, em contraste com o caráter empírico, como era praticado nos arredores dos rios Tigre e Eufrates,de grandes extensões de terras férteis e favoáveis à agricultura irrigada. Ali teria ocorrido a passagem do Periodo Arcaico para o Período Neolítico.
Aqui assume-se a diferença entre proceso e sistema como um conflito inclusivo expresso na palavra como signo, de caráter denotativo e conotativo ao mesmo tempo, ambíguo, portanto. Assim, o signo pode significar a ação do verbo ver como função fisiológica do órgão da visão, e pode significar o olhar que caracteriza o enxegar no contexto de uma ocorrência eventual, singular, irrepetível, única. Está aí, grosso modo, o sumo da diferença entre sistema e processo (ou contexto). Há discordância quanto a isso, mas vou discuti-las mais à frente. Contexto, que é a integração entre processos, trabalha somente com locuções adverbiais, consideradas como adequadas para descrever a ação, ou comportamento, que são polissêmicos. Sistema limita-se à função unívoca do ver, própria às suas aplicações nas questões de caráter abstrato, como conceitos, que são, por definição, monossêmicos, em atenção à exigência do princípio de identidade e não contradição, da lógica formal de Aristóteles. Em sua filosofia pragmática, Aristóteles observa que o princípio não tem aplicação universal, geral indistinta, permanecendo, pois, fora da pragmática. A explicação aristotélica é que dão-se situações em que não há por que convocar a certeza absoluta, pois nem tudo é objeto de demonstração, o que é de lei na lógica e na matemática. diz o filósofo. Observe-se que Aristóteles tem o seu pé filosófico preso ao chão, ao cotidiano, como o revelam as analogias de que se serve em seus escritos, de caráter pedestre, o mesmo de que faz uso a dona de casa.
Sistema corresponde a uma sintaxe, de regras fixas e imutáveis, uma estrutura que opera com funções, que são de caráter unívoco, paralelo, de contato e não de contágio, prestando-se a estabelecer relações, ligações, conexões ou acoplamentos, termos emprestados da mecânica. Processo corresponde à semântica, de regras cuja axiomática muda de acordo com o contexto em que se opera, motivo por que opera com interações, que vêm a ser transformaões recíprocas, ou mutações,entre os termos em que se dão. Assim, por exemplo, o sal de cozinha, para os profissionais da Química é um composto químico, que resulta da reação entre uma base e um ácido; na cozinha, o sal é amargo para o paladar, cristal para o tato e branco para a visão. Da mesma forma, o sinal igual (=), na aritmética tem o sentido de identidade; na álgebra, de equivalência e na geometria, de proporcionalidade.Vai observar-se nesta apresentação que o sistema pressupõe metodologicamente a realidade como inorgânica (abordagem analítica), em contraste com a visão em processo, que contempla o enfoque orgânico (abordagem da realidade como um todo não divisível metodologicamente em partes).
É nesses termos que proponnho discutir a diferença entre processo e sistema.
A metodologia consiste na coleta de evidências nos resultados científicos do aumento na tendência do tratamento contextual (processo), ao inverso do recuo no tratamento analítico fragmentário, que ainda prevalece como hegemônico na cultura do Ocidente. Uma ocorrência de grande impacto em favor da abordagem contextual (processo) é o reconhecimento em laboratório de que o gene, anteriormente considerado como de caráter funcional, passa a ser reconhecido como de carater contextual. Esse feito obriga à reformulação dos fundamentos epistemológicos da genética molecular. E pode considerar-se essa mudança como de caráter paradigmático para o conjunto da pesquisa científica. Outra impacto, de grande magnitude é o que tem provocado na engenharia de desenhos e processos, ao elevar a eficiência e a produtividade na gestão pública e privada a coeficientes exponeciais, reduzindo a zero o custo da manutenção de software, que representa 80% do custo anual do investimento em computação. É certo que o modelo de sistema leva em conta o contexto em seu objeto de estudo. Mas a visão em processo vai além, ao enxergar a mudança do contexto como mudança do contexto enquanto o contexto muda. Isso corresponde na ginática artística a um salto duplo carpado; ou na fenomenologia da consciência, corresponde a uma volta da consciência do sujeito como objeto de si mesmo, ao mesmo tempo que objeto como apreendido na percepção.
No plano do conhecimento, discutem-se as implicações, de caráter metodológico, em seu significado convencional como empilhamento linear, paralelo e contíguo, como estoque, em oposição à visão em processo, que assume o saber como interações dos componentes do contexto, de caráter exponencial.
