24/07/2013
O BNDES enviou na segunda-feira, 22, carta ao jornal O Estado de S.Paulo, em que contesta informações contidas no editorial “Facilidades do BNDES”. O veículo não publicou a mensagem, mas você pode ler na íntegra abaixo:
Em editorial publicado nesta segunda-feira, 22, o jornal “O Estado de S.Paulo” repete informações equivocadas sobre os financiamentos do BNDES ao Grupo EBX. Diferentemente do que afirma o texto, as condições dos contratos entre o BNDES e o grupo não foram “favorecidas”, mas rigorosamente iguais às oferecidas a qualquer outro cliente do Banco.
Em relação a supostos “benefícios adicionais” concedidos ao Grupo, o BNDES esclarece que:
Em relação a supostos “benefícios adicionais” concedidos ao Grupo, o BNDES esclarece que:
- No caso da UTE Parnaíba, o empréstimo total, de R$ 400 milhões, foi integralmente quitado pela beneficiária em dezembro de 2012.
- Diferentemente do que diz o texto do editorial, não houve postergação de qualquer prazo de pagamento relativo ao crédito concedido para a UTE Porto de Itaqui.
- A taxa cobrada pelo BNDES ao projeto MPX Pecém II (2,77% ao ano mais TJLP) está absolutamente em linha com as taxas usualmente cobradas pelo Banco em seus financiamentos ao setor de infraestrutura.
- A taxa de 4,5% ao ano cobrada no projeto da LLX Sudeste era a taxa vigente à época para o PSI (Programa de Sustentação do Investimento), destinado à compra de máquinas e equipamentos e disponível para a realização de investimentos por qualquer empresa, não apenas ao Grupo EBX.
- O editorial compara equivocadamente a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), definida pelo Conselho Monetário Nacional e que lastreia as operações do BNDES, com a Selic, a taxa básica de juros da economia, utilizada para operações de curto prazo. Se a comparação já é, por si só, improcedente — uma vez que não há financiamento de longo prazo viável sob a Selic —, ela se torna ainda menos razoável quando busca insinuar que tais taxas seriam “facilidades do BNDES” ao Grupo EBX.
- O texto também cita a OGX como exemplo de empresa cujos ativos “perderam toda a atratividade”, mas omitindo o fato de o BNDES não ter concedido financiamentos à referida companhia. As informações acima já haviam sido transmitidas ao jornal como resposta a questões encaminhadas pelo autor da reportagem veiculada em 15/07 pelo “Estado” e citada no editorial, bem como por questionamentos posteriores feitos ao Banco. Lamentavelmente, os dados foram desconsiderados pelo jornal.
- Finalmente, é importante enfatizar que a atuação responsável do BNDES na concessão de crédito pode ser constatada pela sua baixa taxa de inadimplência — a posição de março último era 0,04% sobre o total da carteira de crédito, muito abaixo da média do sistema financeiro nacional, público ou privado.
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