Aqui jaz a profissão de economista, como farol da humanidade
Nivaldo T. Manzano (27/10/20)
A emergência do ECONOMISTA, como profissional que detém o segredo matemático de desatar os nós POLÍTICOS criados pela sociedade de classes, é contemporânea do golpe de Pinochet (1973), desenhado na Universidade de Chicago. Assim como um novo Moisés, ele havia chegado para conduzir os povos na travessia do mar, sem molhar os pés. Até então, o economista era um profissional que sabia mais matemática do que o contador e trabalhava no departamento de análise e apropriação de custos das empresas. E o seu prestígio nas editorias de Economia dos jornais era nenhum. Foi somente na metade da década de 1960 que os jornais criaram a editoria de Economia.
Coincidentemente com a consolidação ideológica do neoliberalismo, que converteu o Chile de Pinochet em seu laboratório e vitrine, que o economista foi alçado ao panteão dos deuses do Olimpo, a despejar a sabença da última palavra em todos os fóruns. Lembre-se, a propósito, da ascensão esplendorosa do economista e mago Delfim Netto, pai do "milagre econômico", a partir de 1967. Nessa condição, os economistas passaram a DITAR a Política para os políticos. Pois, como declarou ainda recentemente um ministro da Alemanha, "o voto não pode mudar a política econômica". Ou seja, ponha-se fim à democracia, e estará salvo o Capital.
O fracasso do neoliberalismo no Chile lança uma pá de cal no economista como farol da humanidade. .
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