quinta-feira, 22 de maio de 2025

PRODUTIVISMO

Fabricar a subjetividade contábil Como já sublinhara Bentham no final do século XVIII, a grande arte da gestão dos homens consiste em juntar o interesse privado e a eficácia profissional com o fim de contrariar todos os incitamentos à ociosidade, à preguiça e ao vício. Na “gestão de desempenho, tudo deve ser orientado para objetivo da eficiência econômica. E essa meta é alcançada por meio de uma mudança da subjetividade que consiste em fazer dos assalariados sujeitos do valor. Em que consiste tal subjetividade financeira e contábil? Trata-se de governar os indivíduos de forma mais eficaz, de fazê-los produzir mais e mais, abandonando os velhos procedimentos administrativos quando eles passam a ser considerados ineficazes. O novo modo de governar consiste em passar de um comando jurídico e administrativo, suspeito de tornar as pessoas passivas e dependentes, para uma lógica econômica baseada na concorrência e na incitação material, que supostamente faz das pessoas sujeitos mais ativos, mais autônomos na busca de soluções melhores, mais responsáveis pelos resultados de seu trabalho. Fazendo uso de métodos de gestão padronizados, a subjetivação contábil dos assalariados consiste em codificar a sua atividade, em quantificar os seus resultados, em fixar pontuações ou objetivos numéricos para serem cumpridos durante a realização do trabalho. Para tanto, apela-se às técnicas de calibração (benchmarking) e de avaliação da atividade realizada, visando comparar os https://oolhodahistoria.ufba.br/wp-content/uploads/2016/04/dlneoliberalismo.pdf O produtivismo e suas anomalias CK Godoi, WG Xavier - Cadernos Ebape. br, 2012 Citar Citado por 93 Artigos relacionados Todas as 12 versões [PDF] scielo.br Resistir ao produtivismo: uma ode à perturbação acadêmica R Alcadipani - Cadernos Ebape. br, 2011 Citar Citado por 195 Artigos relacionados Todas as 14 versões [PDF] scielo.br [PDF] Transição agroecológica: do produtivismo à ecologização JA Costabeber - CAPORAL, FR; COSTABEBER, JA Agroecologia e …, 2004 Citar Citado por 69 Artigos relacionados Todas as 2 versões [PDF] ufsm.br Arar o solo e colher eram tarefas árduas, mas o camponês desfrutava de algo entre 8 semanas e metade do ano de férias. A igreja, ciente de como impedir a população de se rebelar, forçou uma série de feriados obrigatórios. Casamentos, velórios e nascimentos poderiam significar uma semana de folga, bebendo cerveja para comemorar, e quando malabaristas ou eventos esportivos itinerantes vinham à cidade, o camponês contava com a folga para o entretenimento. Havia domingos sem trabalho, e quando as épocas de aragem e colheita acabavam, o camponês também tinha tempo para descansar. De fato, a economista Juliet Shor descobriu que, durante períodos de salário particularmente altos, como a Inglaterra do século 14, os camponeses não poderiam trabalhar mais de 150 dias por ano. E quanto ao trabalhador moderno dos Estados Unidos? Depois de um ano no emprego, ele tem direito a uma média de 8 dias de férias por ano. Não se supunha que as coisas seriam assim. John Maynard Keynes, um dos fundadores da economia moderna, fez uma previsão famosa de que, por volta de 2030, sociedades avançadas seriam abastadas o suficiente para que o tempo de lazer não caracterizasse o trabalho, mas o estilos de vida nacionais. Até o momento, as projeções não parecem boas. Arar o solo e colher eram tarefas árduas, mas o camponês desfrutava de algo entre 8 semanas e metade do ano de férias. A igreja, ciente de como impedir a população de se rebelar, forçou uma série de feriados obrigatórios. Casamentos, velórios e nascimentos poderiam significar uma semana de folga, bebendo cerveja para comemorar, e quando malabaristas ou eventos esportivos itinerantes vinham à cidade, o camponês contava com a folga para o entretenimento. Havia domingos sem trabalho, e quando as épocas de aragem e colheita acabavam, o camponês também tinha tempo para descansar. De fato, a economista Juliet Shor descobriu que, durante períodos de salário particularmente altos, como a Inglaterra do século 14, os camponeses não poderiam trabalhar mais de 150 dias por ano. E quanto ao trabalhador moderno dos Estados Unidos? Depois de um ano no emprego, ele tem direito a uma média de 8 dias de férias por ano. Não se supunha que as coisas seriam assim. John Maynard Keynes, um dos fundadores da economia moderna, fez uma previsão famosa de que, por volta de 2030, sociedades avançadas seriam abastadas o suficiente para que o tempo de lazer não caracterizasse o trabalho, mas o estilos de vida nacionais. Até o momento, as projeções não parecem boas.

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