No desenvolvimento do argumento, a atenção volta-se para o reconhecimento da superioridade eurística do processo sobre o sistema, ao propiciar uma abertura ilimitada para a visão da realidade, em suas dimensões epistemológica, axiológica e cultural. Como resultado tem-se o enriquecimento da atividade da pesquisa e mais robustez na prática social. Entre outros motivos atribui-se o fato de que o processo (contexto), não sendo uma coisa, torna possível a integração espontânea dos processos, assim como ocorre naturalmente na mente humana.
sexta-feira, 6 de junho de 2025
CREDITO DE CARBNO BALANÇO JUNHO 25
CREDITO DE CARBNO BALANÇO JUNHO 25
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terça-feira, 3 de junho de 2025
PENSAMENTO CRÍTICO
Escola de Frankfurt - Crítica à sociedade de comunicação de massa José Renato Salatiel, Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação Qual é a influência de meios de comunicação de massa, como a TV, sobre uma sociedade? Como as pessoas são mobilizadas a acompanharem um noticiário como se estivessem assistindo a uma telenovela, como ocorreu no recente caso da morte da menina Isabella? Os primeiros filósofos que detectarem a dissolução das fronteiras entre informação, consumo, entretenimento e política, ocasionada pela mídia, bem como seus efeitos nocivos na formação crítica de uma sociedade, foram os pensadores da Escola de Frankfurt. Max Horkheimer (1895-1973) e Theodor W. Ado... - Veja mais em https://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/escola-de-frankfurt-critica-a-sociedade-de-comunicacao-de-massa.htm?cmpid=copiaecola
Posteriormente, entre os anos 70 e 80, os frankfurtianos foram muito criticados por uma visão reducionista dos receptores, graças a pesquisas que demonstraram que as pessoas não são tão manipuláveis quanto Adorno pensava na época. Além disso, nem toda produção cultural se resume à indústria. Nas histórias em quadrinhos, por exemplo, temos Disney e Maurício de Souza, mas temos também quadrinhos alternativos e autorais. Apesar disso, Adorno e Horkheimer tiveram o mérito de serem os precursores da denúncia de um "totalitarismo eletrônico", em que diversão e assuntos importantes são "mixados" num só produto; em que representantes políticos são escolhidos como se fossem sabonetes. Nest... - Veja mais em https://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/escola-de-frankfurt-critica-a-sociedade-de-comunicacao-de-massa.htm?cmpid=copiaecola
segunda-feira, 2 de junho de 2025
NOVO PARA CLE 01 06
Da Política do Conceito à Política do Sujeito
“A verdadeira filosofia consiste em reaprender a enxergar o mundo”.
(Merleau-Ponty, em 'Fenomenologia da Percepção')
Do direito de ser igual ao direito de ser diferente
Política do Conceito versus Política do Sujeito - Esses são os termos
antitéticos do debate recorrente na atualidade. O debate dá-se em torno da interpretação subjacente do significado de logos (palavra, discurso articulado), ideia
central na sabedoria grega,da qual o Ocidente Iluminista se diz herdeiro. Em um polo, está a acepção do logos como razão, ou racionalidade, entendida como faculdade
soberana; em outro polo, está a sua acepção entendida como expressão do conjunto das
faculdades humanas, a saber, além da razão, a intuição, e ética, a
estética e os sentimentos, faculdades consideradas originariamente como distintas,
porém, não separáveis, e de equivalente valor axiológico.
Vou ater-me à interface epistemológica e axiológica do debate.
O objetivo deste trabalho é contribuir para o entendimento de que a atribuição de soberania à razão iluminista (dualista) seria responsável tanto pelo progresso da
pesquisa científica, em sua dimensão abstrata, como pelos seus empecilhos de igual monta, no concreto da realidade, como ação, ou comportamento (monista); empecilhos que, na literatura crítica ao Iluminismo, se atribuem a essa suposta soberania, considerada como um desperdício dos recursos interpretativos à disposição da vocação humana. A renúncia, ou rejeição, ao reconhecimento, em termos de equivalência axiológica, das demais janelas abertas para a apreensão da realidade sugere
tratar-se de uma ocorrência originária de solo europeu, supostamente
responsável pela crise cultural ou civilizacional do Ocidente, pois não ocorreu em nenhuma outra grande civilização, ou visão de mundo, a hierarquização das faculdades humanas.
Sobre o pano de fundo projeta-se, em contraste, a emergência histórica
da razão na sabedoria da Grécia Clássica, como faculdade de valor
axiológico não mais importante nem menos importante que o conjunto das
faculdades humanas. Com a soberania da razão, o logos é reduzido a
uma sintaxe da realidade, de regras fixas infensas ao tempo e ao
espaço, uma abstração de caráter reducionista, esvaziando-se desse modo a pragmática e a semântica. A metodologia utilizada é o recurso à literatura conceitual atinente à
questão, associada a um rol de evidências empíricas, colhidas na história recente da epistemologia. Argumenta-se no desdobramento da hipótese que o conhecimento como poder (Francis Bacon), migra, em sua reconstrução, da política do conceito para a política do sujeito. Como conclusão, evidencia-se que essa reconstrução tende a consolidar um novo campo do saber tão mais vasto e promissor
quanto mais incorpore a contribuição do saber ancestral. Esse saber
caracteriza-se por assumir, como equivalente ao logos na sua
inteireza, todas as faculdades humanas, distintas, porém,
não separáveis. Assim, uma vez liberta do mito iluminista da soberania da razão, estaria desobstruído o caminho que nos convida superar a democracia liberal, restrita a procedimentos (meios) para recompormos a democracia política substantiva, comunitária, ou de fins.
Nivaldo Manazano
Sociedade civil, instituições participativas e representação: da autorização à legitimidade da ação
L Avritzer - Dados, 2007
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[PDF] scielo.br
O conceito de sociedade civil: em busca de uma repolitização
MA Alves - Organizações & Sociedade, 2004
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[PDF] scielo.br
[PDF] Sociedade civil, participação e cidadania: de que estamos falando
E Dagnino - Políticas de ciudadanía y sociedad civil en tiempos de …, 2004
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[PDF] reporterbrasil.org.br
ver Sociedade civil, instituições participativas e representação: da autorização à legitimidade da ação bbb https://www.scielo.br/j/dados/a/xfPSZNfnDzgFpXmYBsDvrhd/
A oposição antitética entre política do conceito e política do sujeito não reflete uma oposição excludente necessariamente, assim como ocorre com a oposição entre a dimensão do feminino e a dimensão do maasculino, oposição inclusiva, mas não excludente. A dimensão feminina enfatiza a continuidade na experiência do comportarmento, na dimensão pragmática da realidade, enquanto a dimensão masculina, na visão ocidental, enfatiza a descontuidade da realidade, ancorada historicamente na abstração conceitual, ainda presa à ideologia do Iluminimo. Continuidade e descontinuidade da realidade, nos termos da Filosofia da Práxis, de Aristóteles, que se opõe e inclui ao mesmo tempo a sua Filosofia Teorética. De sua Filosofia Pragmática, Aristóteles exclui metodologicamente a incidência de sua Lógica da identidade e não contradição e da Matemática, por lidarem somente com abstrações e conceitos, por definição delimitados, descontínuos, instrumentos de operações mentais, em contraposição ao comportamento, que é contínuo e descontínuo ao mesmo tempo. A Práxis é o ambiente existencial em que se move o sujeito por inteiro, que se enxerga a si mesmo, aos outros e ao mundo mediante a manifesstação da palavra, ou do gesto, palavra como sinônimo de logos (todas as faculdades humanas incluídas, distintas, porém, não separáveis, embora de equivalente valor axiológico: continuidade e descontinudade ao mesmo tempo.
Eventualmente estranho para nós, isso não é estranho à sabedoria grega, que abrange e implica muito mais que a filosofia grega no sentido herdado e filtrado pelo Ocidente Iluminista, mediante o artifício da redução, de uso indiscriminado pela matemática, que teria abjurado o espírito da álgebra inaugural do persa Al Kwarismi, a respeito de quem se diz que não pretendeu separar qualidade e quantidade, como o faz a álgebra de Boole, por exemplo, que se constitui da oposição conceitual dicotômica entre o zero e o um, oposição que caracteriza a linguagem digital.
Para os gregos desde a Grécia de Homero, e de Homero remontando ao mito, a realidade é um devir do cosmos, na sua unidade primordial, na qual se inclui o ser humano na condição de parte integrante e inseparável do cosmos, perfazendo uma unidade conflitiva e solidária ao mesmo tempo, continuidade e descontinuidade. A palavra (logos) é considerada como uma epifania que enuncia o sagrado no mito e o desvelamento da realidade à luz da reflexão autônoma.
É o que pode observar-se no pensamento de pré-socráticos, como Heráclito, do "tudo flui nada permanece" (panta rei ouden menei), ou do "apeiron" (sem fronteiras) de Anaximandro, a realidade última, a arché, que é eterna e infinita, de onde provém sempre novo material do qual tudo o que percebemos é derivado. O ápeiron gera os opostos, quente-frio, seco-molhado etc., pares de opostos inclusivos que interagem na recorrente atualização do cosmos. O botão desabrocha em flor, que lança a semente ou os esporos, que no solo germinam, dando origem a uma nova planta que se desenvolve, retomando o ciclo da natureza inteira, das pedras, aos animais, ao microcosmo e à reflexão humana.
Diferentemente do mito e da reflexão da Grécia Arcaica e da Grécia Clássica, o pensamento ocidental é incapaz de descrever a transformação ou metamorfose, por insistir como válidos na pesquisa científica somente os critérios abstratos da lógica e da matemática. Essa exclusão atesta o fracasso do inglês Alan Turing (1912 -1954), considerado como o pai da computação, ao não ter entendido que o algoritmo no plano do comportamento não pára, para retornar ao seu início do qual teria partido. Tenho para mim que a solução do desafio foi apresentada pelo professor Fuad Gattaz Sobrinho, matemático paulista, em sua "Álgebra Contextual", que lhe permitiu construir ambientes computacionais à semelhança do modo de proceder da mente humana. Ou seja, com os ambientes computacionais de Gattaz Sobrinho já não é preciso trocar de cabeça (hardware) a cada nova ideia que ocorra na mente, pois a mente gera espontaneamente um novo "software" (uma nova configuração das propriedades dos componentes), que lhe permite entrar em sincronia com a realidade em estado de mudança, por postulado). Assim pensava também Confúcio, ao dizer que "o homem não tem ideia", preso a um hardware, diria hoje, pois uma ideia fixa na mente (um hardware) impede a assimilação e interação com as novas ideias que lhe ocorram na realidade em estado de mudança.
Voltando aos pré-socráticos. Também o antecessor de Anaximandro, Tales de Mileto (624 a.C - 546 a.C.), embebeu a sua reflexão na tradição da mitologia grega. Tendo estado no Egito, Tales trouxe para a Grécia o que concebeu como geometria, ao fixar as propriedades das figuras geométricas, de caráter abstrato. Anaximandro, em busca de algum princípio universal, assumiu que haveria uma ordem cósmica, em consonância com a linguagem mitológica, mais apropriada para uma cultura que se habituara a ver deuses em tudo à sua volta. Assim as primeiras leis da natureza seriam elas próprias derivadas das leis divinas. Isso ocorre também em Platão, no que Aristóteles o contraria, dizendo que as leis têm origem na pragmática humana. A palavra nomos (lei) tem, de fato, o significado lei natural em Aristoteles, mas no seu entendimento que a reflexão autônoma é um fenômeno natural em consonância com a tradição da cultura grega já laicizada, da continuidade e descontinuidade do cosmos, da qual Platão parece se ter dissociado, talvez pelo seu hipertrófico entusiasmo pela matemática. No frontão de sua Academia PLatão mantou inscrever: !”Não ouse entrar quem não seja geômetra", para o desagrado de Aristóteles, que discordou da ideia de Platão de geometrizar a visão de mundo.
Creio que a exposição inicial desta apresentação é suficiente para se dar conta de que não seia possível a compreensão razoável do que veio a dar no Iluminismo, na Modernidade e na pós-modernidade, na sua acepção inaugural do pensador francês Jean-François Lyotard, sem se projetar como pano de fundo a cultura da Grécia Clássica.
Pode situar-se o momento decisivo da ruptura (ou redução) com a visão de mundo da cultura da Grécia Classica como expressa em Blaise Pascal,na sua oposição à soberania da razão por r
Incluir a noção de representação em COMUM: Thomas Hobbes. Hobbes, no Leviatã, procurou lançar os fundamentos de um conceito não-religioso capaz de romper com a doutrina cristã. O autor buscou dois fundamentos seculares para a noção de representação, um primeiro, na Grécia, com a idéia de prosopon, isto é, da substituição de uma pessoa por outra no teatro, e um segundo, em Roma, com a idéia do procurador em Cícero. Para este, o procurador representa o seu cliente ao desempenhar três papéis distintos: "o meu, o do meu oponente e o do árbitro" (Cícero, Oratorium, Cambridge, Loeb Classical Library., tradução de Leonardo Avritzer). "m Cícero, a idéia de representação envolve dois elementos: o da identificação e o da autorização. O procurador identifica-se com a condição do representado antes de representá-lo, e isso gera uma relação de afinidade. No entanto, da maneira como ela é abordada por Thomas Hobbes, apenas a autorização adquire relevância"
Ver representação em avritzer abertura https://www.scielo.br/j/dados/a/xfPSZNfnDzgFpXmYBsDvrhd/?lang=pt
O ESPETÁCULO E A FESTA em Salinas Fortes SALINAS FORTES, Luis Roberto. Paradoxo do espetáculo: política e poética em Rousseau. São Paulo: Discurso Editorial, 1997. Assinala Salinas Fortes, no encerramento de seu livro (1997, p. 191): “Como simples ‘espectadores’, seremos pura e simplesmente esmagados. Enquanto atores em uma festa coletiva, temos alguma chance de exercitar nossa liberdade em toda a sua plenitude: que a festa sirva de paradigma, pois, para a própria ordenação global da vida política”.
a ideia da festa popular prima pela informalidade, espontaneidade e pela participação coletiva. Nela, a realização é comum, favorecendo que os grupos superem suas diferenças sociais, criando um vínculo afetivo importante na formação do espírito de coletividade.
[HTML] Don Juan et Faust. Du récit populaire à la construction du mythe de l'individu
D Vignon - Littératures, 2016
[HTML] openedition.org
Chapitre 8. L'acte artistique: le spectacle vivant comme exemple de synthèse territoriale
M Duvigneau - References, 2002
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La clown: un idéal impossible?
D Cezard - Recherches féministes, 2012
Citar Citado por 9 Artigos relacionados Todas as 3 versões
[PDF] erudit.org
Prometeu: Prometeu foi um titã que roubou o fogo dos deuses para entregá-lo aos humanos, desafiando assim o poder de Zeus. Como punição, ele foi acorrentado a uma rocha enquanto uma águia o torturava diariamente, com o fígado de Prometeu se regenerando todas as noites.
- O mito de Ícaro e Dédalo: Dédalo, um talentoso artesão, construiu asas de cera para ele e seu filho Ícaro voarem. Ele apresenta a história de sua fuga do Labirinto do Minotauro junto com seu pai, Dédalo. Para a fuga, Dédalo construiu dois pares de asas. Na fuga, Ícaro desobedeceu seu pai e se aproximou do sol, o que danificou o item e o fez cair no mar, levando-o a morte.
teoria segundo a qual o embrião se desenvolve a partir de um zigoto amorfo ou indiferenciado; epigenesia, epigenia.
MAINE DE BIRAN -a visão que vê - sobre a representação-crtica a Kant - MIchel HENRY PAG 135
FAZER A INTRODUÇÃO DA CRÍTICA AO ILUMINISMO COM A MORRTE DE CARLOS i 1649.
DESCARTES X PASACAL BBB
Descartes seja amaldiçoado
Blaise Pascal: O Homem Que Criou o Mundo Moderno
Por Graham Tomlin
Hodder & Stoughton 438pp £ 25
https://literaryreview.co.uk/descartes-be-damned
O que significa ser moderno? A resposta foi amplamente determinada bem cedo na era moderna por três pensadores que, por sorte, não só vinham do mesmo lugar e falavam a mesma língua, como também eram quase contemporâneos. Quando René Descartes nasceu, em 1596, Michel de Montaigne havia morrido havia apenas quatro anos. Blaise Pascal, o terceiro deles, nasceu em 1623, quando Descartes ainda não tinha trinta anos e ainda não tinha se destacado. Em 1647, Pascal e Descartes, o jovem prodígio científico e o célebre fundador do racionalismo moderno, se encontrariam pessoalmente, mas o encontro não correu muito bem. Descartes não pareceu particularmente impressionado com Pascal, enquanto Pascal deve ter achado Descartes um pouco condescendente demais. Para garantir a sobrevivência de sua admiração mútua, certas pessoas talvez devessem se manter afastadas umas das outras.
A principal objeção de Pascal, porém, era filosófica. "Não posso perdoar Descartes", escreveu ele. "Em toda a sua filosofia, ele gostaria de poder viver sem Deus; mas não pôde deixar de lhe dar um estalar de dedos para colocar o mundo em movimento; depois disso, não teve mais nada a ver com Deus." O Deus de Descartes era uma espécie de Deus engenheiro aposentado, conspicuamente ausente do funcionamento do mundo. O Deus cartesiano não passava de uma premissa filosófica, uma construção mental, e Pascal não tinha utilidade para tal coisa. Toda a sua vida foi uma busca contínua e ansiosa pela presença divina no mundo, pelo "Deus de Abraão, Deus de Isaac, Deus de Jacó, não dos filósofos e dos eruditos". Deus era acima de tudo algo a ver com o coração, e o coração para Pascal era tudo. Em Pensées , ele escreveu: "É o coração que percebe Deus, e não a razão". É isso que é a fé: Deus percebido pelo coração, não pela razão — e, mais notoriamente, "O coração tem razões que a r......
As posições de Descartes e Montaigne são respostas à questão do que significa ser moderno, à qual Pascal acrescentou a sua. A tarefa que Graham Tomlin se propõe neste livro é relatar como Pascal alcançou isso. Ao fazê-lo, ele não apenas discute Pascal em relação a Descartes e Montaigne, mas também o situa em um contexto muito mais amplo, abrangendo a revolução científica inicial, o jansenismo, o jesuitismo e o calvinismo, o Port-Royal e a França do século XVII como um todo. O Pascal que emerge das páginas do livro de Tomlin é uma figura complexa, ao mesmo tempo fascinante e intrigante, tão difícil de rotular quanto fácil de deturpar. Ele foi um cientista genial que, no entanto, escolheu a religião como centro de sua vida. A possibilidade de um universo infinito que as descobertas científicas modernas começaram a sugerir o deixou não impressionado, mas aterrorizado: "O silêncio eterno desses espaços infinitos me enche de pavor." Mas ele também não era um crente comum. Sua fé era agonística, enraizada não em argumentos filosóficos, mas em uma experiência pessoal inefável. O momento decisivo de sua vida ocorreu durante uma "noite de fogo", quando recebeu a revelação de Deus.
Apesar de todo o seu envolvimento com a ciência, a filosofia e a literatura de sua época, Pascal era uma figura singular na França de Luís XIV. Sua ideia central – a de que a humanidade é simultaneamente grande e miserável, nobre e desprezível – em torno da qual grande parte de sua obra (e especialmente seus "Pensées ") se constrói, o afasta de seu ambiente imediato e o coloca próximo de pensadores como Fiódor Dostoiévski, Søren Kierkegaard e Simone Weil. Poderíamos muito bem chamá-lo de "existencialista" se a palavra não fosse tão diluída pelo uso excessivo.
Há muito a elogiar no livro de Tomlin. É ambicioso e abrangente, bem pesquisado e bem estruturado. Oferece uma discussão sólida sobre uma figura crucial, porém um tanto negligenciada, do início da modernidade, a quem nós, pós-modernos, tanto devemos. Um de seus maiores méritos é fazer Pascal parecer não apenas relevante, mas também instrumental em nossa autocompreensão. "Em um mundo imerso em guerras culturais, equilibrado entre o moderno e o pós-moderno", escreve Tomlin, "as condições que deram origem ao pensamento de Pascal são notavelmente familiares". Tendo trilhado seu próprio caminho "entre o racionalismo confiante de Descartes e o ceticismo duvidoso de Montaigne", Pascal pode nos mostrar uma saída para nossos próprios impasses intelectuais.
Estilisticamente e retoricamente, no entanto, este livro parece sofrer de uma espécie de crise de identidade. Nem sempre fica claro para quem foi escrito e a que gênero pertence. Na maioria das vezes, Blaise Pascal se lê como uma obra acadêmica séria e investigativa. No entanto, às vezes, muda abruptamente para o modo livro didático, tornando-se didático e repetitivo. Essa qualidade simplificada, levemente irritante no início, torna-se positivamente irritante à medida que você prossegue na leitura. Não há necessidade, em um livro como este, de falar do "filósofo francês do século XX Michel Foucault" ou do "filósofo dinamarquês do século XIX Søren Kierkegaard". Deve-se presumir que qualquer pessoa que tenha decidido lê-lo esteja ciente das nacionalidades desses filósofos e de quando viveram. Sim, é útil saber que a vida de Pascal foi breve, mas por que repeti-lo dez vezes? Para uma vida tão curta, uma teria sido suficiente.
sábado, 31 de maio de 2025
Emulação jogo china
Dentre as características prazerosas dos jogos está a emulação. A emulação é o sentimento que leva alguém a exercitar-se tentando igualar ou superar a outrem, ao mesmo tempo que superar-se a si mesmo ao cotejar o seu próprio desempenho com o desempenho de outrem. Foi nesses termos que Aristóteles imaginou na sua Filosofia Pragmática a busca da excelência na vida individual, com vistas à "vida boa" uma existência gratificante aberta para uma realização recorrente, que não se encerra. Trata-se de uma atividade espontânea, e o seu desfrute consiste em responder ao desafio do risco e da incerteza, que o jogo implica, uma réplica na sua versão inofensiva, de alto valor pedagógico, portanto. A diferença está em que nos jogos são os contendores que se dão as regras de comum acordo, ao passo que na vida real as regras estão dadas pelas condições contextuais que se herdam e às quais se responde mudando-as, por exemplo, se assim se desejar. Na existência, entende-se que nada é dfinitivo, tudo é revogável. Para o ser humano, a norma é a capacidade de mudar de norma, observa o filósofo francês Georges Canghilhem.
No contexto da política, joga-se a emulação do poder.Poder é um vocábulo polissêmico, com frequência motivo de confusão. Poder na política é a habilidade ou capacidade de agir, determinar, ou influenciar o comportamento de outrem. A acepção de poder nos jogos difere do poder na acepção da política, pois no jogo os contendores estabelecer as regras que eles próprios se dão, de comum acordo. É essa modalidade de jogo que merece propriamente o nome de jogo, em razão da reciprocidade e da gratuidade, que o jogo implica. Sem o reconhecimento de um adversário, não há jogo.
. "Eu sou porque nós somos".ubuntu
John Dewey educação bbb
https://www.academia.edu/51720837/Educa%C3%A7%C3%A3o_Na_e_Para_a_Democracia_No_Brasil_Considera%C3%A7%C3%B5es_a_Partir_De_J_Dewey_e_J_Habermas?email_work_card=abstract-read-more
RESUMO: O artigo tem por objetivo a reflexão sobre a educação para a democracia, no âmbito do Estado Democrático de Direito, no Brasil, fundamentando-a na filosofia social do pragmatista norteamericano John Dewey e do representante da "segunda geração" da Escola de Frankfurt, Jürgen Habermas. À luz do conceito de discurso e de seu potencial de aprendizagem racional, cognitiva e moral, propõe hermenêutica enriquecida do projeto constitucional de 1988, em que, superando o passado autoritário brasileiro, educação e democracia constituam experiências comunicativas indissociáveis na realização do projeto moderno de emancipação.
EMULAÇÃO CHINA
O SEGREDO DO SUCESSO DA CHINA É A EMULAÇÃO ENTRE PESSOAS E ENTRE EMPRESAS
Existe quem ainda chame isto de capitalismo: Cinco grandes grupos controlam o mercado (preços) de cimento no Brasil. E mais ou menos o mesmo número de empresas controla grande parte do mercado consumidor de todos os setores; em geral, empresas ligadas a gigantescos fundos de investimentos do exterior. Esses grupos têm os seus negócios administrados (o seu balanço financeiro) em dólar.Isso é a globalização. Somente a paga dos trabalhadores é feita em reais. Ou seja, os preços nos supermercados, no varejo e no atacado brasileiro são reajustados na paridade com o dólar. Daí que a concentração de renda SEMPRE aumenta, não importa qual seja o desempenho do PIB. Se o valor do dólar cai na paridade com o real, os preços para o consumidor não acompanham a queda na mesma proporção. As empresas retêm para si a diferença na forma de sobrelucro. Se ao inverso o dólar sobe, com a perda de poder de compra cai o número de consumidores, e as grandes empresas, que operam em regime de cartel, elevam o preço UINITÁRIO do produto, com vistas a obter o MESMO resultado financeiro explorando um grupo MENOR de consumidores. Assim, expulsam do mercado a grande maioria, de menor renda, para se restabelecer o equilíbrio entre a oferta e a procura solventes, em outro patamar na escalada da concentração da renda.
E aqui está um dos motivos por que a desigualdade social sempre aumenta, e o que fazem os governos de viés popular com vistas a reduzir a desigualdade social é enxugar gelo. Uma evidência aparente é que NUNCA exibem publicamente a perda do poder de compra dos consumidores por ocasião de sua celebração exuberante do crescimento do PIB. Se o fizessem, seria possível saber que a concentração de renda, ao aumentar, anula qualquer avanço no PIB que redunde em melhoria para todos. Ou seja, o aumento da renda dos trabalhadores, quando ocorre, é anulado pelo aumento relativo dos preços de sua cesta de consumo, seja quando o valor do dólar sobe, seja quando o valor do dólar cai. É dizer que o PIB (renda) cresce em benefício de uns poucos, em prejuízo da grande maioria. Isso se deve ao caráter oligopólico do mercado: poucas empresas detêm o controle da maior parcela do mercado, o que elimina a eficiência e a eficácia da concorrência.
Em contraste, na China COMUNISTA a concorrência é para valer. E quem faz valer é a autoridade do governo, com vistas a estimuular a eficiência e a criatividade. Quem ficou para trás ficará para trás, sem mais poder contar com financiamento dos bancos sob controle do Estado, em razão de sua ineficiência. São, assim, muitíssimas as empresas que fecham, e os seus gestores e trabalhadores poderão encontrar oportunidade de trabalhar em outra parte, em novas iniciativas, novos empregos etc., pois o compromisso COMUNISTA do Estado é assegurar trabalho para TODOS, em qualquer tempo ou circunstância.
Esse é o segredo do espantoso e imbatível sucesso da China nas interfaces social, econômica e política. Não há povo mais competitivo que o Oriental, por tradição ancestral, e o governo COMUNISTA da China canalisa essa inclinação antropológica na direção do bem-comum. À diferença do que ocorria na União Soviética, com a sua doutrina racionalista (dicotômica, maniqueísta), o governo chinês promove a emulação entre pessoas e entre empresas de todos os modos possíveis, em vez, de suprimi-la.
Nivaldo Manzano
sexta-feira, 30 de maio de 2025
Jazz e descolonização Trilha Sonora para um Golpe de Estado bbbb
https://sesc.digital/conteudo/filmes/cinema-em-casa-com-sesc/trilha-sonora-para-um-golpe-de-estado
Golpe de Estado
Johan Grimonprez
Miles DavisLouis ArmstrongFidel Castro
Jazz e descolonização se entrelaçam nessa montanha-russa que reescreve o episódio da Guerra Fria que levou os músicos Abbey Lincoln e Max Roach a invadir o Conselho de Segurança da ONU em protesto contra o assassinato de Patrice Lumumba.
quinta-feira, 29 de maio de 2025
ILUMINISMO MAIS ESQUERDA
O núcleo político fundamental do Iluminismo (Aufklärung, esclarecimento), composto por um particular arranjo conceitual envolvendo individualismo, liberalismo e filosofia da história, permeou a teoria política contemporânea sob a forma de versões revistas e adaptadas, mas em alguma medida derivadas do arranjo conceitual original – essa é a hipótese imediata deste artigo. Há, ainda, uma hipótese mediata e menos elementar: o individualismo iluminista fora verdadeiramente herdado não pelo neoliberalismo, como sempre se pretende, mas sim e mais propriamente pela sociologia "de esquerda"1.
Cabe indagar, de pronto, por que o núcleo conceitual do Iluminismo se fez presente na teoria política contemporânea? A razão é que a teoria política tem como preocupação pivotal a legitimação do poder político do homem sobre o homem, contudo, partindo do arranjo conceitual básico do Iluminismo, essa tarefa de legitimação revela-se aporética: o inacabado projeto iluminista se renovou de tempos em tempos, mas não se pôde concluir satisfatoriamente no correr da modernidade. Esses conceitos estão na ordem do dia e, muito embora não preservem, isoladamente, sua carga original, o sentido político do arranjo está preservado: a aporia da legitimação política. Seria possível fazer o percurso da "dialética do esclarecimento" na chave materialista da teoria crítica da sociedade – mas este artigo pretende abordar especificamente a articulação interna entre individualismo, liberalismo e filosofia da história na inescapável tensão oriunda desse amálgama.
https://docs.google.com/document/d/1n0cLKZ5SvyPwsB6vxDkvAvbKaPVodsesQNyR9mgayU0/edit?tab=t.0
Individualismo, liberalismo e filosofia da história
https://www.scielo.br/j/ln/a/rXxK9VFbyKRNcWhQvdmX7rx/?format=pdf
VER ENTRANÇO RAZÃO
quarta-feira, 28 de maio de 2025
LIBERALISMO X COMUNITARISMO AI do google
https://www.google.com/search?q=COMUNITARISMO+VERSUS+LIBERALISMO.+ESTADO+DE&rlz=1C1UEAD_enBR1151BR1151&oq=COMUNITARISMO+VERSUS+LIBERALISMO.+ESTADO+DE&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUyBggAEEUYOTIJCAEQIRgKGKABMgkIAhAhGAoYoAEyCQgDECEYChigATIJCAQQIRgKGKABMgkIBRAhGAoYoAHSAQgyNjg3ajBqN6gCALACAA&sourceid=chrome&ie=UTF-8
O liberalismo e o comunitarismo representam perspectivas distintas sobre o papel do Estado e o significado da comunidade na sociedade. O liberalismo enfatiza a liberdade individual, o individualismo e a necessidade de um Estado neutro que proteja os direitos individuais, enquanto o comunitarismo enfatiza a importância da comunidade, os valores sociais e a necessidade de um Estado que promova o bem-estar comum.
Liberalismo:
Prioridade da liberdade individual:
O liberalismo defende a liberdade de escolha, expressão e ação, reconhecendo o indivíduo como o centro da sociedade.
Papel do Estado:
O Estado liberal deve garantir a liberdade individual, proteger os direitos de propriedade e manter a ordem, com uma intervenção mínima na vida social e econômica.
Individualismo:
O liberalismo enfatiza a importância da autonomia individual e da capacidade de cada um definir seu próprio caminho.
Neutralidade do Estado:
O Estado liberal deve ser neutro em relação às diferentes visões de bem-estar e à cultura, não promovendo ou impedindo nenhuma delas.
Comunitarismo:
Importância da comunidade:
O comunitarismo defende que o indivíduo é membro de uma comunidade e que a identidade e os valores comunitários são importantes para a formação do indivíduo e da sociedade.
Papel do Estado:
O Estado comunitarista pode ter um papel mais ativo na promoção do bem-estar social e na garantia da igualdade, reconhecendo a importância da comunidade e da solidariedade.
Valores sociais:
O comunitarismo valoriza a cultura, a tradição e a identidade social, defendendo que o Estado deve refletir e promover esses valores.
Critica ao individualismo:
O comunitarismo critica o individualismo liberal, argumentando que ele pode levar à fragmentação social e à perda de valores comunitários.
Conflito:
O debate entre liberalismo e comunitarismo é marcado pela tensão entre a liberdade individual e a importância da comunidade.
Os liberais argumentam que o comunitarismo pode limitar a liberdade individual e impor uma visão de bem-estar que pode não ser consensual.
Os comunitaristas argumentam que o liberalismo pode ignorar a importância da comunidade e levar à fragmentação social e à perda de valores.
O debate também se estende à questão da justiça, com os liberais priorizando a justiça procedimental (igualdade de tratamento) e os comunitaristas priorizando a justiça distributiva (equidade na distribuição de recursos).
Em resumo: O liberalismo e o comunitarismo oferecem visões distintas sobre a relação entre o indivíduo e a comunidade, com o liberalismo enfatizando a liberdade individual e o comunitarismo enfatizando a importância da comunidade e dos valores sociais. O debate entre essas duas perspectivas é fundamental para a compreensão das questões políticas e sociais contemporâneas.
Gisela Gonçalves, COMUNITARISMO OU LIBERALISMO
O Estado Liberal deve sim, ser neutro nas suas finalidades por relação a qualquer concepção de bem. Os Comunitaristas (concepção p...
BOCC
A justiça segundo liberais e comunitaristas - Mateus Salvadori
24 de mar. de 2022 — Enquanto os liberais priorizam o justo sobre o bem, os comunitaristas defendem a prioridade do bem sobre o justo...
Mateus Salvadori
Liberalismo económico – Wikipédia, a enciclopédia livre
Destaca a propriedade privada como direito fundamental e preconiza uma intervenção mínima do Estado na economia, enfatizando a des...
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